tag:blogger.com,1999:blog-90394581738563211652024-03-23T11:08:26.299-03:00Meu Outro LadoJeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.comBlogger669125tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-28993986596397829952022-05-22T18:23:00.003-03:002022-05-22T18:23:20.241-03:00A indiferença à Literatura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.gifer.com/3ZK1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="500" height="270" src="https://i.gifer.com/3ZK1.gif" width="500" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">No dia do profissional de Letras público esta carta(?) desabafo não somente a fim de expurgar um incômodo latente, mas também de atingir, quem sabe, alguém.
Pesquiso, escrevo e apresento trabalhos sobre o ódio à Literatura presente em jornais do século XIX. São bispos, maçons, padres e indivíduos conservadores, todos homens, preocupados com a moral do público, mas principalmente pelas ideias que um romance poderia incutir em mentes jovens e em mulheres. A influência que se acredita ter uma leitura para o comportamento de um indivíduo sempre foi alvo de preocupações de instâncias de poder. Atualmente, esta atenção ainda se faz presente, porém, não é sobre isso que gostaria de tratar neste texto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Para além de uma leitura prazerosa, escolhida para deleite ou distração, cada vez mais torna-se difícil trabalhar com livros e leitura. Instrumentalizar a leitura em sala de aula e realizar o estudo sobre Literatura é tarefa árdua e penosa. Não há motivação para a leitura em si. Não há lógica, na cabeça de quem está fora da universidade e dentro dela, o estudo sobre um texto tão antigo que não discorra sobre a profissão almejada ou sobre algo que a pessoa vivencia ou se identifica imediatamente.
O posicionamento dos indiferentes à Literatura em sala de aula pautam-se em falta de tempo, falta de concentração ou falta de compreensão do texto. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">No entanto, mesmo oferecendo diferentes suportes para o consumo das narrativas, mesmo com a mediação de leitura e as explicações sobre as convenções literárias, ainda surgem as vozes de que "são muitas leituras", "não entendi nada do que li", "comecei a ler e desisti", aparecendo até mesmo aqueles indignados com o teor presente nos textos depois de realizar a leitura por um viés anacrônico. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Dizem que a indiferença é pior do que o ódio. Como profissional de Letras, mais especificamente na área dos Estudos Literários, confirmo que o desprezo ao estudo do texto literário é, de fato, pior. Quando não se enxerga a validade de um estudo e tentam deslegitimá-lo ou subjugá-lo, atinge-se quem trabalha com isso e relega esses indivíduos a um fazer "sem sentido".
Sinto-me dessa forma às vezes. E acredito que todo professor, principalmente da área de Humanas ou Linguagens, já se sentiu assim. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Em tempos históricos como esses que estamos vivenciando, se não houver espaço para a Arte, para a Literatura, para a música, dança, teatro, para a Filosofia e Sociologia, e para o estudo e aprofundamento desses ramos do saber, sim, meu caro leitor preguiçoso, existem formas de conhecimento para além de disciplinas pragmáticas e quantificativas, que tipo formação humana, cívica e psicológica estaremos realizando?!
Se o meu fazer se resumir a quantos itens de Literatura caem no Enem ou a quantos pontos essa leitura vale, que tipo de profissão estou seguindo? </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">São tempos sombrios que pedem palavras de esperança, de afeto, de atenção, mas acredito que, mais do que nunca, é preciso também reconhecer onde estamos errando ou, pelo menos, onde podemos melhorar.
Ainda assim, apesar de tudo, é mais do que uma honra trabalhar nesta área e poder alcançar, por meio das palavras, das histórias, do afeto e das reflexões literárias, meus alunos. Desejo apenas que tal fazer não se esgote.</p>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-63438984754417502542021-08-27T17:10:00.005-03:002021-08-27T18:09:00.642-03:00E quando não somos a protagonista do filme?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCUYxK-wTr4Q78EQ5dY5es3y5S0s0fTPN9jRyYrtrNzNXI_QApZopo5b62HZdEJcce62rQfjw5rFzHj4ekIvwl5YkIHeCJKnU-HOMvpbcelAU-QInHEkOFv_sAajqouJ0mNeOhJsZEVu71/s480/giphy.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="480" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCUYxK-wTr4Q78EQ5dY5es3y5S0s0fTPN9jRyYrtrNzNXI_QApZopo5b62HZdEJcce62rQfjw5rFzHj4ekIvwl5YkIHeCJKnU-HOMvpbcelAU-QInHEkOFv_sAajqouJ0mNeOhJsZEVu71/w431-h179/giphy.gif" width="431" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Sou apaixonada por filmes de comédia romântica estadunidenses. Não cresci assistindo Godard ou Martin Scorsese que muitos jovens adultos alternativos podem alegar que sempre assistiram. Foram os filmes com Jennifer Lopez, Drew Barrymore, Julia Roberts, Sandra Bullock e tantas outras atrizes esplendorosas que formaram toda a base romântica e idealizada desta pessoa aqui. Mulheres protagonizando aqueles filmes icônicos sobre um par romântico que se conhece de uma forma espontânea e inusitada e que sofre alguns percalços durante o relacionamento para, ao final, conseguir seu tão desejado final feliz. E o filme acaba nisso mesmo. Em um final de cores amenas, fotografia de comercial de margarina, com uma trilha sonora de superação, focando em sorrisos, podendo conter até balões esvoaçantes no<i> take</i> final. Era sempre um misto de alegria e choro ao final de cada filme, e as lágrimas talvez pudessem ser de pura emoção por uma história bonita chegar ao final, mas eram, principalmente, por ‘voltar à realidade’ de que eu não era essa protagonista, de que eu não conheceria um rapaz daquela mesma forma e de que ele não agiria daquele jeito comigo. Tendi a crescer achando que poderia ser a personagem principal do meu próprio filme, de que as atenções poderiam se voltar ao que eu estava fazendo ou sobre o que eu estava pensando, mas, no fundo, eu sabia que não me encaixava bem como protagonista de alguma coisa. Nunca fui magra, de cabelos ondulados e hidratados, naturalmente esvoaçantes, andando de saia ou vestido com algum sapato alto por alguma avenida tumultuada no centro da cidade. Eu não cabia naquele padrão que eu admirava tanto. Sim, eu aprendi a admirar aquelas mulheres, na verdade, aquelas personagens, não as atrizes em si, mas as performances de mulher, do ser feminino que elas representaram; só que, ao mesmo tempo, eu não era nada disso. Vivia em contradição. E em frustração. Eu, enquanto mulher heterossexual e cis, sofri anos e anos por sempre relembrar de que a minha vida e de como eu era não correspondia ao ideal dos grandes filmes com finais felizes, assim, não consigo nem imaginar como isso foi/era para mulheres gays, bis, assexuais, mulheres negras, gordas, enfim, todos os recortes identitários que não se encontram nos padrões hollywoodianos que aprendemos gostar (ou que somos forçadas a isso?). </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Como lidar com a ideia de não corresponder a determinado padrão e, portanto, chegar à conclusão de que eu não merecia aquele amor televisionado que eu tanto gostava de assistir? Como lidar com a frustração de não ser a garota perfeita ou ‘imperfeitamente perfeita’ que me fazia rir e me emocionar com suas histórias de superação amorosa? Como lidar com a ideia de que aquele rapaz apaixonante não vai me tratar daquela forma, pois, na minha cabeça, isso só acontecia com determinados tipos de garota em locais específicos de convivência? (Com certeza a periferia em que nasci e vivo não me deu exemplos semelhantes de histórias de amor como as dos filmes românticos, foram outras histórias, algumas de um amor inexistente, outras apenas violentas, e outras bonitas, mas não iguais). </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Revendo alguns desses filmes, a nostalgia de uma menina que cresceu sendo ‘irregular’ em vários sentidos, considerada feia e dispensável pelos meninos porque era gorda e não vestia as roupas da moda, ou considerada descartável pelas meninas que não gostariam de se aproximar de quem era muito diferente do que era considerado o comportamento ‘ideal’ para uma guria ‘popular’, me provoca um aperto no coração pela liberdade que não tive anteriormente, pelas ações que me propus a fazer apenas para agradar um outro ou pelos pensamentos limitantes que tive sobre mim mesma quando me via medida por uma régua que não era minha, que não me cabia. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Escrevo com dó do meu passado um tanto turbulento em relação ao que eu esperava ser e nunca fui, porque eu simplesmente era outra coisa e estava tudo bem ser essa outra, eu só precisava me achar um pouco mais, as coisas iriam se encaixar. Com isso, não quero dizer que os filmes hollywoodianos foram os grandes algozes de minha sempre baixa autoestima, mas, vocês entenderam, né? (Digue lá, mulher <i>cringe</i> nascida nos anos 90, como eu). Hoje, não tem como reassistir esses filmes e não deixar de problematizar ou estranhar muita coisa no enredo e na caracterização dos personagens. É assustador. Ao mesmo tempo em que me sinto uma velha rabugenta, também acho que a consciência trazida por tantas leituras, tantas histórias ouvidas, tantos exemplos novos e mulheres outras para me inspirar, me faz alguém um pouco mais esclarecida sobre muita coisa, mas, principalmente, sobre mim mesma. E é sobre isso, né? Não tá tudo bem, mas sigamos na eterna desconstrução de Amélia (aliás, obrigada, Pitty, por sempre versar sobre coisas tão pertinentes para uma menina/adolescente que se encontrou em tua música e começou seu processo de desconstrução quando começou a te ouvir, junto a outras mulheres).</p>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-55171846876095685452021-05-17T19:46:00.002-03:002021-05-17T19:47:45.684-03:00Circo dos horrores: autora paraense vence concurso e tem conto selecionado<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbDksg7AHoTXCMxIVYZTYekI9ddSzykqsjZOoNenNsZ_KDmweVOTL2d8-gbKsgg5VXWuszAQsVZDMjUy0QrI4ylCAVZPWYnbzQxZjrkJWyOY3oyW5oW4CszbO5sbAa-tHKT2lN-GSlfwQ/s668/WhatsApp+Image+2021-05-17+at+19.43.15.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="668" data-original-width="587" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbDksg7AHoTXCMxIVYZTYekI9ddSzykqsjZOoNenNsZ_KDmweVOTL2d8-gbKsgg5VXWuszAQsVZDMjUy0QrI4ylCAVZPWYnbzQxZjrkJWyOY3oyW5oW4CszbO5sbAa-tHKT2lN-GSlfwQ/s320/WhatsApp+Image+2021-05-17+at+19.43.15.jpeg" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b>Beatriz Chaves Messias vence concurso literário e tem conto selecionado para livro </b></div></b><p></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p style="text-align: center;"><i>Obra conta com participação de diversos autores nacionais. Editora realiza financiamento coletivo para que livro tenha uma versão física. </i></p><p style="text-align: center;"><i><br /></i></p><p style="text-align: justify;">A estudante de Letras da Universidade Federal do Pará e escritora de Belém (PA), Beatriz Chaves Messias, ou simplesmente Bia Chaves, foi uma entre os vencedores do concurso literário “Circo dos Horrores” promovido pela Psiu Editora, que reúne contos de terror que tem como fundo o ambiente circense. “Foi minha primeira antologia de contos com a Psiu, e a primeira a trabalhar o gênero terror. Fiquei muito feliz com a aprovação e honrada em fazer parte tanto do projeto quanto do grupo dos autores da editora, que tem uma proposta inclusive, jovem e muito pertinente”, comenta.
O conto de Beatriz, intitulado “Visão e o espelho”, conta sobre o protagonista Joel, um homem que exerce o ofício de faxineiro num Circo, mas ignora que o lugar esconde um tenebroso segredo. Mas esse é apenas um dentre muitos contos aterrorizantes que integram a antologia.
Além de participar de “Circo dos Horrores”, Beatriz também está confirmada em três outros projetos da Psiu, as antologias de contos “3021” e “Além dessa Vida”, e a antologia poética “Simplesmente, Elas”. Também teve crônicas aprovadas em duas antologias poéticas da Editora Pé de Jambo, e uma crônica no projeto literário “Crônicas Paraenses”, organizado pela Professora Jeniffer Yara, numa iniciativa aprovada pela lei Aldir Blanc. E fora os projetos coletivos, a autora também publicou seu primeiro livro solo em 2020, intitulado “Encontros”, pela Editora Caseira, que conta com minicontos ilustrados por quatro artistas paraenses: Ana Lúcia dos Santos Ribeiro, Dávison Queiroz, Gabriel Conceição Sousa e Roberto Moreira Noronha Reinno.
E de volta à antologia: “O ambiente do circo tem uma magia encantadora para muitas pessoas e na antologia ‘Circo dos Horrores’ temos a intenção de desconstruir essa relação infantil e lúdica do circo, com situações pavorosas. Escolhi os contos a dedo, apenas os melhores, e esse livro é um pro cheio para os amantes do terror”, comenta Kimberly Trindade, escritora e organizadora da antologia. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimQl7VitJ_TcFrH9jvvzlGmD7pvs_Ur7N8Tm8S5ttjqkkNAz9tusHirCwhEobbIk45wEGoTGK-heaS2NOSl-HmgI_UqZ3CJkO25CHRIetnGjO4pf5JEriLzI4W5Vb472msScl-gLivZPc/s1280/WhatsApp+Image+2021-05-17+at+19.42.26.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="720" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimQl7VitJ_TcFrH9jvvzlGmD7pvs_Ur7N8Tm8S5ttjqkkNAz9tusHirCwhEobbIk45wEGoTGK-heaS2NOSl-HmgI_UqZ3CJkO25CHRIetnGjO4pf5JEriLzI4W5Vb472msScl-gLivZPc/w113-h200/WhatsApp+Image+2021-05-17+at+19.42.26.jpeg" width="113" /></a></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b>FINANCIAMENTO COLETIVO </b></p><p style="text-align: justify;">Para que haja uma versão impressa do livro “Circo dos Horrores” a Psiu Editora, em parceria com os autores, estão realizando um financiamento coletivo, também conhecido como vaquinha virtual, com valor de começar a partir de R$ 15. “´É importante que a literatura nacional, jovem e independente seja difundida e valorizada, em especial no gênero terror, ainda muito subestimado atualmente”, finaliza Beatriz.
O financiamento coletivo pode receber apoios até o dia 26 de maio de 2021. Para saber mais sobre segue o link: <a href="https://www.catarse.me/circodoshorrores">https://www.catarse.me/circodoshorrores</a></p>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-46580817303459212642021-04-02T18:51:00.002-03:002021-04-02T18:51:58.243-03:0010 Quadrinhos, Mangás e Graphic Novels para conhecer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoYG21S02SPxZDnWAwbR73pdbxhltFMt221FufTT3TYGn-4TbZ08pmkjergVgfvxgGYXZ-2os7iJ8u_QjiwcxCvtaI3MEkDVMHqHUA6pcZdPuMGKbUJsIHoVI1fvR2Yw627A55ZEEAFM/s790/mybest1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="620" data-original-width="790" height="502" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoYG21S02SPxZDnWAwbR73pdbxhltFMt221FufTT3TYGn-4TbZ08pmkjergVgfvxgGYXZ-2os7iJ8u_QjiwcxCvtaI3MEkDVMHqHUA6pcZdPuMGKbUJsIHoVI1fvR2Yw627A55ZEEAFM/w640-h502/mybest1.png" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Quem nunca quis se aventurar em novas leituras, de outros formatos que não os tradicionais, mas não sabia por onde iniciar? É pensando em oferecer sugestões de leitura (entre outros produtos) a partir da leitura e opinião de criadores de conteúdo que a mybest Brasil divulga a recomendação de obras e autores ao seu público. Assim, fui convidada pelo site a escrever um pouco sobre meu quadrinho favorito, e o escolhido não poderia ser diferente: Persépolis, de Marjane Sartrapi.</p><p style="text-align: justify;">A história é autobiográfica sobre a vida da autora franco-iraniana e traz uma narrativa recheada de assuntos importantes e temas relevantes ocorridos no Irã e com a própria autora, em um processo de autodescoberta e aceitação.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihKObuqYwMt26gXi2lKYLkch6O_tP4cWNHRv7QOeSwOWgFzi2IJa6Mu0sdswtqRvDsDikytiXel3-KmiOnS2E2VoJ4cRmdcZvBL5iT_dBIVd7ZgQPL-gIeF6PPSjcx2JMaS1YcKLAkhnk/s774/mybest2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="620" data-original-width="774" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihKObuqYwMt26gXi2lKYLkch6O_tP4cWNHRv7QOeSwOWgFzi2IJa6Mu0sdswtqRvDsDikytiXel3-KmiOnS2E2VoJ4cRmdcZvBL5iT_dBIVd7ZgQPL-gIeF6PPSjcx2JMaS1YcKLAkhnk/w640-h512/mybest2.png" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Junto a minha recomendação ainda tem mais nove indicações de outros quadrinhos/Hq's/mangás e graphic novels que você pode conferir no<a href="https://mybest-brazil.com.br/19524" target="_blank"> site da mybest Brasil</a>. Tá incrível e já inseri vários em minha lista de desejados!</p><p style="text-align: justify;">Essa ação foi patrocinada pela <a href="https://mybest-brazil.com.br/" target="_blank">mybest Brasil</a>.</p>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-3218538998884741792021-01-20T10:35:00.001-03:002021-01-20T11:38:22.539-03:00Resenha - Milênio<p style="text-align: justify;"><b></b></p><blockquote><p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqcAIlHP5W8QK6dz1jCufW-wa14s-JBMMBDsxRuaqNGAW5ST6GrxOIwPVMh_PJ-fYe7kS8O5WGlafaqZFhEw7QkR9Bj4qjBIVyZVxoYYrcWzCBAkBSgwrEMmiCqhXGUWyCWQ7YktVPSKM/s319/MILENIO_159909252211611399SK1599092522B.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqcAIlHP5W8QK6dz1jCufW-wa14s-JBMMBDsxRuaqNGAW5ST6GrxOIwPVMh_PJ-fYe7kS8O5WGlafaqZFhEw7QkR9Bj4qjBIVyZVxoYYrcWzCBAkBSgwrEMmiCqhXGUWyCWQ7YktVPSKM/w125-h200/MILENIO_159909252211611399SK1599092522B.jpg" width="125" /></a></b></div><b><br />Título: </b>Milênio<p></p><p style="text-align: justify;"><b>Autora: </b>Bruna Guerreiro</p><p style="text-align: justify;"><b>Onde comprar:</b> Amazon</p><p style="text-align: justify;"><b>Sinopse:</b> Fabiana e Cássio conheceram-se vinte anos atrás, em 1999.
Fabiana e Cássio estão prestes a se encontrar, em 2019.
Dentro de poucos minutos. Pela primeira vez.
E este é o pior dia da vida dele.
Vinte anos atrás, em silêncio e sem alarde, nascera entre os dois aquele amor indevido. Empurrara a terra sobre si para brotar, forte, impositivo, inevitável. A separação tinha sido necessária, a única coisa certa a fazer para que não se afogassem em mentiras e erros.
Podaram-se os galhos. As flores feneceram. Mas as raízes, ocultas, ficaram dormentes sob o chão.
