Destaques

29 março 2015

Resenha - Meu Inverno em Zerolândia

Nome: Meu Inverno em Zerolândia
Original: Il Mio Inverno a Zerolandia
Autor(a): Paola Predicatori
Editora: Suma de Letras
Sinopse: Meu Inverno em Zerolândia - Romance de estreia da italiana Paola Predicatori, Meu inverno em Zerolândia é a história de uma perda, da vida escolar conturbada e dos caminhos desajeitados e incertos que o amor pode tomar. Alessandra tem 17 anos quando sua mãe morre. Sua dor é como uma redoma e quando retorna à escola, se afasta dos amigos e vai sentar junto a Gabriel, conhecido como Zero, a nulidade da turma. Deseja apenas ser ignorada, como acontece com ele. Zero, porém, é mais interessante do que parece. Em sua falsa indiferença, é atento e sensível. É ele quem socorre Alessandra, aparecendo inesperadamente ao seu lado quando ela precisa de ajuda. Viram um par: Zero e Zeta. Aos poucos, um sentimento indefinível ganha forma entre as paredes da classe e a praia de inverno, surgindo uma história delicada e forte que mudará para sempre a vida desse casal de adolescentes. De maneira realista, Meu inverno em Zerolândia mostra a juventude italiana e seu cotidiano, em uma história dura e envolvente, capaz de mostrar que a soma de dois zeros não é zero, mas sim dois.

Meu Inverno em Zerolândia me interessou, principalmente, pela capa linda que ele tem, confesso. Porém, não tive oportunidade de saber mais sobre ele até poder pedi-lo como cortesia da editora parceira do blog. E que ótima escolha eu fiz!

A narrativa já começa com um fato muito triste acerca da personagem principal: Alessandra perdeu sua mãe recentemente. E é tão tocante este fato narrado nas palavras de Paola que logo nas primeiras páginas me emocionei durante a leitura. Ao retornar à escola, Alessandra não deseja mais tornar a falar com suas amigas, andar com elas e tão pouco a sentar-se com elas novamente. Então, ao tomar uma decisão impulsiva, Ale senta-se ao lado de Zero. O garoto que tem esse apelido por ser rechaçado pela turma há um bom tempo e parecer não se preocupar com ninguém que estuda ali. Ale mal sabe o quanto isso irá mudar a sua vida. A vida dos dois.

O romance de Paola Predicatori é algo singelo e único do começo ao fim. Suas palavras nos fazem sentir, a princípio, a dor de Alessandra na perda da pessoa mais importante da sua vida e logo após, seus questionamentos sobre isso e suas mudanças ao longo do tempo decorrido na narrativa. Os personagens não são nada superficiais e o romance entre os dois vai ocorrendo naturalmente, porém de forma bem difícil no começo.

A história não retrata apenas dois jovens se identificando e sendo mudados pelas ocorrências de suas respectivas fatalidades da vida, mas sim retrata de forma realista e sensível dois adolescentes vivendo suas novas experiências e consequentemente fatalidades também. 

De edição muito bem feita, sem erros ortográficos e com uma capa linda, Meu Inverno em Zerolândia foi um dos poucos livros lidos este ano, mas que entra pra lista de melhores leituras, com certeza. Recomendo muito.

21 março 2015

[Filme] Insurgente


Nome: Insurgente
Original: Insurgent
Diretor: Robert Schwentke
Atores: Theo James, Ansel Elgort, Shailene Woodley, Kate Winslet.




Não li os livros dessa saga, confesso, porém quis escrever algo sobre este filme da série por gostar e me surpreender tanto com sua história. Sendo ou não condizível com a narrativa de Veronica Roth, o filme agradou muito e mais: deixou aquela sensação maravilhosa de algo novo e ansiedade para a continuação.

Não irei escrever muito sobre a história em si do filme, pois acredito que a maioria ou já leu ou já conhece a saga. Mas comecemos do início: Tris e Quatro estão na facção Amizade, refugiados de Jeanini, que busca todos os Divergentes que a enfrentaram há algum tempo atrás. Jeanini encontra uma caixa misteriosa na casa dos pais de Tris e acreditando conter uma mensagem de seus ancestrais, ordena seus 'soldados' a irem atrás de todos os Divergentes para testá-los na abertura desse artefato tão precioso.


