Destaques

28 novembro 2014

Resenha - Tipo Destino

Nome: Tipo Destino
Original: Something Like Fate
Autor(a): Susane Colasanti
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Lani e Erin são melhores amigas, embora não tenham muito a ver uma com a outra. Lani é uma taurina tranquila e Erin é a impetuosa leonina. Uma adora Astrologia (e outras artes adivinhatórias também) e ficar em casa; a outra gosta de pessoas e baladas. Suas preferências — incluindo pizzas e meninos — são bastante diferentes, ou eram, até que Erin começou a namorar Jason… Assim que Lani conheceu o namorado de Erin, sentiu uma enorme conexão com ele. Uma sensação de que já se conheciam a vida toda. E, apesar de acreditar que ele sentia o mesmo, ela sempre soube que Jason estava fora de cogitação, afinal, ele era quem ele era! Ela decidiu ignorar seus sentimentos. Não importava o quanto quisesse ficar perto de Jason, nada a demoveria da ideia de se manter distante dele. Então, Erin viajou durante todo o verão…

Susane Colasanti me surpreendeu em Bem mais perto, outro livro da Novo Conceito, que amei a leitura. Em Tipo Destino pensei que aconteceria o mesmo, mas parece que após outras leituras, minhas preferências literárias andam mudando e o livro não se encaixou nelas.

Lani e Erin são melhores amigas, mesmo atualmente sendo tão diferentes, as duas mantém um contato grande, principalmente após um acidente de carro quando Erin acaba salvando a vida de Lani. Porém, tudo muda quando Erin começa a namorar Jason, o garoto da escola que mudou e que Lani antes não o tinha percebido. Até agora. A conexão estranhamente boa que Lani sente com Jason torna-se mais do que isso e agora a garota precisa decidir-se com quem ficar: Jason, provavelmente o amor da sua vida ou Erin, a garota que a salvou  e que viveu tantas histórias juntas.

Pela sinopse percebemos que o livro é bem romance adolescente e talvez por isso a leitura não tenha sido tão boa para mim. Lani acredita em horóscopos, destino e cartas, ela procura sempre melhorar o ambiente à sua volta com campanhas para reciclagem e conscientização ambiental. Sua mãe tem uma horta em que Lani a ajuda de vez em quando. Diferente de Erin, que faz parte do grupo dos alunos mais populares da escola e parece conseguir tudo o que quer, a qualquer hora.

Jason torna-se o típico garoto que toda garota do colégio quer como namorado e Erin o consegue. Porém Lani, após alguns momentos com Jason e conversas avulsas sente uma forte atração por ele e parece que é correspondida; ao longo da trama vemos o casal primeiramente lutando contra a traição e depois tendo que enfrentar as conseqüências por estarem juntos.

São personagens tipicamente adolescentes e a estória em si também, salvo algumas diferenças que vi em Lani, por ter uma consciência ambiental e acreditar em horóscopos, ‘destino’ e tarô, algo que não encontramos muito em outros livros do gênero. Além da trama ainda ter Blake, que é gay, mas encobre isso de todos, principalmente por prever a reação de seu pai ao saber sobre isso. Blake não tem uma relação saudável com ele e prefere esconder tal fato, esperando ansiosamente pela faculdade e a liberdade que tanto almeja. Durante a trama, temos esse 'núcleo' sobre os dilemas da homossexualidade na escola, como ela é enfrentada não só por quem é, mas por outros, conhecidos ou não do indivíduo.

Tipo Destino não foi uma leitura surpreendente por ser um típico livro para adolescentes. Talvez por ter certa (ainda pequena) experiência literária de livros com estórias mais maduras ou por estar em um momento onde prefiro ler outros livros, com outros temas, esse livro não tenha sido uma boa leitura.
É uma leitura leve e rápida, ótima para fins de semana tediosos, sem muito o que fazer. A narrativa de Colasanti não deixa a desejar, pelo contrário. Mas sua estória não me cativou tanto assim. Ainda assim recomendo a todos que gostam de uma leitura leve, sem compromissos.