Vinte anos depois, a vida e a morte se encontram numa encruzilhada do destino de Cássio e Fabiana. A partir desse momento, como anzóis lançados em águas fundas e turvas, os flashbacks capturam e resgatam as memórias desse sentimento, trazendo tudo à tona outra vez. </p></blockquote><p style="text-align: justify;"></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;">Fabiana e Cassio se conheceram em uma sala de bate-papo na internet, lá em 1999, e da amizade inesperada, surgiu uma paixão avassaladora. E proibida. Cassio era casado, deixando isso claro desde o início, porém, quem comanda o coração, em tempos de apaixonamento, se não nosso próprio desejo em continuar em contato com nossa paixão? Porém, depois de sua separação e longos vinte anos, os dois estão prestes a se encontrar.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A narrativa de Bruna Guerreiro prende o leitor do início ao fim. Além de sua escrita impecável, narra uma história de amor, proibido, mas muito bem desenvolvida e tão bem contada que quase não nos damos conta de se tratar de uma traição. Sim, Cassio se apaixona perdidamente por Fabiana e troca mensagens com ela por um longo período, mesmo estando casado, mesmo amando sua esposa. E esse é um dos pontos da narrativa interessantes de serem refletidos: há possibilidade de amar duas pessoas igualmente? Ou, há possibilidade de amar duas pessoas, de maneira distinta, mas ainda assim ser amor? Se ninguém é perfeito, como lidar com a quebra da moralidade e ética em um relacionamento a dois? É o que a autora nos faz pensar em sua narrativa pra lá de apaixonante e emocionante.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Cassio não deixa de ser o mocinho da trama, pois mesmo traindo a confiança de uma relação monogâmica como a que tinha, tenta não cair na tentação do contato físico com Fabiana, pois sabe que, a partir disso, a história entre dois já seria outra. E é difícil não pensar em como isso pode soar conivente com a traição masculina tão presenciada, desde sempre, mas lembremos que também Fabiana se apaixonou, aceitou a condição e fez escolhas, ponderadas e baseadas pelos seus sentimentos, mas nunca deixando de ter autonomia sobre suas decisões.</p><p style="text-align: justify;">Não pensem que foi fácil... Fabiana sempre foi muito admirada e respeitada por Cassio, mesmo com muitas inseguranças sobre si. A jovem também não deixa de comportar-se de forma a ultrapassar os limites estabelecidos na relação em que se envolveu, mas não se pode negar o quão torturante deve ser apaixonar-se perdidamente por alguém e não poder tê-lo nos braços. E essa dor pode ser sentida pelo leitor, pois há toda uma empatia construída sobre os dois, sobre o que sentem, sobre suas conversas e segredos compartilhados.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Ao longo da trama, em um vai e vem temporal entre 1999 e 2019, vamos conhecendo melhor Cassio e Fabiana, de maneira individual e na relação entre os dois. Não há como negar as semelhanças e a 'química' envolvente entre duas pessoas diferentes, mas que poderiam ser destinados um ao outro, pelo amor. E mesmo em um relacionamento a distância, ocorrido há 20 anos, o entendimento, a compreensão, o afeto é latente. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Sabemos que os dois irão se (re)encontrar nos anos 2000 (sim, encontrar, pois nunca se conheceram pessoalmente), mas como irá acontecer e de que forma os dois irão se comportar são as dúvidas que pairam na trama. A expectativa para o encontro é angustiante, pois é grandiosa, e confesso que me senti como uma mocinha de 15 anos, com borboletas no estômago, durante as cenas entre os dois. Como escrito anteriormente, é uma trama que prende o leitor, principalmente se você já gostar muito de romances românticos. A vontade de escrever sobre o final é tentadora, mas vou deixar para a imaginação e desejo de quem lê esta resenha em buscar saber mais.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O livro está em formato e-book, disponível na Amazon, e não há erros a serem apontados. Ainda possui uma trilha sonora perfeita em várias partes, para se ouvir e se deleitar junto às cenas lidas (e são músicas perfeitas para os momentos descritos). Recomendo fortemente aos românticos apaixonados ou aos que desejam se aventurar em um romance romântico profundo. Milênio é de tirar o fôlego.</p>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-45875621120062496892021-01-10T19:04:00.003-03:002021-01-10T19:04:26.899-03:004 canais no YouTube para a pesquisa de si<div style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="730" data-original-width="1600" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc2iBhHRMCIinjDsfv54XpqATBBzIdNFdS6hw0v_rqn07sQh15Bf7HbXim0fnC6FmGhfnrRa0lXxGQhEZchmdBf6k__z_oNYRzX0gpfhrzL5MahLcN7vCnLaqzskz8Ns0Z4CL4of_j_sM/s640/banner.png" width="640" /></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
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<span style="text-align: justify;">Quem disse que a vida adulta seria fácil?! Quem disse que o autoconhecimento também seria algo natural, espontâneo e indolor? Eu sei que pode soar bem clichê esse termo (e é), mas conhecer a si mesmo, entender seus processos psíquicos e lidar com traumas, sentimentos e sensações ruins (ou até as boas), não é nada fácil e às vezes nem sempre é acessível. Nesse processo, recomendarei sempre a terapia, seja qual tipo for, pois um profissional na área sempre será a fonte mais confiável para lidar com nossos processos psicológicos. Porém, nem sempre temos acesso a um terapeuta/psicólogo ou estamos confortáveis em procurá-los. Assim, trago aqui alguns canais que me ajudaram/ajudam a compreender muita coisa, de forma didática e compreensível, além de ser gratuito.</span></div>
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</span> <span style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.youtube.com/channel/UC4W6VRiFbvvZncWAv7T65FA" target="_blank">Flor e Manu</a></b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="372" data-original-width="1210" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2-yjqKQrv1iXRTcbXw1xrQ1q_HpcH37G-UG1rEVtumZEeIgyAgLM75B-syetNKhQE_RI5OPvEF2ggof-S2HB9oRRPx8Q8OFQVXS6UqHTCubLiLHJJr_dycCcjyEPl87bSmBLTkRyvhtk/s640/floremanu.png" width="640" /></div>
<span style="text-align: justify;"><br />
</span> <span style="text-align: justify;">Eu estou sempre recomendando esse canal nas minhas redes sociais. O Emanuel e a Flor são duas pessoas incríveis que falam um pouco sobre tudo, mas, especificamente recomendo os vídeos do Emanuel, que aborda muito das questões humanas, envolvendo a psicanálise/teóricos dela, de forma muito tocante e delicada. Indico a playlist <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ySM5erjvcaU&list=PLNUW5hp0TIYLPfN6IN_XMXhRbtoaK1322" target="_blank">Dose diária</a>, em que ele abordou, durante um ano inteiro, todo dia, um assunto diferente sobre a vida.</span> Os vídeos do casal também tratam sobre questões existenciais/humanas, alguns focando mais em assuntos relacionados a casais/vida a dois. A parceria dos dois é incrível e são duas pessoas inteligentíssimas, gravando vídeos como se estivessem conversando com o telespectador. É um alento em dias tão difíceis.<br />
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<span style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.youtube.com/user/casadosaber" target="_blank">Casa do Saber</a></b></span><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="388" data-original-width="1222" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGj37sogYo488QVAK5gQWgT7snSeAebIxbfF6Hhc9C5X7ffa0hV_E7wyJHX2LVgEBRc7ooeMlgP95OeAuu2vYlr7eFOtsljZr29FGL8ciRiAYXj9w_l2OrHgRV0JYb7YWld6MrruP6Qfk/s640/casadosaber.png" width="640" /></div>
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Acredito que este canal já pode ser conhecido de alguns. Nele são abordados diferentes temas, envolvendo desde política à sexualidade e principalmente sobre questões humanas. Foi por lá que conheci <a href="https://www.youtube.com/watch?v=QGP4QuMyYqE" target="_blank">Maria Homem,</a> uma psicanalista incrível, e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=mIzfqrFxbmM" target="_blank">Silvio Almeida</a>, professor e autor que aborda, principalmente, sobre racismo e consciência de classe. Alguns vídeos são mais longos que outros, mas recomendo muitíssimo para quem é curioso em entender sobre o comportamento e mente humana.</div>
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<b><a href="https://www.youtube.com/user/minutospsiquicos" target="_blank">Minutos Psíquicos</a></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="380" data-original-width="1226" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPqr8DO_JOZLcTIs1bHpL2Yx95nxLepEBMZmrfWZt-cahizBq7Ee-7nhMzfMdoHVStWYTLHx15VE_KKG67Wr_yWZOR5dTs_Is6eFWKIy8Q9oJAY3TTXWrDLpXqgqQYTzs3VCJ6e7tR8PE/s640/minutos.png" width="640" /></div>
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Este canal conheci por acaso, mas foi muito bem-vindo. Em vídeos curtos e ilustrados, <i>Minutos Psíquicos </i>trata sobre diferentes questões da mente humana, desde ansiedade à solidão, amor romântico, ciúmes, entre tantos outros assuntos relativos às nossas vidas. Sempre recomendando a ida a um psicólogo, o canal não se compromete a expor fórmulas mágicas de como lidar com as situações que enfrentamos, nem esquemas sistematizados sobre ações que poderíamos realizar, mas sim explica, de maneira muito didática, as possibilidades envolvidas nos diferentes enfrentamentos ocorridos na vida humana.<br />
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<b><a href="https://www.youtube.com/channel/UCeT74ntD25ACU_fVfUWZzsg" target="_blank">Maria Homem</a></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="388" data-original-width="1230" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8tk7E57ruZRmcdQ7rGLbB8XBAiHm_kYLXFKt_2bnBnT5gGah62tF_AWBLTr9woN2aS0klwtSfeZFJN9nWdV5vqy_eWqrw75Z4c2RQuCh5NDNQ4NSU5QHss5b5CeS1TNPNKCoOS6rcEDs/s640/mariahomem.png" width="640" /></div>
<b><br /></b>
Eu não poderia deixar de recomendar o canal dessa mulher inspiradora e super-ultra-mega-inteligente que é a Maria Homem. Brinco que faço terapia com ela (e com o Emanuel) pelo YouTube e eles não sabem disso (risos nervosos). A psicanalista fala sobre diferentes questões em seu canal, tratando sobre assuntos mais "tenebrosos" e às vezes difíceis de lidar, como morte, solidão/solitude, religião, feminismo, entre tantos outros super interessantes. Recomendo os vídeos <a href="https://www.youtube.com/watch?v=mo8QYfwATrQ" target="_blank">Princesas do século XXI</a> e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=dDN6EWV7Ty8&list=PUeT74ntD25ACU_fVfUWZzsg&index=6" target="_blank">Jovens à deriva</a>.<br />
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<blockquote class="tr_bq">
E vocês? Conhecem algum canal/vídeo que trate sobre assuntos existenciais ou de autoconhecimento? Não vale indicar daquele rapaz que foi recentemente acusado de violência e abuso hein. Pra quem não sabe de quem eu tô falando, <a href="https://www.gazetadigital.com.br/variedades/variedades/fred-elboni-acusado-de-violncia-domstica-por-duas-ex-namoradas/621441" target="_blank">leia aqui </a>sobre a história.</blockquote>
</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-62158174169126078702021-01-04T11:32:00.001-03:002021-01-04T11:38:50.351-03:00Resenha - Mapas do Acaso<div style="text-align: justify;"><b></b></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAFKZS6bpRNhyphenhyphenJH6qJuZvKvVLDot5Z1flrUk6Y05gd6F1MCTAAVVn1untjhQm27QKigRp1z8lR4QjLm19BY6sA5hvPxL0cqSiJ4BEQT8Z-c8zA6DM6OUpoRJU1gPAtrsYI_MRLAGWndB8/s2048/unnamed.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1319" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAFKZS6bpRNhyphenhyphenJH6qJuZvKvVLDot5Z1flrUk6Y05gd6F1MCTAAVVn1untjhQm27QKigRp1z8lR4QjLm19BY6sA5hvPxL0cqSiJ4BEQT8Z-c8zA6DM6OUpoRJU1gPAtrsYI_MRLAGWndB8/s320/unnamed.png" /></a></div>Título:</b> Mapas do Acaso</div><div style="text-align: justify;"><b>Autora:</b> Carol Lima | Helô Rodrigues (ilustradora)</div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse:</b> Um ano e cinco meses é período que Lua não sai de casa desde decretada a pandemia. Não que ela já saísse com frequência antes de tudo acontecer, mas agora ela precisa pegar um avião lotado para o outro país e participar da FictionCon, a maior convenção literária do mundo, onde seu primeiro livro está entre os finalistas de um concurso.
No momento ela só quer esganar a sua melhor amiga por ter inscrito seu livro sem ela saber, ter convencido ela de embarcar e fazer o possível para não se contaminar ou surtar durante do voo.
O que ela não espera é em uma cidade do tamanho de Nova York esbarrar duas vezes com Matteo, um italiano muito sedutor, e que ele vire seu companheiro de aventuras por três dias nessa viagem que apesar de tudo é a viagem dos seus sonhos.
Entre passeios por museus, cidades apaixonantes e beijos roubados, Lua não imagina que depois desses dias a sua vida vai mudar completamente. </div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://autoracarollimashop.lojavirtualnuvem.com.br/produtos/">Site oficial</a> | <a href="https://www.amazon.com.br/Mapas-Acaso-Acasos-Livro-Carol-ebook/dp/B08P93M21P/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=mapas+do+acaso&qid=1609768275&s=digital-text&sr=1-1" target="_blank">Amazon </a></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.amazon.com.br/Mapas-Acaso-Acasos-Livro-Carol-ebook/dp/B08P93M21P/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=mapas+do+acaso&qid=1609768275&s=digital-text&sr=1-1" target="_blank"></a></div><p style="text-align: justify;"><b>Mapas do Acaso</b> é o primeiro lançamento da autora parceira do blog, <a href="https://www.instagram.com/carolplima/" target="_blank">Carol Lima</a>, autora paraense e que estreia em grande estilo com esse romance romântico leve, divertido e contemporâneo às nossas vivências pandêmicas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O enredo é sobre Lua, escritora e designer, residente de Belém - Pará, que estava isolada em casa há um ano e alguns meses, mas que, após concorrer a um concurso literário, precisa viajar até Nova Iorque para participar da FictionCon, maior evento literário do mundo, e talvez receber seu prêmio caso fique entre as primeiras finalistas. Mas a viagem não só vai trazer uma nova e linda experiência profissional como também romântica, quando conhece Matteo, um italiano belíssimo, a qual se apaixona perdidamente.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Lua está bem preocupada sobre sua viagem. Na trama, a vacina já está sendo aplicada e algumas pessoas já andam sem máscara na rua, principalmente em Nova Iorque, porém, ela segue com os protocolos de segurança, como limpar todo o local onde senta, usar máscara e álcool em gel nas mãos. A realidade de quem viveu isolada mais de um ano se choca com as ruas e locais por onde passa com tanta gente em volta e sem praticar os devidos cuidados. Interessante perceber isso no enredo, pois é algo bem atual, principalmente aos brasileiros que ainda não tem o vislumbre de uma vacina por aqui.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Porém, seu humor muda completamente quando conhece Matteo, um rapaz lindo e inteligente, que a faz conhecer partes da cidade estadunidense e ainda se apaixona perdidamente por ela. É um sonho de romance romântico! E o casal encanta do início ao fim. Mesmo com um enredo clichê, é aquele clichê que todo mundo, no fundo, no fundo, ama ler/assistir (digo assistir porque essa trama é digna de um filme hollywoodiano, eu amaria ver Lua e Matteo nas telonas). Além disso, Lua é também escritora e trabalha com editoras, o que, para quem gosta e é afeita ao ramo, é mais um ponto de identificação com a protagonista. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Outro ponto a ser destacado é a menção aos amigos de Lua, principalmente sua amiga, Roberta, sempre presente entre mensagens trocadas, dando todo o apoio emocional à jovem escritora e, claro, fazendo o leitor dar boas risadas pelas implicâncias e manias entre elas. Ainda temos outros elementos que chamaram a atenção da leitora que vos escreve: a presença do seu local de moradia, Belém, mencionada em pontos específicos da trama, mas que não deixa de estar ali, o que considerei bem interessante, e, uma <i>smart speaker</i> chamada Jeniffer! Não pude evitar a risada ao ver meu nome ali haha</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Por fim, <b>Mapas do Acaso</b> é aquele romance leve, divertido e fácil e delicioso de ler. Recomendo a todos os amantes de um boa história romântica.</p>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-81061631460901445722020-11-19T07:05:00.001-03:002021-01-04T11:40:53.090-03:00Entrevista com o autor: Bruno Rodrigues<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVOLdBeCeXxVvZxmqeStlBQtxHHLrwmikEubsPmvB1rGANt6BBVBmLzbVkHcvKZ_9YofK7yjS32WpbjwkaMHr5q7O8r2TEyFBRQi9NklQTEA7PQALCl-SNIZCUrV0PwFBcdLpXr3Ve-Yw/s1920/BANNER+%25281%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVOLdBeCeXxVvZxmqeStlBQtxHHLrwmikEubsPmvB1rGANt6BBVBmLzbVkHcvKZ_9YofK7yjS32WpbjwkaMHr5q7O8r2TEyFBRQi9NklQTEA7PQALCl-SNIZCUrV0PwFBcdLpXr3Ve-Yw/w640-h360/BANNER+%25281%2529.png" width="640" /></a></div><p>Hoje iremos conhecer um pouco mais o mais novo autor parceiro do blog: Bruno Rodrigues, autor do livro Ilha de Barbolandia e dono da editora Barbohouse, criada para a sua publicação. O livro já chegou por aqui e estou ansiosa pela leitura. É um trabalho muito criativo e primoroso. Conheçam mais sobre:</p><p><br /></p><b><div style="text-align: justify;"><b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira. </b></div></b><div style="text-align: justify;">Meu nome é Bruno Rodrigues e nasci em Belém em 1989. Me formei em Comunicação Social na UFPA e, em 2013, fui morar em Florianópolis-SC, onde conclui meu mestrado em Design na UFSC. Desde então, tenho trabalho como UX Designer (design de experiência do usuário de aplicativos e sites). Em paralelo, eu escrevo uma série chamada Ilha de Barbolandia. Muitas coisas me inspiram, mas principalmente filmes antigos clássicos, séries de drama, filmes de aventura, ficção científica e magia. Mas uma conversa entre amigos pode me despertar para querer escrever alguma coisa! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Quando iniciou tua paixão pela Literatura? </b></div><div style="text-align: justify;">Aos 15 anos. Antes eu desenhava e criava histórias em quadrinho da Ilha de Barbolandia, então, um certo dia eu quis seguir os processos tradicionais de criação de uma HQ, começando pelo roteiro. Fui escrevendo páginas e páginas deste roteiro, acrescentando detalhes, pensamentos e, quando vi, estava virando um livro de verdade.
O que te motiva a escrever?
Eu quero criar um país muito realista, um lugar que as pessoas acreditem que seja real e possam se divertir nele. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Como ocorre teu processo de escrita?</b> </div><div style="text-align: justify;">Quando eu escrevo um livro do zero, primeiramente, eu penso em tudo o que eu desejo que aconteça nesta história. Por exemplo, o que os personagens vão fazer, que tipo de natureza eles estarão inseridos, quais os mistérios envolvidos... Enfim, é um plano geral do livro. Depois disso, começo a escrever os capítulos, um pouquinho todo dia, e me esforço para não ficar muitos dias sem abrir o computador. Eu gosto de escrever à noite porque é mais silencioso e eu não gosto de ser interrompido. É uma etapa que eu não julgo o que estou escrevendo, então simplesmente vou digitando. Depois que todas as ideias foram exploradas, eu começo a mexer no texto, e nesse processo eu mudo os capítulos, os parágrafos e vou lapidando até à exaustão. Confesso que é difícil chegar num consenso de quando está bom, mas alguma hora eu tenho que bater o martelo. Por isso eu sigo uma máxima: “feito é melhor que perfeito”.
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnnWNCEKfvRcmTw_75Bfn5D2W3ARP3RUHXEYhFaiinyjRWDKWbIyVLJzAtvxYqvwcH_1AMURlNc9w_ri3urHhznt0UAYOcjbtxQpIbuKyuYr1GIBXNz6GDBqiCCskPjA6ZzhEFHapjjDY/s2048/2020-11-14-104311519.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnnWNCEKfvRcmTw_75Bfn5D2W3ARP3RUHXEYhFaiinyjRWDKWbIyVLJzAtvxYqvwcH_1AMURlNc9w_ri3urHhznt0UAYOcjbtxQpIbuKyuYr1GIBXNz6GDBqiCCskPjA6ZzhEFHapjjDY/w480-h640/2020-11-14-104311519.jpg" width="480" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Como foi a trajetória de publicação? </b></div><div style="text-align: justify;">Eu abri a Editora Barbohouse em 2011 para publicar meus próprios livros, portanto, faço parte de um nicho de mercado de autores independentes. Eu sigo o passo a passo de uma publicação tradicional de livro: texto, revisão, ficha-catalográfica, ISBN, capa e ilustração, diagramação, orçamento com gráficas, impressão, divulgação e venda. A diferença de uma editora tradicional é que eu estou envolvido em todos os processos, imprimo poucos livros e faço a divulgação somente por meio das redes sociais e em eventos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>O que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro atual? É difícil ser autor/escritor no país? </b></div><div style="text-align: justify;">O mercado editorial tradicional está falindo. As editoras publicam e distribuem, mas as livrarias físicas não estão pagando – vide a questão da livraria Cultura e Saraiva que estão em recuperação judicial. Se formos avaliar as pesquisas, o mercado de livros constantemente está em queda e o que o sustenta são as compras feitas pelo governo e os bestsellers. Em paralelo, temos as editoras pequenas e independentes, que por si só precisam ser estudadas para descobrimos como se sustentam! Com tiragens baixas e, constantemente, precisando de financiamento coletivo para pagar os custos dos livros, eu fico me perguntando como este pode ser um negócio sustentável?