A história não me pareceu tão bem elaborada nesse ponto da busca dos Divergentes por Jeanini para abertura de uma simples caixa. Mas a autora da série nos surpreende em alguns pontos e consequentemente na adaptação da sua obra isso é refletido. Tris e Quatro buscam aliados na Audácia para irem atrás de Jeanini e a matarem, porém, acabam encontrando-se com os sem-facção, onde Quatro volta a se encontrar com alguém que já foi muito importante em sua vida. Tal revelação acaba não surpreendendo muito, porém, ao longo do filme temos outras mais, o que torna ele bem mais eletrizante. Na verdade, o filme inteiro é cheio de cenas chocantes e suas resoluções logo após, para quem não leu o livro antes, é um prato cheio de 'sustos' durante as cenas.


O filme carrega muitos efeitos especiais bons e sua fotografia é belíssima. Eu assisti em 3D e não me arrependi. Vale à pena por conta dos efeitos e das cenas de ação que ocorrem várias vezes. Outro fato para eu ter me surpreendido com o filme são tais cenas. Algumas me pareceram surreais, porém outras nos fazem vibrar na poltrona do cinema. 

As atuações também foram boas. Shailene consegue, novamente, convencer de que é Tris e que é uma Divergente tentando salvar à todos de Jeanini.  O que me chamou atenção foi a luta interna de Tris com ela mesma, algo trabalhado do começo ao fim da adaptação de uma forma muito boa.

O final surpreende bastante e estou muito curiosa sobre como tudo irá se desenrolar na trama. Como filme de entretenimento, voltado para o público que gosta de distopias, ficção científica e ação, Insurgente agrada e muito. 

14 março 2015

Unbreakable Kimmy Schmidt

THEY'RE ALIVE DAMN IT!

"Females are strong as hell"

Unbreakable Kimmy Schmidt é a nova série de comédia da Netflix, que foi criada por Tina Fey e Robert Carlock, time responsável pela também incrível série de comédia 30 Rock (2006-2013). Agora, por que você deve parar tudo o que você está fazendo e maratonar toda a primeira temporada dessa série hilária e maravilhosa?

Oi, Kimmy <3
Diferente das séries mais sérias do serviço por streaming, Unbreakable Kimmy Schmidt tem uma premissa bem inusitada e surtada: Após 15 anos presa com 3 garotas em um bunker por um pastor que diz à elas que o mundo acabou, Kimmy volta à superfície quando a polícia a liberta. Determinada a fazer alguma coisa da vida, e compensar todo o tempo presa no subterrâneo, ela se muda para Nova Iorque, onde divide um apartamento com um igualmente frustrado e divertido aspirante à Broadway, Titus Andromedon; e trabalha para a socialite fútil e neurótica Jacqueline Voorhees, e vai atrás das experiências que perdeu, como o primeiro beijo, namorado, aprender a diferenciar um celular de uma câmera fotografica, a tirar uma selfie, aprender matemática, etc.

Oi, Tina <3
Unbreakable Kimy Schmidt foi escrita por Tina Fey, que é uma das rainhas da comédia americana. Ela escreveu e atuou em 30 Rock, uma das melhores séries de comédia do nosso tempo; em Meninas Malvadas filme cultuado por milhares de pessoas, que nos ensinou a usar rosa nas quinta-feiras, e que o "barro" nunca vai acontecer; por ter um trabalho maravilhoso no Saturday Night Live; e por ter apresentado por 3 anos consecutivos a cerimonia do Globo de Ouro junto com a igualmente maravilhosa Amy Poehler; e agora escreve e produz Unbreakable Kimmy Schmidt.