25 novembro 2014

Resenha - O Pagador de Promessas

Nome: O Pagador de Promessas
Autor(a): Dias Gomes
Editora: Bertrand
Sinopse: Dias Gomes narra nesta peça de renome internacional o emocionante calvário do simplório Zé-do-Burro: para cumprir promessa feira a Iansan, pela cura de seu burro, ele divide seu sítio com os lavradores pobres e carrega pesada cruz de madeira no percurso de sete léguas, com o objetivo de depositá- la no interior da igreja de Santa bárbara, em Salvador. Iansan se confunde com Santa Bárbara na visão popular, mas por certo não é um mito cristão, motivo mais que suficiente para que as autoridades eclesiásticas se opusessem à entrada do herói no sagrado recinto. Zé-do-Burro não esmorece. Sua obstinaçào, sua fé, conduzem a um dos mais empolgantes desfechos do teatro contemporâneo - e universal. O Pagador de Promessas: serviu de tema ao filme do mesmo título, ganhandor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1962.

Mais uma obra de Dias Gomes que tive a grande oportunidade de ler, graças à editora Bertrand. Como citei na resenha de O Bem-Amado, a editora está relançando os livros de Gomes com uma nova diagramação, linda por sinal, e com isso traz a oportunidade de novos leitores se interessarem pelo teatro brasileiro tão bem escrito de Dias Gomes.

O Pagador de Promessas é sobre Zé-do-Burro, que ao pedir à Santa Bárbara ou Iansan que seu burro se salvasse de uma grave doença, agora tenta cumprir a promessa que se pôs à realizar, carregando uma cruz até ao santo altar da igreja de Santa Bárbara mais próxima. Essa igreja localiza-se em Salvador, onde termina de chegar junto com sua esposa. Os dois andaram por muito tempo, porém, ao explicar como se ocorreu a promessa de Zé-do-Burro à Iansan, que ele acredita ser a mesma que Santa Bárbara, o padre da referida igreja não o entende e o proíbe de adentrá-la pois, o pobre moço não fez promessa pra Santa católica e sim para um orixá do 'demônio'.

A grande problemática está instaurada e agora o desenrolar da trama se passa a partir daí. Os personagens são, novamente, alegorias de cidadãos da sociedade brasileira, seja ela do interior nordestino ou não. Dias Gomes sabe como construir um enredo que prenda ao leitor sobre o que irá acontecer com eles, como essa estória irá terminar e quais críticas ele traz em sua estória?! 

As críticas são muitas. Desde a promessa mal sucedida, as contradições da igreja católica e as traições que ocorrem ao decorrer da trama. O preconceito, a traição, o oportunismo e a cegueira religiosa são os temas presentes nessa obra.

Zé do Burro ainda ao cumprir promessa, divide suas terras com pobres, além de carregar a cruz pesada por sete léguas e é completamente mal interpretado pelo jornalista que se interessa por sua história. Aliás, o pobre cumpridor de promessas é mal interpretado por todos, sem exceção. Porém, o personagem carrega a persistência dita do verdadeiro brasileiro, indivíduo carregado de fé e esperança, Zé se manifesta como todo cristão verdadeiro, pelo menos deveria, ser: obstinado à ser honesto não só com a santa, mas consigo mesmo. 

A leitura dessa peça se faz não só prazerosa por uma escrita tão singular e tão própria brasileira, mas também pelas reflexões sociais que ela traz, assim como O Bem-Amado, Dias Gomes consegue maravilhosamente nos surpreender com uma estória de teor reflexivo sobre questões sociais tão bem elaborada. 