O escritor, por sua vez, também precisa de virar nos trinta para coexistir neste universo esquisito. Agora que temos as redes sociais para ajudar na divulgação do nosso trabalho, acredito que a comunicação entre autores e leitores ficou mais rápida e isso também facilita para que as vendas aconteçam. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Quais as suas paixões além da Literatura?</b> </div><div style="text-align: justify;">Eu adoro a área do design gráfico e da experiência do usuário! Acho que isso se reflete na Ilha de Barbolandia. Fora o trabalho, eu também adoro viajar e comer! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Tem dicas para uma boa escrita e para pessoas que pretendem escrever seu próprio livro? </b></div><div style="text-align: justify;">Algumas dicas para ter uma boa escrita: conheça seu público, diversifique seu vocabulário, seja um bom leitor antes de ser um bom autor... Não gosto de dar dicas como se fossem regras, pois assim corro o risco de deletar a voz do próprio autor. Com o tempo, todos nós ganhamos aprendizados e o importante é que o autor se empenhe em escrever todos os dias. Também evito pensar se o livro vai fazer sucesso ou não, acho que isso não depende única e exclusivamente dos autores. É muito importante ser humilde, entender seus pontos fortes e fracos e trabalhar arduamente para que seu trabalho seja concluído.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote style="text-align: center;">Conheçam mais do trabalho do Bruno no seu Instagram: <a href="https://www.instagram.com/ilhadebarbolandia/" target="_blank">@ilhadebarbolandia</a></blockquote><a href="https://www.instagram.com/ilhadebarbolandia/" target="_blank"></a></div>Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-19851532775905717702020-10-21T17:07:00.000-03:002020-10-21T17:07:24.485-03:00Resenha - Antes de partir desta pra uma melhor<div style="text-align: justify;">
</div>
<blockquote>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpZP-1WJlMLAW9phXTqxIfG7jmG86CPvuR9JMGMrbLn98m15rdwuAg5PsYWJnpo1jA7-FG_iH86bRIQsXFYtwcAWmdPIZT61vxTbsbr8cezRKUIXv9IIQ6w4Gp8-eO8h07wDEKNAq_M1I/s1600/ANTES_DE_PARTIR_DESTA_PRA_UMA__1435265071512034SK1435265071B.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="287" data-original-width="200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpZP-1WJlMLAW9phXTqxIfG7jmG86CPvuR9JMGMrbLn98m15rdwuAg5PsYWJnpo1jA7-FG_iH86bRIQsXFYtwcAWmdPIZT61vxTbsbr8cezRKUIXv9IIQ6w4Gp8-eO8h07wDEKNAq_M1I/s200/ANTES_DE_PARTIR_DESTA_PRA_UMA__1435265071512034SK1435265071B.jpg" width="139" /></a></div>
<b>Título:</b> Antes de partir desta pra uma melhor</div>
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<b>Original:</b> One Last Thing Before I Go</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Autor:</b> Jonathan Tropper</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora:</b> Arqueiro</div>
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<b>Onde comprar: </b><a href="https://amzn.to/3fBfohc" target="_blank">Amazon</a></div>
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<b>Sinopse: </b>Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a vida de Drew Silver é uma sequência de decisões equivocadas. Faz quase uma década que sua banda de rock emplacou uma música, filha única de mãe solteira. Desde então, a banda se separou, sua mulher o largou e Silver tem assistido a vida passar, tocando em casamentos – quando aparece algum – e descontando os cheques cada vez menos frequentes que recebe pelos direitos autorais de seu único sucesso. Silver então descobre que a ex-mulher está prestes a se casar de novo e que a filha adolescente, Casey, está grávida. Para completar, depois de sofrer um derrame que o deixa incapaz de controlar a língua e guardar para si o que pensa, ele precisa de uma cirurgia no coração. Diante desse cenário, o músico fracassado depara com a pergunta decisiva: será que vale a pena salvar uma vida tão mal vivida? Assim, sob o olhar exasperado da família, ele toma a decisão radical de se recusar a fazer a cirurgia e dedicar o pouco tempo que lhe resta a tentar consertar o relacionamento com Casey e aproveitar a vida – mesmo que ela não dure muito. Com diálogos rápidos, irônicos e sagazes, Jonathan Tropper confirma sua habilidade em retratar com humor e perspicácia o lado oculto da família moderna.</div>
</blockquote>
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<br /></div>
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Ler Jonathan Tropper<a href="https://monautrecote.blogspot.com/2012/07/resenha-tudo-pode-mudar.html" target="_blank"> novamente</a> foi divertido. O livros do autor, se bem me recordo, geralmente são sobre histórias de homens (héteros e cis) em situações meio fracassadas de vida e que encontram em seus caminhos algum meio de mudança, seja por meio de uma pessoa nova, um acontecimento ou uma epifania, que os fazem perceber que a vida é muito mais do que frustrações e perdas.</div>
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<br /></div>
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Em <i>Antes de partir desta pra uma melhor</i>, temos a história de Silver (ele é comumente chamado pelo sobrenome), divorciado, possui uma filha que não realiza muito contato, uma ex-mulher noiva de um médico renomado. O ex-estrela de rock atualmente toca em aniversários e bar mitzvá, e mora em um hotel famoso em ser moradia de divorciados. Silver se sente sozinho e sem perspectiva de vida, mesmo tendo amigos da mesma idade ao seu redor, todos, porém, possuem algum problema em família.</div>
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<br /></div>
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A narrativa de Silver muda quando sua filha reaparece em sua vida, dizendo estar grávida. Uma jovem de apenas 18 anos já com uma grande responsabilidade em mãos. Silver também descobre ter uma grave complicação no coração que possivelmente o matará a qualquer instante, e decide não se operar para salvar sua própria vida, ele prefere a morte iminente, pois já não vê sentido em mais nada. Enquanto isso, toda a sua família se desespera por sua decisão, e sua filha decide também manter sua gravidez (mesmo a contragosto de todos), em desafio à decisão de seu pai.</div>
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<br /></div>
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Assim se inicia essa trajetória ao mesmo tempo engraçada e dramática na vida do protagonista. Tropper narra muito bem a mente de um adulto na faixa dos seus 40/50 anos, homem hétero e cis, partindo mesmo dessa perspectiva bem estereotipada do gênero, pois não à toa enfatizo que suas narrativas possuem protagonistas do tipo. Pessoalmente, isto poderia ser um empecilho para gostar da leitura, mas perdoadas as situações e posicionamentos machistas presentes no discurso de alguns personagens (inclusive criticados na trama por meio de outros personagens), a leitura se torna envolvente e gostosa de ler, pois, mesmo tratando sobre morte e dramas familiares, os diálogos entre os personagens, os pensamentos e lembranças de Silver, as situações vividas por ele com a família e amigos são bem engraçadas, possuindo um humor ácido e melodramático que me agrada.</div>
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<br /></div>
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Mesmo se tratando de uma narrativa um tanto densa em alguns aspectos, há reviravoltas durante a trama, mas é como se tivéssemos acompanhando o dia-a-dia de uma família desconjuntada que, no entanto, se amam e se preocupam uns com os outros. Assim, temos uma história de amor, de solidão, de arrependimentos, de compaixão, de descobertas e de reflexões sobre família e do que realmente importa em nossas vidas.</div>
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<br /></div>
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A edição da Arqueiro está impecável, neste novo modelo de edição (possuo outros dois livros do mesmo autor, que seguiam o mesmo modelo de capa e tipo de papel), a capa está belíssima, o papel dura muito mais tempo sem acumular poeira e ficar completamente amarelado, além da tradução e revisão estarem boas. Recomendo a quem se interessar em livros de humor leve, sobre fracassos momentâneos e reflexões de vida.</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-7837119986003704842020-10-08T15:28:00.000-03:002020-10-08T15:28:22.798-03:00Entrevista com o autor: Tiago Júlio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSyQir9yjV-RJv7ZsssglQanB1FTUGV4phLRUgEUc46nqQflwOK6kaojRLkt5C0vdDvyAt-h-0jTokhDy6xMsU8yQf5vA0I32ZPEXX6q5l12W_GevIhDWRbCRqRamRjx3hs81VBDd4FeQ/s640/banner+-+4.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">O blog recentemente fechou parceria com mais um autor paraense e que está com lançamento no mercado! Conheçam um pouco mais sobre o Tiago Júlior, autor de Outubro.</div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">
<b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira:</b></div>
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Nasci em 1990, em Belém do Pará. Desde criança, sou apaixonado por contar histórias. Escrevo regularmente desde 2008, quando entrei para a universidade e criei meu primeiro blog literário. Minha formação é em Comunicação Social, Jornalismo, e possuo uma especialização em Produção Audiovisual. Pretendo, em breve, cursar Psicologia para ganhar propriedade e autoridade para auxiliar, de forma profissional, pessoas em sofrimento psíquico. Essa é uma das minhas maiores paixões e um dos meus grandes objetivos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2013, fui diagnosticado como portador do Transtorno Afetivo Bipolar. Em 2016, publiquei uma autobiografia, chamada “Cabeça Bipolar”, contando detalhadamente minhas experiências pessoais com ênfase na natureza de ser um bipolar. Mantenho um projeto na internet, com foco maior no Instagram, chamado Vida De Um Bipolar (@vidadeumbipolar), que tem como objetivo principal auxiliar outros portadores. Também no Instagram, dou vazão à minha produção literária, através do perfil @otiagojulio. Daqui a um mês e meio, lançarei meu segundo livro, o romance “Outubro”, ambientado no Círio de Nazaré. </div>
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<br /></div>
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<b>Quando iniciou tua paixão pela Literatura?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Escrevo desde que aprendi a escrever. Lógico que, na infância, as narrativas eram simplórias e sem profundidade, mas eu lembro de, bem cedo, já criar historinhas. Fui influenciado, principalmente, pelos gibis da Turma da Mônica e pelos livros infantis que eu ganhava da minha tia Lena. Como eu era uma criança tímida e introvertida, passava muito tempo lendo. No início da idade adulta, redescobri o prazer de ler por conta da biblioteca da universidade. Li Saramago, García Marquez, Lispector, Rubem Fonseca, Veríssimo, Douglas Adams, Martin Page, Cecília Meireles e tantos outros. Lia compulsivamente, vários livros por mês e isso moldou muito minha formação. Hoje, escrevo bem mais do que leio, o que talvez seja muito errado! (risos). Mas fui contaminado muito cedo por grandes vozes e elas passaram, até hoje, a ecoar dentro de mim.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="701" data-original-width="1000" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzatkgfqAsESqgih4RxEYMhtCPdnkYNOxyX3_yunWo_F-m79b4Ot8HyrWa-mqbWiG7JSoA0o8NK0p8LJ_o7mrjmabhTit7tWGy24Qc4Dla9ocanPjkt3i2OFcho93DhvPELo5vvaiLnYw/s640/divulgacao2.jpg" width="640" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Primeiro livro do autor, disponível na Amazon.</div>
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<br /></div>
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<b>O que te motiva a escrever?</b></div>
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<br /></div>
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Escrevo pra não sufocar. Tenho muita energia reprimida e, através das palavras, consigo canalizar elas, de alguma forma. Acho que, se eu praticasse algum exercício físico regularmente, ia conseguir criar um fluxo pra essa energia e, provavelmente, escreveria bem menos (risos). Escrevo, também, porque sei que há quem me leia. A ideia de escrever e guardar nunca funcionou pra mim. Sempre achei que o que vem de dentro da gente e ganha as telas ou o papel, merece também o mundo. Como há mais de dez anos escrevo para a internet, o contato com o público leitor e a velocidade de informação são muito grandes. Gosto dessa troca, de ter um feedback e de saber o que estão achando do meu trabalho. A internet pode ser terrível, mas também pode ser uma ferramenta maravilhosa. Basta saber usá-la. </div>
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<br /></div>
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<b>Como ocorre teu processo de escrita?</b></div>
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<br /></div>
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Quando escrevo poesia, que é o que mais produzo atualmente, penso num determinado tema e trabalho em cima dele. Não gosto muito da ideia de inspiração. Se eu só escrevesse quando tivesse inspirado, não teria feito nem 50% do que já fiz até hoje. Não que isso nunca aconteça, mas não dá pra ficar esperando as palavras caírem do céu. Escrever é um processo que demanda técnica, exercício, disciplina. Depois que se pega a manha e se descobre seu próprio estilo, coisa, às vezes, muito difícil de se alcançar, a escrita passa a fluir de forma mais natural e espontânea. </div>
<div style="text-align: justify;">
Escrevo, geralmente, dois posts por dia pra o meu Instagram literário e vou deixando guardados no meu banco de publicações. Também produzo muito conteúdo audiovisual pra plataforma, que é o que mais está dando engajamento. É uma pegada diferente, pois, além de escrever o poema, preciso decorar, interpretar, gravar e editar. Dá trabalho, mas tem valido a pena!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1013" data-original-width="1600" height="404" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYqk-sTt09SoVvpqhYWpQqOeOiYAbctmfzBLXX05lK1JuRV7gG8NADMN8SeDeTKcvZTnRuJBXThEJXq7hTDPA69eLhuXaz_DrDXwaVp4lD9jTeiJE32a4kbvmBcbuMpHd6I4pq-YeCAjM/s640/arteoutubrofolheando.jpg" width="640" /></div>
<div style="text-align: center;">
Novo lançamento do autor</div>
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<br /></div>
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<b>Como foi ocorre a trajetória de publicação? </b></div>
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<br /></div>
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O “Cabeça Bipolar” foi escrito em pouquíssimo tempo pra concorrer a um prêmio literário promovido pela livraria Fox, em 2014. Não consegui ganhar a premiação, então fui investir em outras alternativas, como agenciamento literário e até crowdfunding. Como nada deu certo, resolvi partir pra publicação independente, em 2016. A tiragem pequena esgotou na semana do lançamento, superando todas as minhas expectativas. </div>
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Com o “Outubro”, aconteceu de forma parecida. Depois que terminei de escrever o romance, fui tentar alguns prêmios literários regionais, mas acabou não rolando. Conversei com o Douglas Oliveira, da Editora Folheando, e ele apresentou um orçamento muito amigável, então fechamos. A pré-venda tem sido um sucesso enorme e eu vou precisar pedir mais livros para atender à demanda. Sigo independente, com os direitos autorais integralmente em meu nome. Pretendo continuar assim, ao menos por enquanto. </div>
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<br /></div>
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<b>O que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro/paraense atual? É difícil ser autor/escritor no Pará?</b></div>
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<br /></div>
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É difícil ser autor no Brasil, no Norte do país a coisa é pior. O público-leitor é muito reduzido e limitado a nichos específicos. Quem não tem suporte de uma grande editora, a imensa maioria dos autores brasileiros, precisa se virar como pode pra vender seus livros. Eu estou numa busca permanente de fidelizar meu público. Em relação à política, há uma carência de ações públicas a nível nacional para o fomento das artes, como um todo. Houveram grandes retrocessos nos últimos tempos em todos os campos, e o livro não ficou pra trás. Agora, estão com proposta de taxá-lo para encarecer ainda mais seu preço, aumentando a dificuldade de acesso e limitando o poder de compra da população mais pobre, que já não era nada bom. Enfim, nadamos contra a corrente e, às vezes, parece que só resistimos por paixão e teimosia.</div>
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<br /></div>
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<b>Quais as suas paixões além da Literatura?</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou apaixonado por todas as formas de artes e pela riqueza do espírito humano. Fiz especialização em Audiovisual mais por amor ao cinema do que por ambição profissional. A música, principalmente a brasileira, é minha grande amiga. Quando ouço Milton, Chico, Caetano, Elis, Bethânia, sempre tenho insights para escrever minhas poesias autorais. Fora do campo artístico, admiro muito a sensibilidade de quem, apesar de todos os problemas e dificuldades da vida, consegue ter leveza e algum senso de humor. Amo quem consegue ri de si mesmo e de suas próprias desgraças. Amo quem é gentil e educado, quem, nesse mundo doido, ainda acha brecha para amar. O ser humano e toda a potencialidade da vida em comunidade, física ou virtual, são minhas maiores paixões.</div>
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<br /></div>
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<b>Tem dicas para uma boa escrita e para pessoas que pretendem escrever seu próprio livro?</b></div>
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<br /></div>
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A principal dica é: escreva. Escreva, se aperfeiçoe, treine, descubra seu estilo. De preferência, vá escrevendo e postando em algum lugar, faça fanzines (publicações artesanais), mostre pra os amigos mais próximos pra receber retorno dos leitores. Não se preocupe em publicar um livro se você ainda não tem certa maturidade literária pra isso. Isso demanda tempo. Além do mais, o livro é apenas um formato e quem escreve num blog não é menos escritor que alguém que já publicou 30 livros. São experiências diferentes. Tente controlar a ansiedade e seja receptivo às críticas construtivas, mas também valorize quem lhe elogia e lhe empurra pra frente. Acima de tudo, satisfaça primeiro a você e escreva de forma que você sinta orgulho do seu trabalho. Estas são dicas que eu gostaria de ler quando estava começando, mas não posso falar mais que isso, pois ainda estou aprendendo também (risos).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote style="text-align: center;">Acompanhem o trabalho do Tiago em seu perfil no Instagram: <a href="https://www.instagram.com/otiagojulio/" target="_blank">@otiagojulio</a></blockquote><a href="https://www.instagram.com/otiagojulio/" target="_blank"></a></div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-13197520017995985172020-10-01T10:38:00.000-03:002021-01-04T11:35:35.596-03:00Resenha - Heróis involuntários<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8uPH7l4DkMuPsJvEpaV-TSC8V8GmEpBLEP-l3G0BhritPcDncFWx5gUk2XamEC2OVsbjN6UdfeNPV9h3QLB2419jDO-_c_ZiqOYS1-MIkxVIDr6CbuCdfAqaFi8VSEMHMfpAQD6zGEhs/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8uPH7l4DkMuPsJvEpaV-TSC8V8GmEpBLEP-l3G0BhritPcDncFWx5gUk2XamEC2OVsbjN6UdfeNPV9h3QLB2419jDO-_c_ZiqOYS1-MIkxVIDr6CbuCdfAqaFi8VSEMHMfpAQD6zGEhs/s1600/images.jpg" style="cursor: move;" /></a><b>Título:</b> Heróis Involuntários<br />
<b>Autora:</b> Camila Pelegrini<br />
<b>Editora:</b> Delirium<br />
<b>Onde comprar:</b> <a href="https://deliriumeditora.com.br/livros/herois-involuntarios/" target="_blank">Delirium Editora </a><b>Sinopse:</b> Poderia existir moralidade em se preocupar com vidas animais quando tantas humanas padeciam? Poderia existir sentido? Poderia existir um limite para a compaixão que se pode possuir? A resposta talvez não seja óbvia, porque a pergunta tampouco é. Uma jovem, solitária e amedrontada enfermeira. Um jovem, ferido e assustado pássaro. Um encontro que poderia carecer de significado, mas que acabou mudando vidas. A da ave. A de Madison. E a de tantos animais que cruzaram seu caminho a partir de então. Este é o relato de uma mulher que se arriscou ao enxergar o invisível. É a confissão de uma mulher que ousou agir movida por suas próprias convicções. É a história de alguém que teve dúvidas, conquanto humana, mas que seguiu mesmo assim, pois é isso o que mulheres fazem. O drama de alguém que não salvou “apenas” animais. O drama de alguém que salvou vidas.</blockquote>
<br />
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Heróis Involuntários é de autoria da Camila Pellegrini, a responsável pelo selo editorial da Delirium: Inspirium, um selo destinado a publicações de autoras mulheres e que é, além de necessário no mercado editorial brasileiro, muito significativo, para autoras contemporâneas ou não. A Camila é autora de vários títulos, além de já ter publicado contos em algumas antologias. Conhecer sua escrita, além do seu trabalho belíssimo na editora, foi mais do que especial.</div>
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<br /></div>
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O livro narra a história de uma enfermeira durante a Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, que inicia sua trajetória com os animais após o resgate de um gato ferido. O gatinho perdeu suas duas patas traseiras e a protagonista o encontra em estado grave em meio à cidade caótica. Mesmo assim, ela consegue salvá-lo e pela primeira vez vive uma experiência com bichanos, em que ele se torna seu alento, nesse período tão cruel e turbulento. </div>