Oi, Titus <3

Em Kimmy Schmidt, Tina, infelizmente, só atua em três episódios em um papel secundário, mas podemos ver o seu senso de humor permeando a série como um todo, cada vez mais afiado, impiedoso e cheio de referências à cultura pop. Mostrando com um exagero delicioso todas as ironias e problemas que permeiam nosso dia-a-dia, ela trata sobre assédio sexual, homofobia, racismo, abuso de cirurgias plásticas, políticas de armas etc. uma forma tão hilária e inteligente que além de nos fazer perder o ar de tanto rir, nos faz pensar (o que é demais).
Oi, Jacqueline <3

Convenhamos que série boa tambémKimmy Schmidt não foge à essa regra. A abertura é simplesmente hilária e vai ficar na sua cabeça pra sempre. Desafio alguém a assistir essa série e não sair cantalorando females are strong as hell. Genial.
tem que ter uma boa abertura.

Outra coisa que é maravilhosa na série é seu elenco, com nomes como Ellie Kemper (Missão MAdrinha de Casamento), Jane Krakowski (30 Rock), Titus Burgess (30 Rock) e Carol Kane (Manhatan).

A série é ótime para quem quer se divertir, ou quem quer encontrar uma nova série pra passar o tempo ou tampar o buraco deixado por Parks and Recreation. Mais do que recomendada!



10 março 2015

Novas aquisições: Trocas pelo Skoob


Eu sempre tive curiosidade em realizar trocas pelo Skoob, desde quando descobri essa rede social. Acredito que quem acompanha o blog já sabe que realizei várias trocas por lá, tanto livro por livro como via Plus, que é o programa de trocas que o Skoob tem. Um programa ótimo, por sinal.

Infelizmente não consigo realizar muitas trocas durante o ano, somente nas minhas férias quando os custos são menores e tenho mais tempo livre. Nessas férias de dezembro-janeiro-fevereiro eu tive um tempinho e uma grana extra pra realizar algumas trocas bem legais. Geralmente troco por livros que desejo há muito tempo e que quero muito. Então vou mostrar os livros que troquei por lá e mais uns dois que acabei trocando 'por fora'.

A primeira troca do ano foi por Will&Will! Esse era o livro que faltava para minha coleção do John Green estar completa e uma moça me enviou mensagem pedindo a troca por um livro que realmente estava estacionado na estante fazia tempos (Não lembro do nome da usuária nem do livro pelo qual troquei). O livro veio na capa nova (!) e em ótimo estado.



Logo após veio uma outra moça solicitando a troca pelo livro Veneno. Ele estava na minha lista de desejados faz um bom tempinho e aceitei, claro. O livro chegou em perfeito estado e bem rápido.

08 março 2015

A arte de Carolina Porfírio - Fight Like a Girl!

            Quando eu era criança, ouvi um "você corre como uma garota" e não entendi. Aquilo era para ser um insulto, mas tudo que eu consegui pensar foi "Ué, eu sou uma garota. Deveria correr de outro modo senão o meu?!". Depois que cresci e a ingenuidade infantil foi sumindo, descobri que fazer qualquer coisa "como uma garota" é levado como insulto, ridicularizando a capacidade de uma garota fazer algo; levando a sério apenas quando agimos "como homens".
            Carolina Porfírio (ou Kaol Porfírio, como está em seu facebook) é uma ilustradora e criou a série de desenhos chamada de Fight Like a Girl (lute como uma garota, em português). Com o intuito de mostrar que somos sim fortes (de diversas maneiras, seja intelectual ou fisicamente), Porfírio desenha inúmeras personagens da literatura, jogos, hqs e da vida real (como Malala Yousafzai) a fim de exaltar o poder feminino presente em diversas formas na cultura pop. Abaixo encontra-se algumas das diversas ilustrações dessa série e um pouco de cada personagem.

 Katniss Everdeen é uma das várias personagens que nos mostraram como é ser corajosa. Protagonista da série de livros e filmes Jogos Vorazes, de Suzanne Collins. Katniss se voluntaria para ser a tributo do distrito 12 no lugar da irmã, Primrose. Desde o primeiro filme (não li os livros), Katniss já "avisa" que não desiste fácil, apesar de todas as pressões que a cercam. 