21 novembro 2014

1+1=1


Falar sobre nós nunca foi fácil e não está sendo agora. O motivo eu não sei, pois já escrevi tanto sobre relacionamentos passados; mas acho que agora é diferente e por isso talvez o escrever sobre nós não esteja sendo fácil. Ou eu simplesmente enferrujei ao escrever sobre mim. Sim, por que você sou eu agora. E não, não estou sendo possessiva nem nada. Só estou dizendo que nós somos um. Mesmo sem um documento certificando sobre essa união; somos sim a soma de duas pessoas que resulta em um produto. Como explicar essa equação tão surreal eu não sei. Apenas preciso dizer que, mesmo não acreditando tanto em almas gêmeas ou metades de laranjas, eu acredito em nós. E o ‘nós’ se torna algo não mais separado. Estamos juntos e não somente ao lado um do outro, de mãos dadas, caminhando juntos. Estamos juntos em uma união. Uma parceria que está dando certo. Uma companhia e uma sociedade que está prosperando. Não me tenha como frívola ao chamar o ‘nós’ de sociedade ou parceria. A reciprocidade e o lucro desse ‘nós’ me fez chamar assim. Lucro? Você me pergunta. Sim. O lucro que nosso ‘nós’ obtém é toda a felicidade que essa parceria nos dá. A reciprocidade é óbvia; o que um faria pelo outro o outro faria também. Mas esqueçamos os termos frívolos e superficiais. Voltemos para a equação de nós dois (e esqueçamos também o quanto essa equação é frívola tanto quanto os outros termos): Somos a somatória do que sentimos pelo outro; não há uma subtração ou divisão aqui. Há somente uma somatória de vidas, de pensamentos, de atitudes, de caráter, de personalidades, manias e esquisitices que juntos formam esse produto cheio de suas particularidades. Deixamos de lado nossos corpos materiais e conectamos nossas mentes: o sentimento que todos chamam de clichê e ultrapassado é o que nos faz ser somente um ao final dessa soma. E talvez haja outras somatórias, quem sabe, mas por enquanto, somos esse único produto, cheio de singularidades múltiplas.

17 novembro 2014

Playlist: Descobertas


Hey! Olha eu aqui com mais uma playlist e dessa vez é sobre novas músicas, novos artistas que a gente acaba 'descobrindo' em diversas situações, seja por recomendação de amigos, seja pela trilha sonora de alguma série de TV ou de algum filme, sempre tem novas músicas que você ouve e quer ouvir mais vezes, tendo ela por fim, na sua playlist rotineira. Eu não ando vendo muitas séries de TV ou filmes para essas possíveis descobertas, mas de vez em quando alguém recomenda um artista novo pra mim ou eu consigo baixar a trilha sonora daquele filme que eu gostei tanto e novos artistas aparecem. A playlist da vez traz alguns novos artistas e/ou músicas que eu gostei e que agora ouço sempre que posso. Espero que gostem! 


Gostaram? Já conheciam alguma das músicas? Tem algum artista ou música pra recomendar? Comente!

15 novembro 2014

Resenha - Diga aos lobos que estou em casa.


Nome: Diga aos Lobos que estou em casa
Autora: Carol Rifka Brunt
Original: I'm In Home
Editora: Novo Conceito
Sinopse: 1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo. Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma. No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la. À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confiar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June. "Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa" é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.

1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo.

Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma.

No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la.

À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confiar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June.

DIGA AOS LOBOS QUE ESTOU EM CASA é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.

09 novembro 2014

Doctor Who

Todos as regenerações do Doutor
nota: existe a série clássica, porém, falarei basicamente sobre o New Who.

Do weee ooo. Como falar dessa série que eu conheço há anos e amo? Brincadeiras a parte (coisa impossível), Doctor Who é uma série britânica que estreou dia 23 de novembro de 1963 (sim, tem 50 anos e eles foram muito bem comemorados pelo mundo todo no Dia do Doutor, ano passado); vem cativando várias pessoas, a maioria acaba se tornando whovian (nome que se dá aquem é fã de DW).