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<br /></div>
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A enfermeira continua salvando homens, indo ao hospital de guerra para cumprir seu dever, porém, seu trabalho também se volta para os animais, cavalos, cachorros, gatos, passarinhos... Todos que encontra no meio do seu caminho e aos arredores de sua casa, no trajeto casa-trabalho, ela tenta salvá-los ou tratá-los, para garantir talvez um sofrimento menor a eles.</div>
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<br /></div>
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Por meio dessa história, conhecemos a dimensão da problemática sobre o tratamento que a humanidade forneceu aos animais. Cachorros, gatos e até morcegos foram utilizados no período histórica da narrativa, como tentativa de os transformarem em armas, destinadas a matar/ferir os inimigos de guerra. E claro, o resultado não seria outro se não uma matança de bichos, principalmente de cachorros, sem nenhum toque de compaixão ou preocupação com a vida desses seres.</div>
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<br /></div>
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A história de Camila e sua enfermeira dedicada aos animais é tocante e sensível, mas não menos angustiante. As cenas de guerra entremeadas com as cenas no lar da protagonista, ela e seu gato, com descrições tão verossímeis no narrar do afeto e carinho que o bichinho nos proporciona, são duas das grandes qualidades que a narrativa de Camila possui. Para quem tem o amor pelos animais, especificamente por gatos, a identificação com a trama é inevitável. E muito bela.</div>
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<br /></div>
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Porém, mesmo com todo o cenário caótico e todas as maldades descritas que possuem um pano de fundo baseado em histórias reais, o final da trama ainda me proporcionou uma sensação de esperança. Não pelo que aconteceu com os bichinhos, mas pela resistência de Madison, nossa enfermeira cheia de bravura, que resistiu, até o último momento da trama, em salvar os animais, e que não desistiu do seu propósito. Pessoas como essas existem na vida real, são elas que nos proporcionam esperança, e ao conhecer a autora, igualmente defensora dos bichanos, tão dedicada aos seus, vi muito dela nessa protagonista, o que não deixou de tirar toda a magia de sua história ficcional, pelo contrário, a leitura possuiu uma simbologia muito mais significativa.</div>
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<br /></div>
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A edição da Delirium está muito boa. Contém pinturas/ilustrações de Flávio Pereira, o fundador da Delirium, autor e ilustrador talentoso, além de estudos sobre a época. A obra possui uma lista de referências estudadas pela autora, que proporciona ao leitor outras leituras sobre o tema. Afora alguns errinhos de revisão textual (pouquíssimos), a edição está belíssima. Recomendo fortemente.</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-84637251851870874652020-09-08T07:00:00.000-03:002020-09-14T09:26:05.031-03:00Entrevista com o autor: Daniel Prestes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiveqXKJ8N2-zD9Fd-4654SK8zPrQ0TCOnc7ZcqYa1WSnLEsa1uekvew9cryq9dYcSwnFs1JGOPRx5f-YUt0Nja5hx5CoK-m-eMu0518yrQ_jLI4y5q1zBAHSfD-aVA2vCDWNcDuaUWez8/s640/BANNER.png" width="640" /></div>
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<br /></div>
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Hoje temos mais uma entrevista com o autor, agora de um novo parceiro do blog, além de amigo da vida acadêmica e pessoal. Daniel Prestes é crítico literário, mestre em Letras e autor paraense. Recentemente lançou seu mais novo conto na plataforma Amazon: Nunca mais Café, o qual teve leitura já resenhada no perfil do <a href="https://www.instagram.com/blogmeuoutrolado/" target="_blank">Instagram do blog</a> (post exclusivo por lá). Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre ele e sua produção.</div>
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<b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira:</b></div>
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<br /></div>
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Eu sou graduado em Letras - Língua Portuguesa e Mestre em Letras pela Universidade Federal do Pará. Pesquiso recepção de prosa de ficção feita por leitores na internet, especificamente no Youtube. Não sei dizer se há algo específico que me inspira. Geralmente eu tenho ideias a partir de coisas cotidianas com as quais acabo fazendo algum tipo de relação ou conexão. Quando essas ideias acabam sendo fortes o suficiente pra me fazer ficar ruminando, acabo escrevendo. Propostas de exercícios de escrita ou editais com temas também ajudam a essas ideias aparecerem.</div>
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<br /></div>
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<b>Quando iniciou tua paixão pela Literatura?</b></div>
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<br /></div>
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Paixão, não sei se atualmente eu descreveria o meu sentimento dessa maneira. Já fui um leitor muito mais agressivo e voraz, porém hoje em dia estou mais calmo. A paixão ficou nesse tempo da voracidade. Eu comecei a ler criança mesmo, sempre tive muitos gibis da turma da Mônica. Minha mãe sempre comprava eles e os almanacões de férias. Na escola em que estudei a maior parte da minha vida, em São Paulo (onde nasci), sempre pedia livros paradidáticos. Fora que eu também tinha muito tempo livre, porque fora os amigos da escola, não tinha mais pessoas próximas com a mesma faixa etária. Eu sou o primo mais novo dos primos mais velhos, que são em sua maioria mulheres. Só que nessa época eu não lia tanto livros, eram mais revistas mesmo. Quando me mudei para Altamira, comprei o primeiro livro de Harry Potter. Li e reli esse livro inúmeras vezes porque quando me mudei pra Altamira eu não conhecia ninguém e era mês de férias. A adaptação também não foi muito fácil, então acabei ficando muito com os que fui comprando com o tempo. Logo depois, abriu uma Nobel na cidade, me tornei amigo de todos la, do dono, dos filhos dele e dos funcionários. Passava horas lá. Imagina, poucos amigos, gosto pela leitura, tempo disponível... Então pode-se dizer que embora eu tenha sido sempre um leitor, a “paixão” veio com a descoberta de livros de fantasia e com o fato de ter que me entreter sozinho.</div>
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<img border="0" data-original-height="1425" data-original-width="1600" height="570" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihVS2XGz2xInQbBsMJ6SJhEoRKh_W4AiaHJeauqWejcNjF8TOLP3dVOuIQl00EqtsSiqr4GEr3etSUH84g3MZ1Zpu7enq1iQ961M7Co1hdOU5HSzXGIW8gbwssXIJo8Gl4UIUx2pPrvYw/s640/Ef4MIBLXoAILrVJ.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://www.amazon.com.br/s?k=daniel+prestes&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&ref=nb_sb_noss" target="_blank">E-books do Daniel disponíveis na Amazon</a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>O que te motiva a escrever?</b></div>
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<br /></div>
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A gente sempre pode escolher uma versão bonitinha sobre essa questão. Aliás, sobre a anterior também, né? Que motiva a escrever acho que é a vontade de comunicar, de falar, de manter diálogo. Eu falo muito, mesmo por mensagem de texto. Eu penso demais. E preciso externar isso de alguma forma e acaba sendo pela escrita.</div>
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<br /></div>
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<b>Como ocorre teu processo de escrita?</b></div>
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<br /></div>
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No caso de ficção, geralmente eu tenho uma ideia. Essa ideia pode vir do “nada” ou pode vir de alguma situação orientada, como um exercício de escrita, um tuite de alguém que eu sigo e que dá pra fazer algum tipo de gracinha e que acaba criando um certo enredo ou uma chamada de textos. Essa ideia geralmente se torna um encosto que não me deixa pensar muito em outras coisas. Daí eu sento e vou escrevendo até terminar uma versão. Se eu interromper o processo sem que essa primeira versão exista, dificilmente consigo retornar pro texto. Depois, a depender da ideia, se ela continua me perturbando ou não, vou fazendo revisões e acréscimos, reescritas. Mas confesso que não sou muito fã de tantos retornos. Isso é uma coisa que me deixa muito exausto. No final das contas, é por causa disso que eu não tenho textos muito longos.</div>
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<br /></div>
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<b>Como foi ocorre a trajetória de publicação? </b></div>
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<br /></div>
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Bom, os primeiros textos foram em coletâneas e concursos da UFPa, por exemplo. Também têm textos publicados em jornais literários. A maioria estava no meu antigo blog, o Folhetim Felino, que eu tirei do ar. Agora eu também tenho as autopublicações na Amazon.</div>
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<br /></div>
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<b>O que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro/paraense atual? É difícil ser autora/escritora no Pará?</b></div>
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<br /></div>
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Bom, o Mercado Editorial é claramente centrado na região Sudeste. Não só porque as editoras estão lá, mas porque autores e produtores de conteúdo também se concentram na região e, de modo geral, só compartilham as pessoas de lá. No máximo você consegue, atualmente, ver autores do Nordeste e do Sul, mas o Norte e o Centro-Oeste ainda são, pelo que vejo, menos divulgados literariamente. É mais fácil autores da região sudeste chegar aqui, do que nós do Norte, chegarmos a eles. Isso porque não me parece haver tanto interesse em se conhecer, buscar saber. Vejo isso pelas redes sociais, muito. Mesmo que haja uma interação entre autores e produtores de conteúdo de outras regiões conosco, a troca é muito assimétrica. O fato mesmo deles saberem que a gente existe não garante que haja circulação, porque eles sabem, mas não lembram.</div>
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No caso do mercado paraense, também é complicado. As editoras daqui não tem envergadura pra fazer uma projeção dos autores. A maioria são publicados pelas mesmas editoras há anos, sobre temas muito específicos e regionais. E com isso não quero dizer que há um problema em se tratar das nossas regionalidades, do que há específico do lugar, mas quem observar bem, saberá que a produção literária daqui vai muito além disso. Algumas editoras passaram a prestar atenção nisso, mas ainda é muito pouco. Por exemplo, atualmente de projeção nacional, temos o Edyr Proença, que até ganhou prêmios na França. Também temos a Roberta Spindler, que foi publicada na Suma. Edyr fala de violência urbana. Da violência de Belém e região metropolitana. Não é algo muito usual quando se pensa em literatura paraense ou em se falar de uma literatura produzida no Norte, envolto entre rios e florestas. Roberta no último romance por ela publicado, traz uma história de fantasia a partir de jogos online, hoje conhecidos como e-sports. Há personagens paraenses, mas não foca só nisso. E esses dois são exemplos de autores publicados por editoras e com maior projeção, ainda outros produzindo sobre um terror que não passa necessariamente pelo que se convencionou cultura popular local, de seres da floresta. Há também os independentes.</div>
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Mas esses últimos são mesmo um grupo mais a parte. O que temos mesmo são muitos escritores que publicam muito por editais. Não há problema nisso, mas é preocupante, a meu ver, que eles só pareçam ter esse caminho para conseguirem ser publicados.</div>
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De outro lado, há uma forte presença do que consideramos ser o cânone paraense, que ganha apoio da Universidade, já que é ela quem mais se dedica a lê-los e estuda-los.</div>
<div style="text-align: justify;">
E pra finalizar, o mercado paraense é majoritariamente masculino. E quando há presença de mulheres, elas são eclipsadas pelos homens, ainda que sejam todos escritores contemporâneos. Isso ocorre principalmente no campo da divulgação. A maneira como elas são divulgadas é muito diferente da forma como eles são. A qualidade de como se fala e de como se apresenta os homens é muito maior e mais elaborada do que das mulheres.</div>
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<br /></div>
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<b>Quais as suas paixões além da Literatura?</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já fui muito de ver filmes e ver séries, mas hoje eu acho que fora trabalhar com o literário e com textos a maior parte do meu dia, eu gosto mesmo é de cozinhar.</div>
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<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Tem dicas para uma boa escrita e para pessoas que pretendem escrever seu próprio livro?</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ler é sempre importante, acompanhar o que tem sido publicado também, pra saber pra onde as coisas estão caminhando e de onde elas saíram. Não querer inventar a roda, nada de um novo Senhor dos Anéis. Buscar referências nacionais, que se conhece. Se for trabalhar com personagens que pertencem a minorias ou grupos étnicos, fazer uma boa pesquisa. Não achar que texto é obra de arte e que nem pode ser mexido ou criticado. Você não precisa concordar, mas não pode tolher a interpretação que fazem do teu texto. E aqui eu nem estou falando pra aceitar grosseria gratuita. Não aceite e não aceitar implica em não gastar seu tempo com gente mal educada. Revisar. Ter pessoas que leiam o material antes. Mas sempre prestando atenção que, se são seus amigos, é provável que eles tenderão a achar bom ou dizer que está bom. Então é melhor escolher pessoas que possam ter a liberdade de dizer que não está quando não estiver. Não embarcar em pagar para publicar. Escrever sempre. Submeter o máximo que der as chamadas de revistas, coletâneas e afins. Essas dicas são meio que uma reunião de dicas de experiência própria e das que já vi editores e demais pessoas do mercado editorial darem pras pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
O Daniel possui uma escrita muito boa, além de escrever ficção, também escreve ensaios sobre assuntos relacionados ao meio literário e eu amo ler suas opiniões, muito bem embasadas. Saiba mais sobre ele em suas redes: <a href="https://www.instagram.com/danprestess/" target="_blank">Instagram</a> - <a href="https://medium.com/@danprestes" target="_blank">Medium</a> - <a href="https://twitter.com/danprestes" target="_blank">Twitter</a> - <a href="https://jamburanaliteraria.wordpress.com/" target="_blank">Jornal Jamburana</a> (ele é o dirigente desse periódico literário eletrônico).</blockquote>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-57021926709469572442020-09-07T17:06:00.001-03:002020-11-19T07:09:59.586-03:00Resenha - Menina do Mato & Outros Poemas Anfíbios<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWbrBYjdHVmJlngGZDlV2wAxmrIOkm5iD6eJi3iafq1Kn4sxtMhcWOpD8zcUlXpAQZqBD2jq3avmmPl_UFVbhWqeQM5A7HVn12srQKDUiVrFvx5XcYNNaPI_5mUeUEVDy5Aix4nvFE5hM/s1600/61xiFNTOaoL.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="828" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWbrBYjdHVmJlngGZDlV2wAxmrIOkm5iD6eJi3iafq1Kn4sxtMhcWOpD8zcUlXpAQZqBD2jq3avmmPl_UFVbhWqeQM5A7HVn12srQKDUiVrFvx5XcYNNaPI_5mUeUEVDy5Aix4nvFE5hM/s200/61xiFNTOaoL.jpg" width="133" /></a><b>Título:</b> Menina do mato & outros poemas anfíbios<br />
<b>Autora:</b> Josiane Melo<br />
<b>Editora:</b> Pará.grafo<br />
<b>Onde comprar:</b> <a href="https://www.e-paragrafo.com.br/product-page/meninadomato" target="_blank">Pará.grafo</a> <b>Sinopse:</b> Menina do mato e outros poemas anfíbios é exatamente como um livro de poesia deve ser, conciso. Assemelha-se com as águas predominantes na Amazônia, não há nada de cristalino em sua palavra, você pode mergulhar mas desconhece toda espécie de seres e objetos viventes no fundo. Quem transita entre águas tem alguma comunidade ou urbe destino. E a geografia da poeta nos convida para ampliar nossa noção de cidade. O restante do Brasil e do mundo tem mania de imaginar a Amazônia em uma dialética tensa entre florestas e desmatamento, rural e urbano. E se levássemos a sério esses versos, encontrando uma verdade tão óbvia de escondida, não é a cidade e o mundo inteirinho uma floresta calculada?</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ler poesia paraense está sendo mais do que prazeroso. Continuo em meu projeto pessoal de ler mais poemas e mais autores oriundos da minha região, Pará, e a Josiane Melo foi mais uma leitura privilegiada que realizei. <i>Menina do Mato e Outros Poemas Anfíbios</i> é um título bem sugestivo à obra, mas ela não se resume apenas pela menção e referências de elementos paraoaras (relativo ao Pará); os poemas de Josi remetem igualmente a questões de identidade, referências literárias, amor, família e sobre ser mulher.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há que se enfatizar, também, o prefácio do livro, escrito por Hermes Veras, também escritor, que nos deixa com um gostinho de quero mais ao ler sua apresentação, muito bem escrita e igualmente poética, estando muito bem à altura da produção de Josi.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
A poesia do mato, do rio, das ruas enlameadas, das prateleiras de livros a se equilibrarem em habitações de palafitas, sempre passíveis de mergulho, enfim, a poesia anfíbia é um brinquedo de cura!<br />
Hermes de Souza Veras (<a href="https://www.instagram.com/viu.eitanem/">viu.eitanem</a>)</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um livro curto, mas muito significativo, principalmente pelos elementos regionais presentes: a rede, o mato, o rio, a ancestralidade familiar, o linguajar paraense, os costumes daqui. A leitura e releitura desses breves poemas, grandiosos em sua poética, é mais do que bem-vinda e relembrar do que foi lido também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Josi também nos apresenta em sua poesia uma mulher escritora apaixonada por livros, por leitura, por literatura em si. Minhas partes preferidas com certeza foram as de referências feministas e de outras produções literárias:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
corri para ver o mar<br />
com entusiasmo de escavar<br />
corpos preciosos<br />
da ditadura militar<br />
convivemos com a morte diária<br />
pelas beiradas dos canais<br />
matas<br />
rios<br />
dos becos verticais<br />
fingimos não ver<br />
a morte clandestina<br />
pelos becos da memória<br />
no corpo da menina<br />