Jill Valentine é uma das protagonistas da série de jogos Resident Evil, sendo representada por Sienna Guillory nos filmes. Jill fazia parte da equipe Alpha da S.T.A.R.S (Serviço de Táticas, Armamento e Especialidades em Resgate Seguros) e sua primeira aparição se dá no jogo Resident Evil 1. É badass e não tem medo em dar headshot em cabeça de zumbi, não!
De Game of Thrones, Arya é da família dos Stark e desde o início, percebemos que ela se comporta de uma maneira não esperada por meninas naquele tempo (até hoje em dia é assim). Ao invés de aprender a costurar, Arya tem desejo de saber batalhar e dá de 10 a 0 no arco e flecha. Enfrenta várias coisas ao longo da história (relaxem, não vai ter spoiler) e isso a torna muito f*da!



 Mindy McCready... pera, quem é essa? Bom, esse é o nome da tão adorada Hit Girl. Mindy aparece nos quadrinhos de Kick Ass; é muito nova, mas desde cedo foi criada para ser uma vigilante e chuta mais bundas que o próprio Kick Ass. No segundo filme da adaptação, ela rouba a cena e eu acho isso fantástico! É interpretada por Chloë Grace Moretz nos filmes. "Hit girl who kick ass".



♥Korra♥ Todo mundo lembra de Avatar - A Lenda de Aang, não é? Então, depois disso, vem A Lenda de Korra, que é a avatar da vez. A série se passa SESSENTA anos depois de A Lenda de Aang e inicia com Korra buscando dominar o quarto elemento, o ar. Não demora muito pra gente perceber que Korra é uma personagem forte e gente como a gente; tem seus momentos de fragilidade por ser uma avatar nova e sem experiência, mas ao longo da história, isso vai mudando e Korra faz seu poder ser reconhecido.



Malala Yousafzai, defensora da educação e ganhadora do Nobel da Paz no ano de 2014. Malala é paquistanesa e ganhou reconhecimento mundial após levar um tiro na cabeça de armas talibanesas ao sair do colégio, aos 15 anos - um jeito bem triste de se tornar reconhecida, mas ainda bem que não aconteceu algo pior. O Paquistão é um país com uma cultura diferente da nossa; lá, as meninas têm seus direitos bem diminuídos (às vezes, inexistentes). Malala foi contra a maré, e, a fim de mudar a situação feminina diante a educação, começou com um blog Diário de Uma Estudante Paquistanesa para mostrar sua paixão pelos estudos, mesmo com todos os empecilhos nessa perigosa busca pelo conhecimento. 
Malala é sobrevivente, Malala é uma heroína. 

É possível encontrar camisas com estampas Fight Like a Girl na loja Toda Frida!
http://www.todafrida.com.br/category/190754/fight-like-a-girl
Page da Kaol Porfírio no facebook:
https://www.facebook.com/kaolcaradeboi?fref=ts 


Espero que tenham gostado do post! 

06 março 2015

Soundtrack: Kick-Ass



Eis mais um post sobre trilhas sonoras de filmes! O filme escolhido foi Kick-Ass - Quebrando Tudo, do diretor Mattew Vaughn, 2010. 

Kick-Ass é um filme bem diferente de super heróis e vilões. Meio nerd, meio sem noção e muito engraçado, o filme traz um adolescente viciado em quadrinhos que resolve ser super herói na vida real e.... só se ferra. A trilha sonora é cheia de músicas animadas, condizente com o filme, recheado de ação e muitas cenas loucas. A soundtrack que eu trouxe no post é do primeiro filme; o segundo filme eu já assisti e apesar de ter gostado muito, ainda não fui atrás da trilha sonora do mesmo. 


Sinopse: Dave (Aaron Johnson) é um adolescente viciado em quadrinhos cansado de apanhar ou ser ameaçado. Até o dia em que ele resolve virar o super herói Kick Ass e mudar esta rotina. Como? Nem ele sabia, mas ao defender fantasiado de herói (e apanhando mais ainda) um cara que levava uma surra, o vídeo com as imagens dele enfrentando os bandidos foi parar na internet e ele virou um fenômeno. Dave só não contava que a sua fama iria envolvê-lo no meio de um plano de vingança de Big Daddy (Nicolas Cage) e Hit Girl (Chloe Moretz) contra Frank D'Amico (Mark Strong), um mafioso da cidade, vivendo uma verdadeira e violenta aventura que mudaria para sempre a sua vida.