T.A.R.D.I.S.
É maior por dentro!
A série mostra as aventuras de um Senhor do Tempo (humanóide alienígena com dois corações, o último de sua espécie [característica que caiu por terra depois da oitava temporada recém terminada], vindo do planeta Gallifrey, constelação de Kasterborous) conhecido como o Doutor (seu nome é o maior enigma da série, daí o nome Doctor Who/Doutor Quem) que viaja pelo tempo e espaço com a sua nave, T.A.R.D.I.S. Possui o fator regenerativo; ou seja, quando estiver morrendo seu corpo entrará num processo de regeneração, fazendo com que ganhe um novo corpo, juntamente com uma nova personalidade (porém, mantendo suas lembranças antigas); e é esse recurso que permite vários atores interpretarem o mesmo personagem, dando uma dinamicidade maior.

Ao longo de suas viagens, acaba fazendo amigos e alguns viajam com ele por um período. São os famosos companions. Ao longo da sua jornada, o Doutor acaba se deparando com alguns vilões e criando até inimigos, como os Daleks, Cybermen e Weeping Angels.

Dalek (EX-TER-MI-NA-TE)
Weeping Angels (DON'T BLINK!)
Cybermen (YOU WILL BE DELETED!)

Capa do DVD do filme de 96 (não, não é
o Severo Snape)

A série ficou em hiato por 15 anos (1989 a 2005), porém foram lançados livros e audiodramas, além de um filme, em 1996, mostrando a regeneração do sétimo doutor (Sylvester McCoy) para o oitavo (Paul lindo McGan) e a aventura do Doutor em sua nona encarnação. Depois disso, os whovians só voltaram a ter episódios novos, já com o 9º doutor (Christopher Eccleston) em 2005.


Doctor Who nos presenteia em alguns episódios com a "presença" de certas figuras históricas, como:
Vincent Van Gogh (Tony Curran)
William Shakespeare (Dean Lennox Kelly)
Agatha Christie (Fenelle Woolgar)
Nefertiti (Riann Steele)
Winston Churchill (Ian McNeice)
Adolf Hitler (Albert Welling)
 Atualmente, a série finalizou sua oitava temporada recentemente, tendo como o décimo segundo Doutor o ator Peter Capaldi, conhecido por seu curta metragem Franz Kafka It's a Wonderful Life e suas atuações no filme In The Loop e séries como Skins e The Musketeers (BBC).
 Indico Doctor Who para todo mundo; é uma série inteligente, que te dá medo, te faz chorar, mas também faz rir. É possível experimentar as mais diversas emoções num só episódio, e eu acho isso fantástico.

Ps: não desista na primeira temporada, eu quase cometi esse erro quando comecei a ver e não me arrependo nem um pouco em ter ido contra minha própria vontade.


06 novembro 2014

Resenha - Easy

Nome: Easy
Autor(a): Tammara Webber
Editora: Verus
Sinopse: Quando Jacqueline segue o namorado de longa data para a faculdade que ele escolheu, a última coisa que ela espera é levar um fora no segundo ano. Depois de duas semanas em estado de choque, ela acorda para sua nova realidade: ela está solteira, frequentando uma universidade que nunca quis, ignorada por seu antigo círculo de amigos e, pela primeira vez na vida, quase repetindo em uma matéria. Ao sair de uma festa sozinha, Jacqueline é atacada por um colega de seu ex. Salva por um cara lindo e misterioso que parece estar no lugar certo na hora certa, ela só quer esquecer aquela noite — mas Lucas, o cara que a ajudou, agora parece estar em todos os lugares. A atração entre eles é intensa. No entanto, os segredos que Lucas esconde ameaçam separá-los. Mas eles vão ter de descobrir que somente juntos podem lutar contra a dor e a culpa, enfrentar a verdade — e encontrar o poder inesperado do amor.

Ganhei o livro numa promoção do blog Pepper Lipstick, e confesso que não sabia o que esperar dele, por não ter ido procurar ler algo do livro; apenas tinha visto alguns comentários o elogiando. E bem, de uma certa forma foi muito bom todo esse meu desconhecimento, pois o livro superou as expectativas e foi uma das ótimas leituras do começo deste ano.