Mortalidade clandestina (Para Conceição Evaristo) - Josiane Melo</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Além da simpatia e carisma da autora (poder ter um exemplar autografado e um encontro, breve, mas pessoal com o autor, é uma das vantagens de se ler literatura contemporânea de autores locais), a edição da <a href="https://www.e-paragrafo.com.br/" target="_blank">Pará.grafo</a>, editora de Bragança (cidade do Pará, a 212 km de distância da capital) é primorosa. Afora um errinho na segunda orelha do livro, não tenho o que apontar na revisão ou diagramação dele. Recomendo muito a quem gostar do gênero ou quem deseja iniciar na leitura de poemas.</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-58017767739922481512020-08-31T10:39:00.000-03:002020-11-19T07:09:59.586-03:00A arte de Karipola<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi2yQiUpBg_pTIZpbaUu2BkL8r7EaMj-LaQpTmeT0LQqHPco66amwc5IPROlbTEDfb4s7KL3hbDlPXwFcOokCVQaoKKDPJmn4hsU_27IZiRe68zGlIU3oqScgmMDC-GzZYgj5uP5Qc2yk/s640/hp+teste+3.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a Karina Pamplona, outra artista paraense que tive o prazer de conhecer durante este ano e que aceitou meu convite para este post. Amo ver as artes da Karina no Instagram (local onde conheci seus trabalhos). Vamos conhecer um pouco mais da artista?<br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Toda a vez que tenho que responder quem eu sou entro num pane, porque eu mesma não sei bem. A gente acaba se descrevendo pelas nossas ocupações, ou no que a gente é bom, ou no que a gente é ruim, mas aquela nossa essência sempre se perde quando se põe em palavras, né? Ca-ham. Passado o surto, nasci e continuo vivendo desde esse dia em Belém. Como toda a criança sempre desenhei, mas comecei a querer mostrar o que eu fazia lá pelos 15 anos, junto com aquele combo da adolescência de não se achar bom o suficiente, parar de produzir e estancar. Mas a necessidade de se expressar sempre esteve latente, e só mais recentemente que venho mantendo uma regularidade e admitindo pra mim mesma que sou ilustradora e artista - ainda é um processo novo que eu espero que se consolide e saia de forma mais natural com o passar do tempo. Minha formação acadêmica é em Arquitetura e Urbanismo, mas em vias de acabar com esse relacionamento abusivo em breve. Também faço uma pós em Design Gráfico e mestrado em Planejamento Urbano (haha, tudo certo). Já a minha formação enquanto pessoa vem das conexões que fiz ao longo de 26 anos, que é um dos grandes pontos de partida e inspiração da minha produção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG1jjePl73dE2RhQgf8DrfvGCLa0Dw0riPpJ64_NkOW2OQGLddlAEVrIMAvLDpv4U-pwreNNHw0XnQ9UxhASutFu5obCUoIcuU0x1nka4Leq83Ja2miEOZBVa8BgXwlb-xsQLjZuHElSI/s640/calor.jpg" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como você descreve sua arte? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha arte é parece eu, alguém perdido tentando se encontrar, minha linguagem transita através de cenas ou de quadrinhos em que o conteúdo vem de um lugar muito particular das minhas vivências e do que me toca de alguma forma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhELf8gdW_rcKCsQ51dvDysAJzHOx6X8daxG-ETX91EHv2BrfNMKXmP1ViQVq-77qZDxQ9DjvX8DiRobtMtUnu64FANiwgrkGGD8jhdMBHTRqTnKJUJ5j7dxvEUg-LFDRuIrViVW4AnemE/s640/refem3.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quais técnicas você utiliza? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ultimamente utilizo bastante a pintura digital pela generosidade de permitir pensar outros caminhos em tempo hábil. Também pintava bastante com aquarela, mas venho percebendo que talvez não seja a técnica mais adequada para uma pessoa impaciente, às vezes nos damos super bem e às vezes estamos brigadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quais inspirações/influências você possui?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que tudo que nos rodeia acaba se tornando uma inspiração se a gente dedica a atenção do nosso olhar. Mas parando pra pensar, acho que a minha maior inspiração é a arte manifestada na vida, no drama e na comédia de existir – um jeito bonito pra dizer: meus dramas e trocadilhos que eu forço fazer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkuqUcDVvoQEP-daivNLCPLo_6TYFq4HbTpKUdpIgmWuK5-nIIdbq8Ub-OWdc6r9yA57igno78iw4bBH6QjfzDlvSs9VX7Pi16XR2nMBLx-G17PwwhFhx0siUJguqt_ibGPRDadrhZEWQ/s640/dan%25C3%25A7a2.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como você se descreve, enquanto artista, mulher, etc?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa é a primeira vez que me descrevo enquanto mulher-artista. O meu interior reluta um pouco em admitir pelo imaginário que me foi construído em torno da palavra artista, que geralmente vem cercada de uma pompa – mas, ao mesmo tempo, a arte pra mim é apenas outra forma de pensar, de alcançar com sensibilidade outros olhares, tem a ver com refletir sobre a vida que nos rodeia e principalmente sobre se expressar. E artista é quem faz arte, né? A necessidade de comunicar essas reflexões internas vem de mãos dadas com o processo de me conhecer e me reconhecer no mundo, mas olho pro chão de estrada que falta e percebo que existe um longo pra me encontrar verdadeiramente, o que talvez nem seja possível, então aceito o risco e me descrevo como andarilha de mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc9EBTUpKcHXyKPdWbtN8OQOCtKVNoq7lLCKxuGxE-PPrwc0LdaBGTT9ocHVrDlKW3NcVfeDKzDKkAQZamiujOjB6y47RBmep3X_xinUlYlXeA-YsRrY-tpmrwU-kKFkTZwd3EKcNjPRc/s640/Artboard+1.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Recomenda algum (a) artista atual que te inspira?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
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Nossa. Vários! Gostaria até de tirar esse espaço pra enaltecer paraenses que contribuíram pra minha formação. A Vika Albino que foi a amiga no ensino médio que ensinou a querer desenhar e que faz um trabalho belíssimo em aquarela, ela que plantou a sementinha de que é possível. Por muito tempo eu fiquei hipnotizada pela poesia visual da Keyla Sobral, eu acho incrível a sensibilidade dela com as palavras. As fotos da Naiara Jinkins são de uma verdadeira força e questionamento bruto. Recentemente li o livro da Monique Malcher e me fez reconectar com o meu passado, algo muito poderoso se encontrar com si. Também recomendo a arte delicada e que me inspira demais do Igor Oliveira. Pra fechar, a voz, o canto e o dom da Lariza com as palavras.</div>
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<img border="0" data-original-height="591" data-original-width="591" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx3emT-H_KXvyftS4QOfPte2MZCWLbUADw5oHEwOYOAIDmzeBH10-HuJTG6XsWu4s4qHlmDLu09Je4M9rQUMAbvNiwwCP85dhyphenhyphen-6eaUKjHzGM8TJQ2WuuPbBTrAojTpuTsaN2ZXp6YcWc/s1600/conectar.png" /></div>
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<b>Além da ilustração, o que gostas de fazer?</b></div>
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Ler. Assistir filme. Ver o pôr-do-sol. Tomar sorvete. Fazer alguém rir. Conversar sobre tudo. Comer pudim. Tomar banho de cheiro. Fazer carinho na barriga da minha gatinha e tirar a mão rapidamente antes dela me atacar.<br />
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Karina é uma fofa! Para acompanhar mais do trabalho dela, siga: <a href="https://www.instagram.com/karipola/" target="_blank">@karipola</a></blockquote>
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Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-85336641172388940252020-08-24T08:00:00.000-03:002020-11-19T07:09:59.586-03:00Resenha - Guardiões do Império: O Selo do Sétimo<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB2xJl-9O2HNJA8RqxLV36-Gg5M1zPyj7wn3nlkWM8xr7TkyzIhBuUYK-bc_ZA38NJkN_Zqr6Q_u-7fkGdxTAkr_qK7Ue0WaAwH-eUmgsQ4kgnQmkpshSypZD6ic3PmiZ2wZqhs0hR2WA/s1600/51E-2sJiZeL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="331" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB2xJl-9O2HNJA8RqxLV36-Gg5M1zPyj7wn3nlkWM8xr7TkyzIhBuUYK-bc_ZA38NJkN_Zqr6Q_u-7fkGdxTAkr_qK7Ue0WaAwH-eUmgsQ4kgnQmkpshSypZD6ic3PmiZ2wZqhs0hR2WA/s200/51E-2sJiZeL.jpg" width="131" /></a><b>Título:</b> Guardiões do Império: O Selo do Sétimo (Livro 1)<br />
<b>Autora:</b> Giuliana Murakami<br />
<b>Editora:</b> Empíreo<br />
<b>Sinopse:</b> Yuka Kamimura levava uma vida monótona em uma cidadezinha do Japão, cuidando de sua avó enferma enquanto lidava com problemas não tão casuais da adolescência. Certo dia, porém, quando encurralada perigosamente por estranhos, foi salva por uma equipe de Guardiões Elementares de Magia Transcendental ligados ao enigmático país Império de Minerva.<br />
Levada à força para terras misteriosas, Yuka descobre que seu destino não está relacionado somente a cuidados domésticos e sonhos sem futuro: ela assume um papel importante para as relações políticas daquela nação, um lugar repleto de magia e com uma nova forma de organização social, a qual está permeada de segredos e perigosas intenções por parte de agentes internos e externos. Com seus fiéis seguidores, deverá confrontar os monstros da responsabilidade, da decepção e da infidelidade diante de batalhas que envolverão não somente sua pouca experiência em lutas como também sua capacidade de discernir, em meio a uma teia inesgotável de interesses, a melhor decisão a ser tomada durante todos os seus grandes e inesperados desafios, para além do amor, da dor e da morte.<br />
<b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/3h1saXU" target="_blank">Amazon</a></blockquote>
<br />
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Guardiões do Império é o livro premiado da autora parceira do blog, Giuliana Murakami. A história é sobre Yuka Kamimura, uma jovem que leva uma vida monótona até ser encurralada por estranhos aparentemente muito perigosos e resgatada por uma pessoa completamente desconhecida.</div>
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Yuka cuida de sua avó, muito doente, e trabalha em uma livraria da cidade onde mora, localizada no Japão. Além de sua avó, de companhia só possui seu cachorro. Passando por dificuldades, Yuka ainda sofre bullying na escola, mas é uma jovem muito altruísta e apaixonada por suas leituras. Ao ser confrontada, sozinha, por rapazes que a encurralam em uma rua solitária, desejosos em feri-la, é resgatada por outra pessoa desconhecida, mas que a salva dos seus algozes. Yuka acorda distante de casa, sem saber o que ocorreu e sendo chamada de Imperatriz. </div>
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<br /></div>
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O Império de Minerva é o universo criado por Murakami e é incrivelmente bem detalhado e construído em sua narrativa. Yuka descobre ser, na verdade, alguém muito importante neste local e todos se voltam para lhe proteger, pois ela sucederá no reino do país. Quem a salvou é um de seus Proctetore, destinados a proteger a vida da Imperatriz, treinados para isso. Os Guardiões Elementares da Magia Transcendental compõem os que comandam os clãs no Império de Minerva. Há todo um sistema de organização neste país e Yuka precisa aprender, rapidamente, sobre tudo isso, além de treinar para sua defesa, pois os ataques para retirar sua vida são constantes desde o primeiro episódio em que foi salva.</div>
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Yuka é, além de tímida e desajeitada, muito meiga e ingênua. Há que se enfatizar que todos são encantados pela futura Imperatriz, menos uma de suas Proctetore, Bianca Cappuccino, a qual mantém segredos em relação às suas intenções com a sucessora dos Kamimura. Além dos mistérios envoltos nas trajetórias de alguns personagens principais da trama, temos também muitas cenas bem humoradas e gostosas de ler, enquanto vamos descobrindo, juntamente a Yuka, quase tudo o que envolve o país de Minerva e sua história.</div>
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O romance, no entanto, não deixa a desejar em cenas de ação, nos combates contra os espectros, seres perigosos que surgem misteriosamente, em grande quantidade, atacando Yuka e os Guardiões. Eles são especiais, a magia, neste país, existe, e possui toda uma explicação ancestral para ela. O Império ainda abriga várias nacionalidades, o que evidencia uma diversidade nos costumes e hábitos dos personagens; tal fato é evidenciado não somente com a protagonista Yuka, de claras influências japonesas (até no trato com os seus amigos), mas igualmente nos diálogos entre os Guardiões.<br />
<br />
A heroína jovem e meiga aprende muito rapidamente que precisa amadurecer em seu posicionamento e sentimentos enquanto Imperatriz. Será por sua própria sobrevivência. Neste primeiro livro já vemos o início desse processo, e o final proporciona aquela vontade de 'quero mais'. A continuação não tem previsão, mas creio eu que os leitores estão mais do que ansiosos para saber as próximas aventuras de Yuka, Bianca e demais personagens da trama.</div>
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Por fim, Giuliana Murakami não deixa nada a desejar neste primeiro livro sobre Yuka e sua jornada heroica como imperatriz de Minerva. A edição é da Empíreo, possui algumas 'gralhas' na revisão e diagramação, além da fonte, que poderia ter sido maiorzinha, mesmo aumentando o número de páginas na edição impressa. Fora isso, o livro de Murakami é perfeito para os amantes de fantasia, jovens e adultos, além dos que desejam se aventurar neste gênero. Aguardo ansiosa pela continuação!</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-9280103185881999472020-08-16T12:58:00.000-03:002020-08-16T14:14:35.661-03:00Entrevista com a autora: Bruna Guerreiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEislw4TGE7A0jKJTbCuQmjYtN5Iv6N8MlcUN94Lsj6cklvTzQoG0U1cmDGXBuafQV3dXE42hQqyEtvgGfcOQ-RmYi8Bpp1A_9s-uJuEbRDe_iacWQE5Y9NmJxgZRPcuA5WsNr871F9NrXE/s640/BANNER.png" width="640" /></div>
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Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a mais nova parceira do blog! A autora Bruna Guerreiro, a qual possui alguns títulos já publicados, entre romances e contos. Esta parceria já foi 'inaugurada' pelas primeiras impressões que realizei do seu mais novo lançamento, <i>Milênio</i>, uma história de amor proibido e de reencontro com o passado. Confiram esse post no <a href="https://www.instagram.com/blogmeuoutrolado/" target="_blank">perfil no Instagram do blog</a>. Por aqui, iremos conhecer mais da autora, sua trajetória profissional e ainda conferir algumas dicas sobre escrita e publicação.</div>
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<b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira.</b></div>
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<b><br />
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Meu nome é Bruna Guerreiro, nasci em Belém, morei por mais de dez anos em São Paulo, onde me formei em História na USP. Já trabalhei como revisora de português e inglês até que concluí a formação superior em língua francesa, tradução e história da França e comecei a me dedicar mais ao francês. Hoje sou tradutora juramentada de francês. Além de escritora, claro!</div>
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Para mim, essa é sempre uma pergunta um pouco difícil de responder porque acho que tudo me inspira! Coisas que vi, li, vivi ou ouvi (de pessoas que conheço), é muito comum que algumas histórias comecem a surgir na minha mente a partir de uma música ou imagem ou algo que alguém me contou. Sonhos também me inspiram muito, tenho uma série de histórias baseadas em sonhos, eu chamo de "Oníricos" (minha primeira antologia leva esse nome), são histórias não relacionadas, têm apenas isso em comum. Hoje em dia eu tenho lido mais poesia e sinto o quanto isso tem se tornado fonte de inspiração para mim também.</div>
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<b>Quando iniciou tua paixão pela Literatura?</b></div>
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<b><br />
</b></div>
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Cedo, eu sempre li muito. Lembro de um livro infantil que nós tivemos em casa, do Malba Tahan, chamado "Paca Tatu", que era uma paixão pra mim, nunca esqueci! Na adolescência, eu li muito Ganymedes José e Pedro Bandeira, além de ter me apaixonado por Sherlock Holmes. Tínhamos assinatura do Círculo do Livro, morro de saudades. Ir a livrarias sempre foi meu passeio favorito.</div>
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<a name='more'></a><br /></div>
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<b>O que te motiva a escrever?</b></div>
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<b><br />
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Hoje em dia com certeza é algo que se retroalimenta. Eu considero que foi aos 20 anos que comecei realmente a escrever, quando morava em São Paulo. Antes disso, além de um pouco de poesia, eu tinha feito algumas tentativas de histórias que não vingaram, mas ali, com 20, eu tive uma ideia para um livro e aquilo nunca mais foi embora. Nunca mais consegui parar, especialmente depois que voltei para Belém e realmente fui moldando minha rotina de trabalho de forma que a escrita fizesse parte disso. Hoje tenho tantas histórias iniciadas que elas naturalmente "me chamam". Já se tornou parte da minha vida. </div>
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<b>Como ocorre teu processo de escrita?</b></div>
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<b><br />
</b></div>
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Ideias nunca faltam, né? O negócio é organizá-las, mesmo quando interrompem um livro que eu já esteja escrevendo. Eu demorei uns anos para aceitar que eu funcionaria dessa maneira, sabe? Com interrupções. Mas por fim aceitei porque de fato funciona. Quase sempre alguma ideia me interrompe no meio da escrita de um romance (até porque romance demora muito para escrever). Eu paro tudo e esboço a ideia, mesmo que leve uns dias, uma ou duas semanas, tirando da frente da cabeça aquelas ideias iniciais (ideias novas têm muita força e se impõem). Depois que esbocei aquilo, volto para o projeto principal. Eu tenho alguns macetes pra conseguir voltar pra vibe de cada livro, e montar as playlists é uma das coisas que mais me ajuda. Releio o livro (não precisa ser todo, é só até sentir que tô voltando para aquele clima), fico ouvindo as músicas e navegando pelas pastas de imagens. Para esquematizar de fato os romances, eu costumo usar caderno (me ajuda a pensar o enredo) e também um arquivo separado, onde organizo personagens, cronologias, separo a história em pedaços. Eu trabalho muito me fazendo perguntas e respostas: "O que eu quero dizer com este livro? Onde eu quero chegar? Ok, e agora de que forma quero chegar ali? O que eu quero que essa protagonista aprenda? O que ela precisa viver para aprender isto? Como fechar a ponte entre este evento e este evento?" E assim vou indo, parte a parte, capítulo a capítulo.</div>
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Eu sou muito produtiva, escrevo muito, e hoje em dia já percebi que isso se deve a esse método que aceita interrupções. Quando eu finalmente termino um romance que levou meses para ser escrito, já tem uma história me chamando, e ela já está iniciada, pois foi esboçada assim que a ideia surgiu. É mais fácil pegá-la daí, já "em movimento", digamos assim. Se for um romance longo, vai levar mais alguns meses para terminar, mas se essa ideia for uma novela, em algumas semanas posso já estar terminando. Parece de alguma forma organizado? Não é. Algumas histórias são interrompidas muitas vezes, eu abandono e retorno muito tempo depois. Para mim, o segredo é não me afligir, sabendo que abandonar uma história não significa que ela não será terminada, porque já sei que deu certo de outras vezes.</div>
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Um exemplo raríssimo de escrita que não foi interrompida nenhuma vez foi "Milênio". Escrevi entre janeiro e abril de 2019, sem parar!</div>
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<img border="0" data-original-height="588" data-original-width="822" height="457" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFfETrppOtw4PIigl7Vv3JC0uN9zIkqdCcEEnU8MXSR2q9B0tmeJdC4cKDbvCzyrXh4IfydWej6rgqbQgcfDN5f0wEa_HaKMb0voiZyQe9O5wDvAdYsv-b4zMJyy8XM-fcac0b3QbCNg0/s640/livros+bruna.png" width="640" /></div>
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Alguns dos títulos em destaque no site da Bruna: <a href="https://www.brunaguerreiro.com.br/" target="_blank">https://www.brunaguerreiro.com.br/</a></div>
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<b>Como foi que ocorreu a trajetória de publicação? </b></div>
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<b><br />
</b></div>
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Bem, quando eu comecei a escrever pra valer, não existia wattpad nem publicação de ebook independente pela Amazon. Eu não tinha essa experiência de que hoje é comum de ter opiniões sobre sua escrita, inclusive de pessoas desconhecidas. Quando publiquei, já foi um ebook todo prontinho. Pessoalmente eu gosto de não ter passado por isso, talvez eu me sentisse suscetível demais à opinião de todo mundo. Esse é um equilíbrio difícil de achar, sim, mas eu não penso no público enquanto escrevo, não penso em agradar senão a mim mesma. Só vou pensar nos leitores depois.</div>
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Quando eu conheci o KDP (plataforma de autopublicação da Amazon), achei que seria a forma ideal de publicar meus livros. Comecei com uma antologia, meio que como um teste mesmo, para conhecer a plataforma. "Oníricos" saiu em 2013. Em 2014 eu publiquei "Catarina" e a partir dali fui publicando suas continuações. Em 2017 entrei no time da Editora WI, primeiro com dois livros únicos, "O Sangue" e "No Parque da Cidade", e depois toda a pentalogia Teenage Dream foi pra lá! Eu realmente gosto muito de publicar de forma independente, mas o acordo que tenho com essa editora me serviu muito bem. Mesmo assim, mantenho muitos títulos fora da editora, de forma independente. Gosto de gerir diretamente a comercialização das minhas histórias.</div>
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<br /></div>
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<b>O que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro/paraense atual? É difícil ser autora/escritora no Pará?</b></div>
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<b><br />
</b></div>
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Pois é... A primeira coisa que eu penso é que eu mesma ainda tenho muito a aprender, até porque é um mercado que claramente tá num ponto de virada. Na verdade eu acho que isso é bom, mudanças vinham acontecendo e acho que nem todo mundo vinha percebendo. Se você perguntar, muitos autores hoje vão relatar que preferem ser independentes. O mercado das editoras grandes por vezes fica saturado de autores internacionais ou auto-ajuda ou a publicação de livros nacionais escritos por pessoas que já são conhecidas de alguma outra área (tipo atriz que virou escritora, e, veja, eu não estou dizendo que ela seja ruim, só estou dizendo que é muito mais fácil ela conseguir uma publicação grande do que eu ou você). Os contratos para os escritores menos conhecidos acabam sendo piores, tem algumas propostas francamente desonestas, e aí muita gente tem optado pela carreira independente, usando a internet para procurar nosso público diretamente. Mas, como eu disse, tenho muito o que aprender, observando outros autores. Se é difícil? Bom, eu tenho certeza de que não é fácil, mas acho que se torna menos difícil conforme a gente vai readaptando sonhos, sabe? Separando o que é ilusão daquilo que é objetivo. E quanto ao Pará, eu acho que é meio difícil ser escritora de romance no Pará, porque eu fico muitas vezes perdida nessa cena literária paraense, tem pouca gente fazendo uma literatura semelhante à minha aqui. Fora isso, eu gosto bastante, tenho feito bons contatos e amizades incríveis por aqui. A cena literária é muito fértil no nosso estado.<br />
<br /></div>
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<b>Quais as suas paixões além da Literatura?</b><br />
<b><br /></b></div>
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Música, poesia, viajar, aprender idiomas (sinto saudade de ensinar francês!), estudar filosofia e história.</div>