No player, algumas das músicas na soundtrack original:


Minhas preferidas dessa soundtrack são Bad Reputation e Make Me Wanna Die, de duas vocalistas lindas e muito admiradas por mim. Gostaram? Já conheciam o filme ou a trilha sonora?! Tem alguma soundtrack pra me recomendar? Comente!

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02 março 2015

Resenha - Perdão, Leonard Peacock

Nome: Perdão, Leonard Peacock
Original: Forgive me, Leonard Peacock
Autor(a): Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Sinopse: Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.  

Não sei como expressar em palavras escritas o quanto esse livro mexeu comigo. Gostei muito de O Lado Bom da Vida do mesmo autor e confesso que não tinha muitas expectativas quanto a Perdão, Leonard Peacok ao ler a sinopse do mesmo. Mas em um belo dia sem muito o que fazer decidi iniciar a leitura e não pude dormir sem antes terminá-la.

Leonard decidiu matar seu ex-melhor amigo e logo após, cometer suicídio em seu próprio aniversário. Aos poucos conhecermos melhor a história de Leonard e seus motivos para decidir em tomar atos tão drásticos. O garoto mora sozinho, pois sua mãe é uma estilista de Moda muito ocupada vivendo em outro estado. Leonard sempre vai na casa do seu vizinho, Walt, um senhor com problemas no pulmão mas que insiste em fumar todo dia, para assistir os filmes de Humprey Bogart, grande nome artístico de Hollywood. Mas Leonard também tem em seu professor Herr Silverman, que ensina sobre Holocausto, uma figura importante em sua vida, por se identificar e entender o que  ele prega sobre ser diferente e outros ensinamentos importantes que seus colegas superidiotas não compreendem. Outra figura importante na vida de Leonard é Lauren, uma garota devota que ele encontrou no metrô pregando sobre Jesus e que o interessou de imediato. E por ultimo, não menos importante, temos Baback, um colega de classe estrangeiro que toca violino escondido na escola e que deixa Leonard apreciar sua música em todos os seus ensaios.

Não há muito o que escrever sobre esses personagens em si, pois o que mais marcou na leitura dessa obra foram os pensamentos, questionamentos e diálogos de Leonard ao longo da narrativa. O jovem demonstra ser muito diferente, de uma forma depressiva e muito inteligente ao mesmo tempo. Foi estranho me identificar com um personagem suicida como Leonard, mas Matthew escreve tão bem na voz de um jovem questionando tudo e todos ao seu redor, que foi inacreditável o quanto essa obra conseguiu mexer comigo. Talvez o dia de aniversário de Leonard ser o tempo retratado na obra quando meu próprio aniversário está tão perto, tenha sido um dos fatores para acontecer tamanha identificação.

"Eu gostaria de me sentir bem todo o tempo - de ter a capacidade de me sentar e funcionar sem sentir tanto a pressão, sem sentir como se o sangue fosse jorrjr de meus olhos e de meus dedos dos pés e das mãos caso eu não faça alguma coisa."

Leonard nos traz uma história triste, cheia de cenas peculiares, seja com seu vizinho, seja com seu professor ou seu colega violinista, nos fazendo concordar em várias passagens do livro, com seus pensamentos tão realistas e cruéis sobre a condição humana. Ao retratar sobre família, amigos, suicídio, traumas e tantos pensamentos depressivos, Matthew nos traz uma obra repleta de temas sensíveis e consegue ser tocante em suas palavras sem apelar para a tristeza contida nela.

Definitivamente a leitura é densa e ainda não sei como a conclui em apenas um dia; talvez por me identificar tanto ou pela curiosidade em saber o que iria acontecer com Leonard, não sei. O final é realista e não nos faz necessariamente tristes por não conter um final feliz, mas sim questionadores sobre a história que acabamos de ler. 

Assim como em O Lado Bom da Vida, Matthew retrata de forma magnífica uma história triste, singular e recheada de personagens profundos e bem construídos. Recomendo muito a leitura.

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