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<b>Tem dicas para uma boa escrita e para pessoas que pretendem escrever seu próprio livro?</b></div>
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<b><br />
</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Nada é tão importante quanto ler muito. Leia de forma diversificada, leia bem, leia com calma, leia quem escreve melhor do que você. Goste das palavras, não seja apressado/a com elas. Ao escrever, tenha senso crítico com você mesmo, MAS não deixe que isso te pare! Na verdade não é muito difícil achar esse equilíbrio desde que você entenda que o segredo é manter a prática. Ninguém nasce pronto, né? Portanto, olhe para o seu trabalho como algo que tem potencial pra melhorar. Escritores têm uma certa tendência a ter o ego inflado e acharem que sua escrita e sua ideia é a melhor do mundo. Acreditar em si é essencial, sem dúvida! Mas o truque é quando você percebe que escrever bem é um processo, sempre. Escrever um livro depois de anos de carreira e uma leitora assídua te dizer que é muito melhor do que aquele seu primeiro romance, isso não tem preço (apesar de ela ter dito isso timidamente). Evoluir é maravilhoso! Organize suas ideias, preste atenção em como você funciona, as regras dos outros podem não funcionar pra você, mas alguma disciplina será necessária. Descubra a sua, uma que respeite a sua forma de criar!</div>
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<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
Eu, sinceramente, estou encantada com a trajetória da Bruna e suas impressões aqui escritas. <i>Milênio</i> é incrível (ansiosa pra terminar a leitura) e estou bem animada para as outras leituras. Siga a autora e acompanhe seu trabalho em suas redes:<br />
<a href="https://www.brunaguerreiro.com.br/" target="_blank">Site</a> - <a href="https://www.instagram.com/brunaguerreiroautora/" target="_blank">Instagram</a> - <a href="https://www.facebook.com/BrunaGuerreiroEscritora" target="_blank">Fanpage</a> - <a href="https://linktr.ee/brunaguerreiroautora" target="_blank">Linktr.ee</a></blockquote>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-49257101204880338722020-08-10T08:00:00.000-03:002021-01-05T09:02:33.724-03:00Resenha - se deus me chamar não vou<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPa3mvGQMBE0akSkLra15mSePLAm562CNMghx-F1IliglIdzxrKK-23d07adSLEkXdjNlTvQwQIaHpbThkeHEzHOiWYBPskyeG835K16r26fQ4NQz_gPDuMMcbd0QWOxGOx-ZLcjPK3is/s1600/813rC8SQOOL.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1097" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPa3mvGQMBE0akSkLra15mSePLAm562CNMghx-F1IliglIdzxrKK-23d07adSLEkXdjNlTvQwQIaHpbThkeHEzHOiWYBPskyeG835K16r26fQ4NQz_gPDuMMcbd0QWOxGOx-ZLcjPK3is/s200/813rC8SQOOL.png" width="136" /></a><b>Título: </b>se deus me chamar não vou</div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Autora:</b> Mariana Salomão Carrara</div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Editora:</b> Nós</div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>Onde comprar: </b><a href="https://www.amazon.com.br/dp/B082WCTL1G/ref=dp-kindle-redirect?_encoding=UTF8&btkr=1" target="_blank">Amazon</a> - <a href="https://m.travessa.com.br/produto.aspx?codartigo=8637ec52-72ba-4d39-a814-3c6b8b029344" target="_blank">Travessa</a></b></div>
<b>
</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: bold;">Sinopse:</b> Quem vai te contar essa história é uma criança de 11 anos. O olhar fresco e bem humorado de quem ainda vê a vida como mistério está aqui, mas vá por mim: não subestime a solidão de Maria Carmem.</div>
<div style="text-align: justify;">
A aprendiz de escritora, enfrentando as angústias da “pior idade do universo”, irá te provar que é possível, sim, que uma menina seja mais solitária do que um velho. Ao menos uma menina que, como ela, cresce e cria suas perguntas entre os objetos de uma “loja de velhos”. Ali elas já nascem antigas, frescas e pesadas, doce feito da mais dura poesia. Maria Carmem nasceu no fim. Sendo assim, do que interessa a idade? Como ela mesma diz, “é possível que um lápis pareça estar novo, mas todo quebrado por dentro”.</div>
<div style="text-align: justify;">
É assim, toda quebrada por dentro, que ela desconstrói o mundo diante de si, o mundo adulto que cria regras e não as obedece, o mundo escolar, tudo: “na aula de matemática o problema dizia que um menino e uma menina precisavam calcular quantas laranjas levar ao parque se os convidados meninos comiam tantas e as meninas só mais tantas cada uma. E eu escrevi que não era pra levar nenhuma, que tudo é mentira, ninguém vai junto a parque nenhum nessa vida”. É também assim que ela junta e faz pergunta e faz poesia com tudo o que se ergue e desmorona, os pais, deus, o amor, o corpo, a morte, o difícil que é entender o amor dos outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando crescer, Maria Carmem vai ser escritora. Mas Maria Carmem já cresceu e já é. Esse livro é uma generosidade de sua poesia. Uma oportunidade de a gente crescer com ela.</div>
</blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Este livro ganhei de presente e confesso que desconhecia completamente a Mariana Salomão Carrara, autora premiada e publicada pela editora Nós, que está fazendo um trabalho lindo com a literatura brasileira e estrangeira no país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>se deus me chamar não vou </b>é uma narrativa contada por uma menina de 11 anos, Maria Carmem, em primeira pessoa, sobre sua rotina com a família, os dois pais, na escola e em outros locais que frequenta. É uma guria sem grandes acontecimentos a serem narrados, ou superpoderes para esbanjar, mas que tem algo a contar. Maria Carmem é extremamente inteligente e sensível, e sua escrita não deixa rastros sobre outra pessoa escrevendo por ela. É realmente uma menina de 11 anos relatando em seu caderno/diário sobre como foi seu dia, o que pensa e o que sente nas diferentes situações que ocorre em sua rotina. Aspirante a escritora, Maria Carmem quer um dia ser premiada e reconhecida por seu trabalho, proporcionando orgulho aos seus pais, a quem mais deseja impressionar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seus pais possuem uma loja de artigos para idosos, herdada de seus avós, que faleceram recentemente na narrativa, porém, estão em uma condição de quase falência. Maria, ao ver na televisão um especialista na gerência de lojas do tipo, escreve para essa pessoa em busca de ajuda e ele vai até ela. Assim iniciam-se os acontecimentos principais desta trama. Os pais, com a loja indo bem, parecem mais divertidos, mais apaixonados e mais esquecidos também da presença da filha. Maria se sente sozinha, acha que não haverá companhia pra si no futuro e tem inveja da mãe pela sua destreza e beleza. Há motivações mais sérias e profundas para esse comportamento de Maria. Ao longo da trama, iremos descobrir também que o novo rapaz incluído na família não é meramente alguém que sempre os ajudam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Maria ainda faz amizades com a vizinha e a amiga dela, mas, aparentemente, todas as suas relações tem uma particularidade interessante pela visão da criança. Ela traz seus pareceres sobre as pessoas com as quais convive a partir do que pensa sobre si, do que projeta nos outros e do que gostaria de ser/ter. É uma narrativa de reflexão sobre si mesmo, perspectivas sobre o mundo e sobre as pessoas, questionamentos sobre quem somos e para onde vamos, ou do que são feitas as coisas. Ou seja, um enredo imperdível de apreciar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não gostaria de expor mais sobre a trama, acredito que o diário de Maria Carmem deva ser lido e bem apreciado em suas minúcias e personagens existentes nele. A trama, em si, carrega um quê de melancolia e sensibilidade por meio da voz de uma criança inteligente e sonhadora, com cenas bem-humoradas, justamente pela inocência do eu-lírico, de maneira genuinamente muito bem feita, muito bem escrita. Mariana Salomão com certeza é uma autora que pretendo ler mais, sua escrita é deliciosamente fluida e envolvente. Ler a história de Maria Carmem foi doce e divertido. A edição da Nós está impecável.</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-26056858827647900712020-08-04T07:54:00.000-03:002021-01-05T09:02:33.724-03:00A arte de Carolina Melo<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1346" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3aeY04EK4CHP8TJ_Yj9OhKwa4vPq74bpQNOfAyIq-2KIHtH5N3Yf0Uv6axb2DrUb7iCUezap9vuNP3zHxMr6Q8h70XSPFNzepjDbLSH0Zbl0LGmK_A2loQ-fsYsv5qJxnnrfyfbDl7pU/s640/IMG_20200730_224602.jpg" width="513" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Hoje vamos conhecer o trabalho lindo e super significativo da Carolina Melo, responsável pela ilustração nova do blog, e irmã da <a href="https://monautrecote.blogspot.com/2020/06/a-arte-de-bia-blare.html" target="_blank">Bia Blare</a>, lembram dela? Uma família de artistas mulheres que eu tive o privilégio de conhecer um pouco mais este ano.</div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Meu nome é Maria Carolina, tenho 26 anos, sou estudante de Letras-Língua Francesa, mãe e artista. Nunca sei falar de mim, tenho um pouco de dificuldade em achar palavras ou pensar na forma escrita sobre mim mesma, acho que por isso, pintar é essencial quando me faltam verbos. Tenho grande interesse em literatura, sendo ela uma fonte de inspiração. Minhas principais linhas de trabalho são a relação do corpo (pincipalmente o feminino) com elementos oníricos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1192" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgraKTsvevYpmbE5mruvOFobasXQivY1i5MF4UHqTh68L_g2Nxj_hHADg55MRHMNdFcZjv7l98mhycs0sBhokdJS3PLBIOQgitZ6crenaSMNEn-0d9bFilTCndfzYcA2ESh3x2BJI1VUQU/s640/IMG_20200801_155142.jpg" width="579" /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como você descreve sua arte?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito intuitiva e espontânea. Já houve vezes em que não produzi nada por muito tempo. Gosto muito de ruminar ideias, fazer cada coisa em determinado espaço de tempo. Creio que isso reflete muito em como vejo minha arte, em eterno mergulhar e subir a superfície, para mergulhar novamente. A maneira como conduzo essa prática, muito se relaciona com tempo e autoconhecimento, as vezes sei que não estou preparada para produzir determinado elemento, então paro por horas, as vezes dias, até poder sentir que o território está seguro para pisar novamente. Minha arte sou eu, cada hesitação, cada obsessão por um tema, ou uma cor, cada pequeno detalhe de narrativa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1355" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxZE95oyZU055-C0qLTiGNp5tlOciWf3BG3SccA9221RbA71R69JM0gJHuz7ba7wnOLh9765Lf_y0oWklt-C1OpMR19-9_KiqOvFlrvotcxVj68BkgAcGkggQuoMzhmqgWMyPlTzELKfQ/s640/IMG_20200730_224632.jpg" width="510" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quais técnicas você utiliza? (pintura a óleo, colagem, etc)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Normalmente uso técnicas mistas, em especial a tinta acrílica e o nanquim, além de vez ou outra utilizar giz pastel oleoso. Minhas experiências com tinta a óleo são bem frustrantes, por conta de problemas respiratórios que tenho desde criança (o cheiro é muito forte, não me faz bem). Me ressinto bastante de não poder usar tinta a óleo, mas quem sabe um dia.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1359" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimPCMBaSk90Yhem4CFeYsQ4mRPx7KMSbBzhu7ZGB9DRzMTOrha7rV2jLA9T5gNPVxx0zFUvQqI6DahwkHv60tKRo8NL0UnQIUhWTOgnSMU2VaJu63tFfXwDXrr2AhlrAxgSgfJVIOgfW4/s640/IMG_20200801_155617.jpg" width="508" /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quais inspirações/influências você possui?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa pergunta dá pano para manga, rs. São muitas as minhas inspirações, mas acho que enfatizo o território onírico como uma das principais fontes de jorro artístico. Gosto bastante de explorar essa fronteira do sonho, de imagens que não sei bem de onde vem, que se juntam com memórias de coisas que não fazia ideia que meu cérebro armazenava. Minha infância me inspira, e cada esqueleto da minha existência de alguma forma reverbera na minha arte. Me sinto abençoada por cada imagem guardada, como por exemplo, a de minha tia-avó separando comida para suas galinhas, cada cor que visito infinitas vezes na minha memória, compõe minhas inspirações (o quadro “ Ausência” bebeu muito dessa fonte). Cada planta, cada reboco de parede, cadeira velha, não são só inspirações, sou eu. A maternidade também me é algo marcante, pois me fez tatear às cegas uma outra relação com o corpo, logo, a forma representativa do mesmo. A maternidade, também sou eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando comecei a desenhar, foi impossível não me basear na forma canônica do pintor, normalmente europeu, que parecia ter surgido pronto em sua genialidade. Era a que mais predominava. Foi assim até um certo ponto. Eu nunca seria artista nessa forma, e uma busca de formas mais parecidas com o que eu era, soou uma boa solução para o problema. Nesse sentido, procurei pintores cada vez mais próximos a mim. Pintoras como as mexicanas Frida Khalo, Maria Izquierdo, Aurora Reyes, além de Diego Rivera (pois considero sua arte extremamente política e importante), as brasileiras Maria Auxiliadora da Silva, Rosina Becker do Valle, Beatriz Melo (que quis o destino me dar como irmã) e Marcelle Nascimento (essas duas últimas, Paraenses), as guatemaltecas Rina Lazo e Angelina Quic Ixtamer, o haitiano Frantz Zephirin, a moçambiquenha Cassi Namoda, etc. Existem outras influências, mas é quase impossível citar todas, então dei preferência ao que atualmente tem me atravessado, e ao que se tem feito/ foi feito no território latino americano. A arte feita na LatinoAmérica tem uma força gigante, nutritiva, mágica. Não só referencias vindas das artes plásticas, mas também me nutro da arte literária, que habita meu trabalho, e a taromancia (que gosto, mas não sei jogar).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJf-gyfw_h4pqHd9iyj5gDxcRKeAoePfMWgxCDbkQY3bWR-HEYLmuLU5_KPjF0VUo1gkgq6RGcOTPdAtUkXXZaVvLxywH_616ztYdW7oO_8KuQ4BRECHsaSIQZZ9aJDS0xw2-YQaamazE/s640/IMG_20200719_180816.jpg" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como você se descreve, enquanto artista, mulher, mãe? </b><br />
Acho que essa visão de me sentir artista é muito recente, nasceu junto do meu filho, arrisco dizer. Sempre gostei de desenhar/pintar, mas nunca parei para avaliar isso como uma parte real de mim mesma. Sinto que cada dia arranco um véu novo de minha face, sobre me entender enquanto artista, enquanto mulher – conceito que me gera mais perguntas, do que respostas, levando em conta toda uma cadeia de opressões e falsos sentidos atribuídos – e enquanto mãe. Então, essa resposta fechada acaba ficando em suspenso, ou apenas resumida em “ainda estou aprendendo a nadar nesses rios”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1340" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiId7wsOcctFNy_GthfSBSWRuSkqARvxNk-phqarAlJNWFHDYrMCkBEVQViho58tEe_0PCNSz8z9DJctcYuRd44ia6fcD3HPTuPaS7QYAHNh4XcFoxMn0XYrwuNJB6xIX8VrnjwETm2B-I/s640/IMG_20200801_160321.jpg" width="515" /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Recomenda algum (a) artista atual que te inspira?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Regionalmente, posso citar Beatriz Melo, Marcelle Nascimento, Beatriz Paiva, que são três mulheres que tenho muita admiração pelo trabalho artístico; Cassi Namoda, que citei anteriormente; Singh Bean, que acompanho há algum tempo o trabalho com colagens, via instagram; Rithika Pandey (artista indiana, creio eu), que também acompanho via instagram.; Dalton Paulo, que tem um trabalho maravilhoso, entre eles, a capa do livro “Lima Barreto triste visionário”. Além disso, o perfil @descolonizarte_ , que me fez ter contato com vários outros artistas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Além da pintura/colagem, o que gostas de fazer?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Ler. Ler muito sempre foi algo presente na minha vida, as vezes quase uma obsessão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
Confere os trabalhos da Carol no Instagram <a href="https://www.instagram.com/carolina.atraves.do.espelho/">@carolina.atraves.do.espelho</a></blockquote>
</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-31865054485143727932020-07-27T09:38:00.000-03:002020-07-27T09:38:27.974-03:00Resenha - Deus com a língua nos dentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfvV42E0Bwz_FyZWN7lH_l2HYI9A9ltABBNA_-KkSUaRdpZrsulE7njgHiRQw5dya7tMXAxatrfiiH8fGHNfqopSbb5IISGtom_JkF-fPzCNE_S9KgJhlWSwdPiKfxt93-nOM_rUel1iQ/s1600/d55396_87b6213757154c32b2166624ef5bd05c_mv2_d_1312_1856_s_2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="297" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfvV42E0Bwz_FyZWN7lH_l2HYI9A9ltABBNA_-KkSUaRdpZrsulE7njgHiRQw5dya7tMXAxatrfiiH8fGHNfqopSbb5IISGtom_JkF-fPzCNE_S9KgJhlWSwdPiKfxt93-nOM_rUel1iQ/s200/d55396_87b6213757154c32b2166624ef5bd05c_mv2_d_1312_1856_s_2.png" width="141" /></a></div>
<blockquote class="tr_bq">
<b>Título:</b> Deus com a língua nos dentes<br />
<b>Autor: </b>Raimundo Vieira<br />
<b>Editora: </b>Paka-Tatu<br />
<b>Onde comprar:</b> Livraria Paka-Tatu</blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ler poemas não é algo costumeiro em minha rotina literária, venho mudando isso aos poucos, até mesmo como uma forma de preparação para possíveis aulas sobre o tema, além de ser um alento esse tipo de leitura, que fala tanto sobre tantas coisas, às vezes em poucas palavras. Descobrir "novas poesias" está sendo leve e muito prazeroso. Em um projeto de iniciar essas leituras e conhecer também autores da minha região, do estado do Pará, tive o prazer de realizar a leitura desse livro, de um professor em que já trabalhei no mesmo colégio, e que possui uma produção incrível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Deus com a língua nos dentes</i> trata sobre diversos temas, entre críticas sociais, homenagens ao filho, e menções ao rock e outros gostos pessoais, porém, o que mais chama atenção são as referências da área de Letras: entre paródias literárias e alfinetadas linguísticas, a obra de Raimundo Vieira é divertida, mas principalmente questionadora de um <i>status quo</i> acadêmico.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Ora, signo linguístico...<br />
Promova o armistício.<br />
Substantive a ação.<br />
Catacrese a vida.<br />
Significante patético.<br />
Verbalize logo o poético.<br />
<i>Raimundo Vieira</i></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A ironia e o sarcasmo sobre diferentes assuntos é o ponto-chave atraente da obra. Não há 'papas na língua', mas também não há críticas descaradas. Há, sim, uma linguagem subversiva e poética, voltada para apontamentos mais do que necessários relativos a diferentes questões sociais, pessoais e profissionais.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
No cubículo do elevador.<br />
No quadrado do quarto.<br />
No ônibus retangular.<br />
Na igreja piramidal.<br />
No círculo universal.<br />
O enquadramento circunscrito da liberdade...<br />
<i>Raimundo Vieira</i></blockquote>
<br />
As referências literárias, não somente no fazer poético do próprio autor, mas explicitamente marcados nele, é outra grata surpresa na obra. Encontrar essas referências, por meio da sua escrita, é se deparar com leituras e memórias literárias já lidas, pertencentes à nossa formação (enquanto profissionais de Letras, e enquanto amantes da Literatura.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<b>Ser literário</b>Desviar da pedra do caminho.<br />
Pular a terceira margem do rio.<br />
Preservar o olhar oblíquo e dissimulado.<br />
Morder a maçã no escuro.<br />
Deixar flores no cemitério dos vivos.<br />
Não calar o Boca do Inferno.<br />
Expelir o concretismo.<br />
Transfusão e mimetismo.<br />
Transição e transformismo.<br />
Literário e libertário.<br />
<i>Raimundo Vieira</i></blockquote>
<br />
No mais, a edição da editora Paka-Tatu está perfeita, a capa transmite um pouco sobre o que se trata o livro, e sou grata por tê-lo em minha estante. É um livro para ser lido sempre que possível, em dias difíceis ou amenos, por meio dessa poesia em que me encontrei tanto.</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-26283156789757004442020-07-20T12:49:00.000-03:002020-07-20T12:49:13.460-03:00Resenha - Antologia: Sonhos Literários<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-GggQ4kYnv8n3jBzYiknW5MrDXs7YgwUFfUDsXosfROSv3o61r_YVAly_3bxDwW5JPoPQLbUfYNh22XK8lWQhp8Xt_sj-Op6B32Xu-h6k17GVtSJlx_Lbm6M829PV6fmr4n7vRuvHB6g/s1600/ANTOLOGIA_SONHOS_LITERARIOS_1546361070841190SK1546361070B.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-GggQ4kYnv8n3jBzYiknW5MrDXs7YgwUFfUDsXosfROSv3o61r_YVAly_3bxDwW5JPoPQLbUfYNh22XK8lWQhp8Xt_sj-Op6B32Xu-h6k17GVtSJlx_Lbm6M829PV6fmr4n7vRuvHB6g/s200/ANTOLOGIA_SONHOS_LITERARIOS_1546361070841190SK1546361070B.jpg" width="121" /></a><b>Título: </b>Antologia - Sonhos Literários</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Autor | Org.: </b>Brenda Rodrigues</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora:</b> Selo Editorial Independente</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sinopse:</b> "Sonhos Literários" reúne um conjunto de textos compostos por escritores de vários lugares do Brasil. Dentre esses escritores você encontrará iniciantes e também veteranos do ramo literário, que através de suas expressões nos mostram um pouco mais sobre si mesmos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Cada página está representada por uma pessoa, de algum estado, cidade e idade, e isso te fará enxergar com outra perspectiva sobre diversos temas.</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este foi um dos primeiros livros a qual publiquei algum texto meu. A antologia <i>Sonhos Literários</i> foi organizado por Brenda Rodrigues, autora paulista, integrante do <a href="https://www.instagram.com/editorialindependentebr/" target="_blank">Selo Editorial Independente</a>, destinado à publicação de autores nacionais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Particularmente, nunca confiei muito em minha escrita, mas em 2018, com tempo livre e várias ideias na cabeça, decidi arriscar em editais de publicação, de editoras menores, mas que fizessem um bom trabalho. O texto inserido nesta coletânea é o 'A certain romance', um pequeno conto de enredo romântico, adaptado de um conto disponível também aqui no blog, <a href="https://monautrecote.blogspot.com/search?q=a+certain+romance" target="_blank">confere aqui.</a> O conto foi inspirado em canções de uma das minhas bandas favoritas, <a href="http://youtube.com/watch?v=CUGzWETn1HQ" target="_blank">Arctic Monkeys</a>, mas não éfoi inspiração necessariamente da música de mesmo título.</div>
<div style="text-align: justify;">
O livro possui diferentes gêneros, de poemas a contos, crônicas e relatos, e de autores das diversas localidades do país. As temáticas também variam: entre romance, questões existenciais, memórias, sonhos e até sobre a própria escrita literária. É interessante perceber as diferentes visões e criações que perpassam os escritores, de maneira tão distinta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Particularmente, os poemas me encantaram muito. Alguns tratando do cotidiano, outros de amores passados, e outros sobre a vida, a existência, o ser:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
Luz, câmera e ação<br />
A vida é agora<br />
E é o presente<br />
Abra os olhos, agradeça e desate o nó<br />
Pois, quando olhar para trás<br />
Tudo o que viu já não existe mais<br />
O tempo já o transformou em pó.<br />
<i>Luz, Câmera & Ação</i>; <i>Edson Alves</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Porém, outra produção me chamou atenção, o de Camila Muniz, a qual escreveu minicontos(?) imitando os 140 caracteres de um tweet:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<b>Ironia do escritor</b><br />
É achar que com apenas 140 caracteres se pode fazer poema de humor. Terror. Dor. Ou até amor.<br />
[...]<br />
<b>Vida Dupla</b><br />
O lápis preto tinha uma ponta de borracha. De um lado escrevia a vida. Do outro apagava a história.<br />
<i>Camila Muniz</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
A diagramação possui suas particularidades, há uma moldura nos lados das páginas e uma ilustração em todo início de texto. No entanto, a revisão deixou a desejar um pouco. Acredito que, incluo o meu texto nisso (risos nervosos), que a escrita de alguns textos poderia fluir melhor caso alguns desvios fossem corrigidos. Contudo, trata-se de uma das primeiras produções do selo, e acredito que os autores participantes também estavam no começo de suas produções, logo, erros são comuns. Hoje entendo que valorizar a escrita autoral, nacional e independente é mais do que necessária e dar voz a autores/autoras de diferentes regiões do país é também nosso dever enquanto leitores, acadêmicos ou entusiastas na Literatura. Tem espaço para todos e a expressão artística e literária não deve ser relegada apenas a alguns grupos específicos.<br />
<blockquote>
Engajei em uma sequência de leitura de livros onde há publicação de textos meus. Este foi o primeiro. Em 2018 publiquei em duas coletâneas. Em 2020 está saindo mais dois. Talvez eu tenha uma ordem específica de publicação? Não sei haha'<br />
<div style="text-align: center;">
Aguardem as próximas resenhas.</div>
</blockquote>
</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-39881430542659569732020-07-13T08:00:00.000-03:002021-01-04T11:35:35.597-03:005 canais para estudar com o YouTube<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="730" data-original-width="1600" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUCVMnkygZ7C6bQMcwsBlmLhstUvdHXMU8p1RvrkmdLkIdgrSJp_3CO72z4mFmTmobsGcVRiMWUp1SM8VnxUPeh_98uyjclZZ2oAS3GM3KtPMg4bRFJkxmEhvf7Hy2ASLzO6NorpA4r_8/s640/banner.png" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Continuando na <i>vibe</i> de posts sobre estudos (o tema já se tornou uma <a href="https://monautrecote.blogspot.com/search/label/Estudos" target="_blank">categoria</a> aqui no blog), dessa vez, vou listar alguns canais em que eu também gosto muito de assistir, pois são vídeos rápidos e acessíveis pra passar o tempo ou mesmo pra conhecer sobre novos assuntos pela internet, agora no YouTube. Neste post em específico trago uma lista de canais que tratam sobre curiosidades e informações pertinentes, em algumas áreas do saber. Vamos lá?!</div>
<br />
<b><a href="https://www.youtube.com/channel/UCZdJE8KpuFm6NRafHTEIC-g" target="_blank">Tempero Drag</a></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="396" data-original-width="1246" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9rjmVf7iX4GowKwf_qS4qUPq1Nx0N1VugTURQD6XlTUv0T3UYh6haWo80UiJYwSk0mzhHAa_v4nNcWAuK7M1lbPVEKhEYqMrrprQizGJAz09Noi3E9fKUtqNZ6LcgLp_CdjIxxTQb_28/s640/temperodrag.png" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O canal da Rita von Hunty é mais do que maravilhoso. A Rita, além de ter um conhecimento vasto e muito bem embasado sobre História, Filosofia, Cultura, Política, entre outros saberes, tem uma linguagem super acessível e didática, além de darmos boas risadas com as tiradas que ela tem ao longo de suas falas. Um canal essencial em tempos de fascismo e <i>fake news.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.youtube.com/user/BBCBrasil" target="_blank">BBC News Brasil</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="396" data-original-width="1262" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisbhkSTDJ4zJZqXl76A-1HU55P2AZbMsnzTeNz-k8LMWN6l10HJvpSfCfRAI6fSVo8ZLsGIdr9fkAVn7WPo8siLGxNSvxTMZnzsyHWilnyAYOiflMTDEn-1kA0VYvZY5s0q0yCUgCm48c/s640/bbcnews.png" width="640" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
A BBC é uma grande rede jornalística, confiável, e muito comprometida com a veracidade dos fatos e das análises que traz em seus canais de comunicação. O canal BBC News possui vídeos curtos, mas de muita informação, sobre as atualidades do mundo e do Brasil. Além disso, a linguagem também é super acessível, e as novidades chegam fresquinhas ao telespectador.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.youtube.com/channel/UCGo3vjM2Ll3XujL-zYT5SMg/featured" target="_blank">Ponto em Comum</a></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="400" data-original-width="1246" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPVINaVdXJZCVCtjs7pOiZc7mjiv2i-YnbbJ1SiPQPJLb88ZE7pVLdiomgpILU2nuZtopKJ7131ih7bwJWuLJ7NX0oUuZWBdTxrE9MP9_q68m88Sty07yO79rHtChafT-_X1mxguFoc5c/s640/pontoemcomum.png" width="640" /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O canal Ponto em Comum, criado por Davi Calazans, trata sobre diferentes assuntos científicos, entre curiosidades mais gerais e assuntos mais específicos, divididos em grandes tópicos, como Humanidades, Vida e Evolução e Sustentabilidade. O canal é comprometido em expor informações embasadas cientificamente e divulga conhecimento de maneira acessível e bem humorada também.<br />
<br />
<a href="https://www.youtube.com/channel/UCp82xap4vLMay1_dvt2QpkQ/featured" target="_blank"><b>AD Junior</b></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="400" data-original-width="1234" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-BDT8xDBM6rMIZ-YSoSYZu8W0EmXZ8O8eJaRM2E5THVblWL2DvqQJO1lqnAeawocr1ZQR50Jwr-D0Pi-UapnzoX94LKyfwAWzn0_oXLuZYLGRiLIvtjJPYn8jrXdgaqZ1IMEcWQXwSsE/s640/adjunior.png" width="640" /></div>
<br />
Um canal informativo e muito bem organizado pelo AD Junior, no qual são retratados assuntos relativos à negritude, racismo estrutural e demais curiosidades sobre questões também relativas à comunidade LGBTQI+. Os vídeos são curtos e super acessíveis. Recomendo fortemente.<br />
<br />
<a href="https://www.youtube.com/user/CienciaTodoDia" target="_blank"><b>Ciência Todo Dia</b></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="396" data-original-width="1258" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic9UX67yoI_uzgNX5CgBsSyqcnaeeid66VvAwMuMxiXFioTj53I6Nt2U9CUO7ajUcNGYubYwSWflnmtIrABYw9hkdXepmsaozFFUjbE9FDNyw5OgTJS-qF4-h2kgrYY1nxZxFnTOmedqQ/s640/ci%25C3%25AAncia.png" width="640" /></div>
<br />
O canal Ciência Todo Dia, de Pedro Loos, trata especificamente sobre assuntos voltados para a área de Física, mas não é chato, eu garanto (para quem é de humanas, esse aviso é mais do que válido rs). Desde explicações sobre Espaço-Tempo à Física Quântica explicada (!), o canal aborda a ciência de maneira didática e pode ser muito proveitoso nos estudos durante o ensino médio/preparativos para vestibulares, ou mesmo para os curiosos da área.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
Gostou? Sabe de algum canal nesse estilo que gostaria de me recomendar? Escreve aqui nos comentários!</blockquote>
</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-73876987651697552832020-07-08T09:00:00.000-03:002020-07-09T01:26:08.723-03:00Resenha - Corolário da Alma<blockquote class="tr_bq">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj04RZ6dgHgcev4JLlENKxQDmf8qBy4iijVleCoLyD0suiDZklC84vMzkzIlYpfxxNHwtsDiC6uMd697L4UrCP3a76L8SgzWJtz1sIei2l2xCBG-VmZgiRhpYJT66YuhjzEdwm22uoDTv8/s1600/images.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="272" data-original-width="185" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj04RZ6dgHgcev4JLlENKxQDmf8qBy4iijVleCoLyD0suiDZklC84vMzkzIlYpfxxNHwtsDiC6uMd697L4UrCP3a76L8SgzWJtz1sIei2l2xCBG-VmZgiRhpYJT66YuhjzEdwm22uoDTv8/s200/images.png" width="136" /></a><b>Título:</b> Coletânea Corolário da Alma<br />
<b>Autor | Org.:</b> Vários autores<br />
<b>Editora:</b> Porto de Lenha<br />
<b>Sinopse:</b> Este livro reúne um pequeno centelho da vasta criação corrente de norte a sul do país. Você lerá trechos da contextura em prosa ou verso, dos sessenta e seis autores expressos nas páginas de Corolário da Alma.<br />
<b>Onde comprar:</b> <a href="https://www.portodelenha.com/index.php" target="_blank">Site Porto de Lenha</a></blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esta coletânea foi a primeira onde publiquei um texto meu. O pequeno conto se intitula "Aquela palavra com 4 letras", de teor romântico e também disponível aqui no blog: <a href="https://monautrecote.blogspot.com/2017/03/aquela-palavra-com-4-letras.html" target="_blank">confere aqui</a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A coletânea reúne diferentes gêneros: poemas, contos, crônicas, relatos e minicontos, de diferentes autores pertencentes a várias regiões do país. Novamente, me deparar com as produções de autores independentes e nacionais, desconhecidos, traz boas surpresas e descobertas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre as diferentes temáticas existentes neste livro; várias sobre o amor romântico, algumas sobre descobertas, decepções amorosas, outras sobre lembranças, família e até sobre seres sobrenaturais e contos de suspense (há um pequeno conto sobre vampiros), uma produção me chamou atenção, principalmente pela inspiração indicada no próprio texto, de Eneida de Moraes, escritora paraense (meu local de origem e moradia), do século XX.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
[...] Dulce tinha no vento seu companheiro. Ele trazia-lhe cheiros, sabores, alegria, companhia. Seu caminho parecia ficar mais fácil quando o vento a acompanhava. </div>
<div style="text-align: justify;">
E mais uma vez Dulce o vê. Chamava-lhe intimamente de camaleão. Aquele homem camuflava-se. Nada que pudesse ser percebido. Ela não sabia o que era: apenas não se sentia à vontade diante dele. Não sabia como, mas ele representava perigo. [...]</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O conto é de Helena Girard e trata sobre Dulce e Arantes, em um episódio de estupro. O tema é, no mínimo, degradante e incômodo de se ler, mas a escrita de Helena e como ela conduz a história, é muito bem feita. O elemento vento, introduzido na narrativa de forma quase que personificada, casa muito bem, do início ao fim na trama, ele se relaciona com Dulce e sua trajetória drástica. A indicação de Eneida ao final me fez curiosa em ler a obra, já que ainda não tive a oportunidade de conhecer o trabalho da autora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando a tratar sobre o livro no geral, nele foram inseridas ilustrações em todo início de texto, além de ilustrações ao final de alguns deles, relacionados aos temas abordados. A revisão deixou um pouco a desejar, acredito que um trabalho feito por alguém da editora e em conjunto aos autores poderia ter alavancado a qualidade dos textos, mas nada que interfira significativamente na leitura.</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-21139859098980037322020-07-01T21:35:00.000-03:002020-08-13T11:38:20.434-03:00Entrevista com a autora: Giuliana Murakami<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA5pO1HFAB6pEtNn_wq_gxklWkurwqoKHrESY1LN40gx5QnzbjUnjMnvRVPQ_EtM5cR87MLQrB3FYyD1hUquYHQ2QxEBU8DlFNBI2e9HbRXMyJlyW4dEfFTHxvz5GVmGEKIbnNTdHhUDU/s640/P%25C3%25AAssego+Flor+Arte+com+Papel_Colagem+Criativa+Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o+%25282%2529.png" width="640" /></div>
<br />
E o blog tem novidades! O Meu Outro Lado fechou parceria com a autora Giuliana Murakami, escritora muito simpática e talentosa a qual vou poder conhecer sua obra muito em breve. Para iniciarmos os trabalhos, que tal conhecer um pouco sobre ela? </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou paraense, nascida em Belém, neta de avós maternos japoneses (sansei) e pai português. Desde cedo recebi influência do folclore amazônico, do nipônico e adorava ouvir histórias do meu pai em Portugal. Foram essas tradições orais as minhas primeiras inspirações. </div>
<div style="text-align: justify;">
Aos poucos, fui desenvolvendo o hábito de leitura e, hoje em dia, sempre comento que minhas inspirações são “Harry Potter” (comecei a escrever, inclusive, por meio de fanfics da saga), independente de minhas opiniões pessoais ainda não totalmente formadas (por necessidade de estudo mesmo) sobre recentes condutas da criadora do universo; “Fronteiras do Universo”, fantasia escrita por Phillip Pullman; Haruki Murakami e seu realismo mágico; e como autores nacionais, Raphael Draccon ( “Dragões de Éter”), Eduardo Sphor (“A Batalha do Apocalipse”) e minha conterrânea, Roberta Spindler, fantasista de mão cheia por quem tenho grande admiração.</div>
<div style="text-align: justify;">
Gosto de dizer também que tudo ao meu redor me inspira. O que consumo, o que vejo, o que vivencio, minhas lembranças e sensações que perpassam meus sentidos ao longo da vida. Então, animes e desenhos animados entram na lista, os conflitos da rotina e também os introspectivos, meus estudos acadêmicos e de hobbie, a minha relação com as pessoas, a esquina da minha rua... Não que esses elementos estejam necessariamente presentes no que escrevo de forma latente, mas com certeza estarão implícitos em algum momento.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sou formada em Direito e trabalho como advogada atuando em causas envolvendo direito tributário, o que me tira um pouco da fantasia e me coloca em situações que envolvem mais números e lógica. Equilíbrio é tudo. XD</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quando iniciou tua paixão pela Literatura?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
A literatura como leitura iniciou cedo. Lia livros folclóricos aos quatro/cinco anos, comecei a consumir “Harry Potter”, “Crônicas de Nárnia” e “Alice no País das Maravilhas” talvez com uns oito anos, e vez ou outra fuçava a biblioteca da minha escola em busca de histórias novas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O que te motiva a escrever?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Principalmente as personagens. Elas surgem em momentos aleatórios e rugem para que suas histórias sejam contadas. É uma motivação interna, de querer narrar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje em dia, com obra publicada, eu posso dizer que uma outra motivação recorrente é levar aos meus leitores alguma mensagem que considero importante. Não que eu me prenda a levar mensagens em todos os meus textos, mas com certeza ouvir meus leitores é um prazer enorme.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sou fantasista primordialmente e quando criança escrevia para fugir da minha realidade; na adolescência, era como um acréscimo fantasioso aos meus próprios desejos de aventura; e atualmente, considero que escrever fantasia serve para expressar a realidade em vários prismas. É um escape fantasista, mas que discute a realidade nas entrelinhas de seu contexto imaginário. Isso também me motiva.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxjI8DnxxJYf47FVrHjq-uCPEfAnNjz-giLYaY7KCplXBjwMfnE24IWCpg1TDHVgTzWuIyHEFYsZ4X9m0FpCpaD3AbHJ8NYBWTYEBL_JARVH1wk364tI309zzvSaWB7NMWeejn39UtYvg/s1600/1650.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxjI8DnxxJYf47FVrHjq-uCPEfAnNjz-giLYaY7KCplXBjwMfnE24IWCpg1TDHVgTzWuIyHEFYsZ4X9m0FpCpaD3AbHJ8NYBWTYEBL_JARVH1wk364tI309zzvSaWB7NMWeejn39UtYvg/s400/1650.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i>Sob o Sino é seu mais novo conto, está disponível na <a href="https://amzn.to/3eOLSVn" target="_blank">Amazon</a></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como ocorre teu processo de escrita?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a ideia vem, seu núcleo principal costuma ser personagens e contextos específicos de conflito. A partir destes elementos, começo a criar o esboço da obra, confeccionando fichas das personagens com suas características psicológicas e físicas; estruturo o enredo (se for saga, normalmente já estruturo todos os livros que a compõe) e começo a escrever o primeiro rascunho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como ocorre a trajetória de publicação? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje em dia temos vários caminhos. Os que conheço e experimentei são a publicação física por meio da contratação de serviços editoriais, seja uma editora mesmo ou uma empresa que presta esses serviços e, também, a possibilidade de publicar por meio de premiações, que foi como ocorreu a publicação do meu primeiro livro, “Guardiões do Império – O Selo do Sétimo”, que venceu a terceira edição do Prêmio Fox-Empíreo de Literatura.</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra possibilidade acessível a vários autores é publicar em plataforma digital gratuita como Wattpad, por exemplo ou pela Amazon, na qual você deverá elaborar um ebook (livro digital) compatível com o site. Vários autores seguem por esse caminho hoje em dia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro/paraense atual? É difícil ser autora/escritora no Pará?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
O mercado tem sido favorável ao recebimento de autores nacionais nas editoras tradicionais. Atualmente, por conta das redes sociais, é impossível desvincular um autor do seu leitor, o que torna a proximidade entre eles um atrativo mercadológico.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Norte ainda sente resistência de alguns pontuais focos de mercado no sul e sudeste, onde há maior número de leitores. Ainda assim, estamos cada vez mais sendo lidos, não só por conta da facilidade em divulgar materiais pelas mídias como também pelo pioneirismo de alguns autores de nossa terra em editoras tradicionais. Posso dar o exemplo da própria Roberta Spindler, que é uma autora publicada pela Cia das Letras. Casos como esse servem de inspiração para todos nós, autores paraenses e também nortistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quais as suas paixões além da Literatura?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
A arte sempre me instiga. Gosto de teatro, principalmente o regional (fã de carteirinha do Teatro de Apartamento), de cinema (embora não me considere cinéfila), de música (sou muito eclética, ouço desde reggeaton a Bethoveen), de desenho animado e animes (a propósito talvez uma das minhas fontes de inspirações mais frequentes depois da literatura).</div>
<div style="text-align: justify;">
Gosto também de museus e amo estudar sobre culturas e mitologias de países diferentes (outra fonte de inspiração). Ouvir pessoas também é algo que gosto muito, principalmente os mais velhos, que têm ótimas histórias sobre suas vidas e imaginários.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, posso dizer que gosto de caminhar também. Às vezes para observar paisagens, pessoas e animais, às vezes só para ter algo mecânico a se fazer enquanto fico viajando nas minhas ideias. XD</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="A imagem pode conter: desenho" height="266" src="https://scontent.ffor1-3.fna.fbcdn.net/v/t31.0-0/p640x640/22179754_2017065268530680_4995709846499074149_o.jpg?_nc_cat=106&_nc_sid=dd9801&_nc_eui2=AeE_rxD2ROr0QIqDi-38pgI83cn-kZPGzxXdyf6Rk8bPFWCK5PrBTXkBtK7ulsD3L8Q&_nc_oc=AQnJKHRngX0stxKc5tssq1lihSRdLCL0RmYuC9_04oN7-kmkDONB_lR07b76xQhq3JU&_nc_ht=scontent.ffor1-3.fna&_nc_tp=6&oh=ca33fc6e185ab524749ff07d73c66151&oe=5F210AFF" width="400" /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Um das obras da Giuliana é <a href="https://giulianamurakami.com/obras/guardioes-do-imperio/" target="_blank">Guardiões do Império</a>, lançado pela Empíreo.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Tem dicas para uma boa escrita e para pessoas que pretendem escrever seu próprio livro?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Costumo dizer que não existe escrita perfeita. Todos temos um estilo, fruto de nossas vivências (ou escrevivências, termo muito bem colocado pela nossa escritora Conceição Evatisto), então não se cobre sobre ser bom ou ruim, seus leitores serão alcançados. </div>
<div style="text-align: justify;">
Isso não significa que devemos ser relapsos XD. Primeira dica que dou é: tenha calma. Sua história não fugirá, está coladinha com você, só é preciso lapidá-la para que seja compreensível, afinal, do que adianta escrever uma obra para publicação se não consegue comunicar o que está ocorrendo naquele livro? A não ser que escreva só para si mesmo, o cuidado com revisão é imprescindível, principalmente no que se refere à coesão e coerência; serviços de revisão gramatical podem, inclusive, ser terceirizados.</div>
<div style="text-align: justify;">
Segunda dica é: sejamos responsáveis socialmente. Vivemos em um mundo em que o acesso à informação alcança a quase todos e você ser um escritorx que lance uma obra incitando racismo, machismo, violência, LGBTQIA+fobia, sexismo, misoginia ou outros temas sensíveis sem qualquer propósito literário, você está sendo irresponsável. Não existe liberdade de expressão sem limites.</div>
<div style="text-align: justify;">
Terceira dica: não inicie sem saber o fim. Importante que você saiba conduzir ao menos o esqueleto da obra, pois sabemos que, às vezes, as personagens pedem uma modificação aqui ou acolá, mas tenha firmeza no que pretende escrever, não comece uma obra sem estruturá-la e quando falo de estrutura, não necessariamente digo para que saiba o que acontecerá em toooodos os capítulos. Saiba, ao menos, quais os elementos básicos inerentes ao seu gênero/tipo de texto. Você precisa conhecer suas personagens e traçá-las de uma forma que seja crível e lógica; você precisa conhecer os conflitos que vai trabalhar no livro; e, por fim, precisa saber como terminará a história. Pode até ser que mude o final no decorrer da narrativa, mas iniciá-la sem ter ideia de terminá-la pode te levar a um bloqueio criativo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarta e última dica é para que você tenha seu próprio ritmo e seja gentil consigo mesmo. Não gosto de dizer que você precisa de uma rotina, de uma disciplina etc, não conheço sua vida, não sei quantas horas de trabalho externo você faz, ou se possui alguns desafios do cotidiano. Te dizer para ser assim ou assado pode só gerar uma crise de ansiedade em você. Se você acha que consegue escrever X palavras por dia, tudo bem, faça, é bom trabalhar com metas quando não se tem problemas com elas. Mas se você tiver uma personalidade ou uma vida agitada demais para elas, não se cobre. </div>
<div style="text-align: justify;">
Há vantagens e desvantagens sobre ter metas ou ser mais flexível. Vou dizer apenas que talvez ser disciplinado demais possa te engessar, tornar o texto sem alma (pode, mas não necessariamente isso ocorrerá) e a desvantagem de não ter disciplina é que você pode acabar perdendo o ritmo textual, então aconselho a sempre ler o capítulo anterior ou trechos anteriores para não tornar a experiência uma montanha-russa desenfreada em loops constantes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao invés de dizer que você precisa escrever tantas palavras por dia em tantos dias da semana, o que vou lhe aconselhar é que tenha <b>foco</b>. Você precisa terminar aquela obra que se propôs a trazer ao mundo, não importa o tempo que precise. Você precisa ter foco de iniciar e começar uma história com estrutura e personagens bem caracterizados. É isso. Não se cobre, não se compare com outros autorxs a não ser que a comparação seja para somar e não cortar você. Faça você seu próprio ritmo, mas sempre visando aquele ponto final porque lhe garanto uma coisa: seu ponto final é apenas o ponto de partida para o leitor, e é uma sensação indescritível poder ouvi-los falar sobre sua obra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
Incrível! É um prazer conhecer um pouco mais sobre ela e suas obras. Acompanhe a autora em suas redes sociais: <a href="https://www.facebook.com/giulianamurakamiwriter/" target="_blank">Facebook</a> | <a href="http://instagram.com/giulianamurakami/?hl=pt-br" target="_blank">Instagram</a> | <a href="https://twitter.com/giulymurakami" target="_blank">Twitter</a>. Suas produções e mais informações podem ser encontradas no site oficial: <a href="https://giulianamurakami.com/">https://giulianamurakami.com/</a></blockquote>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-28711270764157121892020-06-24T15:21:00.000-03:002020-11-19T07:09:59.586-03:00A arte de Bia Blare<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="680" data-original-width="720" height="604" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJxE-Bz-jJ114cCi1WZ_4ICIVOQIeWu1FVHRjeHhSo7hhoPuHxGOJ7EKxoQZ9Wrhc3_pkKKl2lBZSGdlKWZ65HOlpmnZuFaYaoI3MsTk-5snH7_XXiSeUpWOXMGzT8ZCajelrkeZFheU/s640/PSX_20200620_022058.jpg" width="640" /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O blog possui uma tag/categoria de post chamada '<a href="https://monautrecote.blogspot.com/search/label/Arte" target="_blank">Arte</a>', destinada a apresentar e divulgar diferentes artistas, de diferentes técnicas, seja pintura, ilustração, entre outros. A tag foi publicada por um tempo por um dos colaboradores, à época, do <i>Meu outro lado</i>, Renato Dias, mas desde a sua saída, ela não é mais atualizada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Atualmente, com mais tempo para me dedicar ao blog, e conhecendo muita gente nova pelas redes sociais, a ideia de retornar com a categoria surgiu, porém, enfocando em<b> artistas paraenses</b>, estado onde nasci e resido. Hoje vamos conhecer a arte de Beatriz Melo ou Bia Blare, como ela assina suas obras. </span><span style="font-family: inherit;">Conheci a Bia através da sua irmã, </span><a href="https://www.instagram.com/carolina.atraves.do.espelho/" style="font-family: inherit;" target="_blank">Carolina Melo</a><span style="font-family: inherit;">, também artista e colega de turma no curso de Língua Francesa (UFPA) e é simplesmente incrível o talento dessa família.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><i>P.S.: A Carol é responsável pela nova identidade do blog, encomendei a ilustração do banner e ela, com seus traços delicados e afetuosos, exprimiu muito bem uma parte da minha personalidade.</i></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><i>O post foi elaborado entremeando algumas obras da Bia e perguntas feitas a ela, para a conhecermos um pouco mais.</i></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span> <br />
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira:</b></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Meu nome é Beatriz Melo, mas assino as artes como Bia Blare. Sou graduanda em Geografia, pela Universidade do Estado do Pará, e paralelamente pintora e colagista. Não tenho nenhuma formação específica em artes, mas o interesse pelo desenho surgiu desde muito cedo e a técnica foi melhorando por insistência. Dentro da família, minha irmã mais velha foi quem abriu um caminho nessa direção. Talvez ver o caderno dela cheio de desenhos foi minha primeira referência artística, somei isso as ilustrações de livros e histórias em quadrinho e fui lentamente percebendo que construir imagens era um bom jeito de comunicar qualquer coisa.</span></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOEBAoiPsCcKy8i6uAnTp02vki0wC0hIcv4gdJy6xAH7Ke5FGuDXTISEUfuNYdk3VHkQ_22aiyrV5T7uiNdGbOOweIDOpjVLH3TIqXhyha8Lkuagz2AuHoFdEbmsC-6Ed88CR5qinHC9k/s1600/nebi_2020183755.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOEBAoiPsCcKy8i6uAnTp02vki0wC0hIcv4gdJy6xAH7Ke5FGuDXTISEUfuNYdk3VHkQ_22aiyrV5T7uiNdGbOOweIDOpjVLH3TIqXhyha8Lkuagz2AuHoFdEbmsC-6Ed88CR5qinHC9k/s640/nebi_2020183755.jpg" width="477" /></span></a></div>
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div>
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Como você descreve sua arte?</b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="im" style="background-color: white; color: #500050;"></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">É como um diálogo interno que precisou ser mediado por algum tipo de código, antes de chegar em outras pessoas. Tudo que eu produzo é um autorretrato, por carregar de alguma forma uma narrativa bem pessoal. Usar diretamente meu corpo nas colagens, ou representado por meio da pintura, é um meio de aproximação entre minhas ideias e sensações e uma base material que me permite criar algum tipo de realismo fantástico. Todo processo acaba sendo catártico, porque permite falar e me posicionar sobre diversas questões (pessoais e coletivas) com bastante liberdade.</span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWLfntb4zuq2CnFTvaBWZV3ZCKRvRIPLxLTRCXAzJnNiZmaWOT6H2xsyepBs-Z1x24pqL7zmWKDhyphenhyphen0_ui4634iP4zEJEs8waJ0-B4HFbO0wKeGCnCfwGh-w-00Qo8tpR7NYier_YxHi3E/s1600/nebi_20202710.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="878" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWLfntb4zuq2CnFTvaBWZV3ZCKRvRIPLxLTRCXAzJnNiZmaWOT6H2xsyepBs-Z1x24pqL7zmWKDhyphenhyphen0_ui4634iP4zEJEs8waJ0-B4HFbO0wKeGCnCfwGh-w-00Qo8tpR7NYier_YxHi3E/s640/nebi_20202710.jpg" width="524" /></span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">P.s.: essa é Carol, em uma colagem belíssima feita pela Bia!</span></div>
<br />
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Quais técnicas você utiliza?</b></span></span></div>
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222; font-family: inherit;">Comecei com tinta acrílica, mas já faz um tempo que prefiro trabalhar com tinta óleo e pasta de cera, pela praticidade da secagem lenta, que permite mudanças. Recentemente comecei a desenvolver as colagens digitais e analógicas, como um efeito direto da quarentena e a falta de outros materiais, e acabei gostando muito do processo de criação, então se tornou uma das minhas técnicas preferidas.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVhw41jGzrUYykSL27P2BOkN4C2sgU_IFFt4JLGlZq-PYUgGnjWFTWV1Nxx_z8SZecIKqMNMgZY7Mr_sTlr5-JXeZItEmfuRsGdbPMy7fl1Qzd-BCaVZoS6tVMuPcEgHXWxDQerRCOxz8/s1600/nebi_20201235.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="789" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVhw41jGzrUYykSL27P2BOkN4C2sgU_IFFt4JLGlZq-PYUgGnjWFTWV1Nxx_z8SZecIKqMNMgZY7Mr_sTlr5-JXeZItEmfuRsGdbPMy7fl1Qzd-BCaVZoS6tVMuPcEgHXWxDQerRCOxz8/s640/nebi_20201235.jpg" width="584" /></a></span></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Quais inspirações/influências você possui?</b></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">A inspiração vem de muitos lugares, acho que principalmente de memórias, experiências pessoais, mas também pela influência de outros artistas. É quase impossível falar de autorretrato sem citar a Frida Kahlo, provavelmente por ser uma pintora que conseguia expressar tanta coisa, desde perdas pessoais até o engajamento político, de um jeito tocante e acessível. Mas logo ao lado, e tão expressiva quanto, tem Remedios Varo, que uso nas colagens e tem sido uma grande influência nas pinturas. Além da lista de pintoras incríveis como Leonor Fini, María Izquierdo, Leonora Carrington, Hilma af Klint que influenciam desde o uso de cores até a criação de narrativas, junto de pintores como o Gauguin, Diego Rivera, Dalí e Hokussai. As ilustrações científicas também contribuem dando um tom realista. Mas o que geralmente acompanha todo o processo e influencia muito no resultado final é música. Geralmente publico as colagens com o acompanhamento de músicas que tocaram durante a produção. É importante ressaltar que a inspiração das colagens partiu do jogo de tarot, principalmente depois de conhecer as fotografias da <a href="https://beanettles.com/" target="_blank">Bea Nettles</a>. A criação de um deck é um projeto pessoal que só consegui iniciar nesse período de isolamento, e tem sido relaxante.</span></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="695" data-original-width="720" height="617" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxDVjpEfLlHofpH5YKQPjidzUUsNEIDZqm6__rYOA8UzoBj_J75MI_DDlk9sa5qNTHwsdyTDzMjRYgTdx1dItLH3ItTR8H51mMOAGLhTAL1YhAj4ZA8E1Ai6x9v97A2o0VrD1zixZw2Wg/s640/PSX_20200623_181811.jpg" width="640" /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Como você se descreve, enquanto artista, mulher...?</b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="im" style="background-color: white; color: #500050;"></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Acho que minhas escolhas até aqui foram por uma tentativa de sobrevivência num mundo que silencia e machuca mulheres (umas mais do que outras), então meu posicionamento, enquanto uma dessas mulheres, é usar minha voz o máximo possível, contar minha história com liberdade e explorar minha imagem com a propriedade que ninguém mais teria. Acho que esse processo de retomada da própria imagem e voz faz parte de um movimento transformador lento e individual, mas com um poder coletivo gigante, quando desenvolvido por pessoas que foram silenciadas, por diversos marcadores sociais, e que finalmente encontram meios de expressar vivências historicamente apagadas. Essa é uma das funções do autorretrato, e é um dos pontos essenciais da minha vida enquanto mulher e artista. Fora isso, acho que faço parte da mesma linha de tantas outras pessoas , que são instáveis e não tem uma definição fechada sobre quase nada, acho que é uma coisa em desenvolvimento. <i>(incrível descrição)</i></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Além da pintura/colagem, o que gostas de fazer?</b></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="im" style="background-color: white; color: #500050;"></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Dentro da geografia surgiu um interesse de relacionar os espaços da cidade e do corpo, então praticava um método de investigação através de deriva, que é basicamente o ato de andar sem rumo definido pelas ruas. A pesquisa estagnou um pouco, mas essa coisa de andar, fotografar e descrever a experiência, virou um dos meus momentos preferidos do dia. Com o isolamento social (mas mesmo antes dele) eu gasto a maior parte do tempo assistindo filmes e séries, escutando música e reclamando das coisas com alguns amigos. Acho que isso descreve bem o estilo de vida desejado por aqui. Ironicamente o curso também me fez amar viajar, principalmente a parte da estrada, então fico entre gostar de muita coisa diferente e complementar.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFlqtUaUTrttGRvNqQWnvL5a6-Piz1ThLmaLdoAUOqIKnDANiyA9QfvnkAsGtcA4apIOBHEEfhJ7sJB8eTKw4SMJrszxHFnYOGZhoh0Ojaz5vYosQ-0NogIKc4oMJFK9C-r94Z8bZQCKw/s1600/nebi_202016310.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="878" data-original-width="682" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFlqtUaUTrttGRvNqQWnvL5a6-Piz1ThLmaLdoAUOqIKnDANiyA9QfvnkAsGtcA4apIOBHEEfhJ7sJB8eTKw4SMJrszxHFnYOGZhoh0Ojaz5vYosQ-0NogIKc4oMJFK9C-r94Z8bZQCKw/s640/nebi_202016310.jpg" width="497" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="background: transparent; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Recomenda algum (a) artista atual que te inspira?</b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="im" style="background-color: white; color: #500050;"></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Tem uma lista enorme, muita gente talentosa produzindo e expondo nesse momento. A Mónica Hernández é uma que me motivou muito na pintura, é autêntica e foi a primeira artista que me fez reconhecer a importância de uma estética feminina livre de clichês, além da exaltação de uma identidade latina, amo as histórias que ela cria dentro das telas. A Harmonia Rosales tem uma técnica mais clássica com tinta óleo, é detalhista, acho perfeito o trabalho com orixás que ela tem desenvolvido. Recentemente conheci a Robyn Kahukiwa, Sutapa Biswas, Aleksandra Waliszewska e o Andrey Remnev, com técnicas bem diferentes e ótimas fontes de estudo para futuras produções. No Brasil, tem a Fefa Lins, Ayla de Oliveira, Anna Livia Taborda Monahan, Paula Siebra, Marcelo Jorge e Dizzee Kipling (Yuri), que também exercem influências diversas nas telas que tenho tentado produzir. E aqui de Belém, vários artistas que admiro muito, como a Marcelle Nascimento, Beatriz Paiva, Mariana Rossy, Fernando França, Carla Duncan e minha irmã, Carolina Melo, que além de ser uma inspiração, também é a artista com quem troco muita coisa sobre criação. A colagem é uma coisa recente, e é muito intuitiva, então as referências ainda são principalmente da pintura, mas os trabalhos da Singh Bean e da Marcely Gomes (A.k.A Fierce) são impressionantes.</span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: "bembo" , serif;"><span style="font-size: 12pt;"><br />
</span></span></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
Incrível, não?! Gostaram? Conhecem outras artistas para recomendar? Confiram mais do trabalho da Bia em seu <a href="https://www.behance.net/biablare" target="_blank">portfólio no Behance</a> e sigam seu perfil no Instagram: <a href="https://www.instagram.com/biablare/" target="_blank">@biablare</a>.</blockquote>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-9039458173856321165.post-64409010118046853662020-06-16T21:05:00.000-03:002020-08-16T14:16:22.352-03:003 séries para estudar com a Netflix<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="730" data-original-width="1600" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNa6RB5fKN2kzsB15Fz2AQCXe13ziZesN86sdjTdzC-ko0GSlaiipb-IdeshUVA_TUMZKFwF1R6UR7yfi4TWxwEHEHeovjq4h7X8jnhR_8JELFHZJlN_KQ28MvuqjqGCmqcvuiFwF4yC4/s640/banner.png" width="640" /></div>
Não sei vocês, mas eu me divirto também "estudando". Sou viciada em conhecimento, em saber mais de algumas coisas, alguns temas, em conhecer novos, entrar em contato com outras perspectivas, enfim. E acredito que esse estudo é contínuo, sempre nos 'exigindo' mais e mais, e essa é a graça de gostar de estudar, sempre tem algo a mais a conhecer. Também creio que o estudo não precisa ser necessariamente pautado em sentar e ler/escrever e se concentrar ao máximo, daí porque gosto tanto de alguns recursos midiáticos para conhecer um pouco sobre determinados assuntos que eu não necessariamente pegaria um livro inteiro para ler. Então, decidi listar aqui alguns deles, talvez em alguns posts sobre diferentes suportes. Vamos lá?</div>
<br />
<b>Explicando</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="451" data-original-width="1297" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBM65HLvWZEV7VMckyCi2TO4RS8nqTCccpTqmP3ouggircE0wa1Sz1plbr16qYvpWu6SLliP-U0UuY5BEdeT3DAeQCo-JUncoPV0UaXaeXBaGJtOvKHrKrxVkrDH3KEq-p8yuMVVl2FhA/s640/explicando.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conheci essa série coincidentemente. Estava procurando algo rápido pra assistir, pra passar o tempo mesmo, mas que não fosse um conteúdo muito superficial. A Netflix na época me recomendava a nova série da plataforma, e os assuntos vão desde K-Pop a criptomoedas. Não precisava assistir na ordem dos episódios, e assim fiz. Iniciei com os assuntos que mais me interessavam e acabei fechando as duas temporadas. Pra ficar mais interessante, eles também lançaram o <b>Explicando - O sexo</b> e <b>Explicando - A mente</b>, além do <b>Explicando - O coronavírus</b>, ou seja, é muito conteúdo bom pra consumir. As narrações são bem didáticas e os estudos são embasados cientificamente. Recomendo muito!</div>
<br />
<b>Guerras do Brasil</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="447" data-original-width="1288" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj55QAoSExHrboWzrS27KKUCSkyLnYgDRCHNeEZeI5f7Iv38oaS3cWCfm6NGqm864jAljOOChkJH1WV1dHhkLL5xv84WYWvI3In1gLBUrwPo2VXbLYw-DLyHC39MbaNp9X6_BX44mdWAjw/s640/guerras+do+brasil.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem fez ensino básico há alguns anos sabe que o ensino de História não era pautado em explicitar as diferentes perspectivas em grandes acontecimentos ocorridos no país (talvez até hoje não seja). A visão eurocêntrica e centrada nos ditos 'vencedores' provocava um 'breu' no conteúdo que poderia ser muito enriquecedor e esclarecedor quando estudamos a história do país.<b> Guerras do Brasil</b> é uma série documental que possui diversos estudiosos dos temas, e o primeiro episódio nada mais é do que sobre as guerras de conquista, o genocídio indígena ocorrido na época, em que saberemos mais sobre a "invenção do Brasil", pelas palavras de Ailton Krenak. A série perpassa por algumas das principais guerras chegando até (à época) a mais atual, a "guerra" contra as drogas. É um conteúdo essencial para entendermos como nosso país foi criado, construído discursivamente (e violentamente) e como hoje a sociedade se comporta em meio aos confrontos mais recentes.</div>
<br />
<b>História: direto ao assunto</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="456" data-original-width="1303" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvw9RQxztgr50D4wG605aAKqTqit9G_MijB3X8I6ROa5UIt56mtRXX7M7G1rTQmXDVCoO6F2fmo84ysAdNBNWQRM0gc7wWsLu5KkpKPaTybPGp7wadpTqS0uTjUIzSpIdBkLNcA5wxt4E/s640/historia.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
A mais recente série documental na plataforma é o <b>História: direto ao assunto</b>. Assim como o <b>Explicando</b>, diferentes assuntos são tratados nos episódios, agora não mais sob uma perspectiva puramente atual/contemporânea, mas histórica, como o próprio nome da série alerta. Com 10 episódios nessa primeira temporada, os assuntos são diferentes do <b>Explicando</b>, ou seja, o leque de conteúdo fica mais abrangente. Os temas vão desde corrida espacial até genética, são episódios curtos e também embasados cientificamente/historicamente, claro. Dá pra assistir nos intervalos do home office ou ao final de um dia de trabalho.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: center;">
E você? Já conhecia as séries? Tem alguma pra recomendar? Comenta aqui.</div>
</blockquote>
</div>
Jeniffer Yarahttp://www.blogger.com/profile/16856562113746112182noreply@blogger.com23