Jacqueline acaba de terminar um relacionamento de 3 anos e agora precisa continuar seus estudos na faculdade que o ex escolheu ir e que ela, apaixonada e cega de amor, decidiu ir junto. Na festa de Halloween que a amiga insistiu em levá-la, a garota é atacada pelo amigo do seu ex, numa tentativa de estupro. Lutando com o rapaz que nunca imaginou que agiria assim, Jacqueline não conseguiria evitar tal abuso se não fosse por um misterioso moço que a salva do jovem que a atacou. Traumatizada por tal acontecimento e pela recente separação, a garota agora precisa conviver com essa ameaça de abuso pelo próprio colega da escola; mas a aparição de Lucas em sua vida muda os rumos desta história.

Easy pode ter me dado uma impressão de ser mais um romance juvenil do 'mesmo' que vemos em muitos livros por aí, mas como disse anteriormente, o livro superou as expectativas e por mais baixas que fossem, o enredo não é um enredo qualquer; trata sobre temas juvenis sim, como namoro, separação, dramas familiares, mas trata também de um tema não muito visto por mim em minhas leituras: abuso sexual.

O livro nos traz um Young Adult realista e muito bem escrito por Webber, pois a leitura fluiu mais do que bem. O cenário da faculdade, dos amigos de classe, das dificuldades que a vida de um estudante tem e dos temores de Jacqueline como alguém jovem e sem muita experiência de vida, nos faz identificarmos com a trama. Lucas/London é o personagem que cativa e faz (quase) qualquer leitora se apaixonar por ele. O bad boy misterioso que esconde seus segredos em suas tatuagens e salva a mocinha (que não tem nada de indefesa em alguns momentos) me fez suspirar várias vezes durante a leitura.

O romance tratando sobre sexualidade traz à trama o assunto não como um tabu, mas como um tema natural a ser relatado, claro que sobre o abuso sexual e a 'vulnerabilidade' de algumas pessoas frente aos agressores, o tema é narrado com passagens lúcidas e, acredito eu, de uma forma verídica quanto a como se defender de agressores, o que fazer quando a garota sofre de abuso, por quê muitas escondem ter sofrido tal ato por se tratar de um namorado ou alguém conhecido e achar não se tratar de um estupro, etc. A autora nos conduz a uma narração realística dentro de sua ficção.

Por fim, Easy se tornou apaixonante não só pelo romance entre Lucas e Jacqueline, nem só pelo final feliz que tanto amo, mas também por trazer uma leitura fluida, sem erros ou falhas na trama, com personagens reais e que podemos nos identificar. Recomendo a todos que gostam de apreciar um bom Young Adult.

02 novembro 2014

Kaichou Wa Maid-Sama!


Nome: Kaichou Wa Maid-Sama!
Autora: Hiro Fujiwara
Onde Ler/Baixar: Manga Host (completo)/ Kawaii Shoujo Blog (incompleto)
Onde Assistir/Baixar: Anitube/Animeq e Sakuraanimes/AnbientTV
Sinopse: Ayuzawa Misaki é a presidente do conselho estudantil da escola Seika, uma escola antes masculina e que agora é mista. Ou seja, quase todos são garotos. E para proteger as garotas, ela briga com os garotos todos os dias. Por outro lado, ela secretamente trabalha num Café. O que acontecerá quando o garoto mais popular da escola, Usui Takumi, descobrir esse segredo?

 O que falar sobre o meu mangá e anime shoujo favorito? Eu assisti o anime primeiro, e me apaixonei de tal modo que fui caçar o mangá, e definitivamente caí de amores. Assim como há aqueles livros livros que viram filme e série e que não são completamente fiéis à obra, há mangás (e muitos, inclusive) que seguem a mesma linha. Não que o anime tenha deixado muito a desejar no final, foi uma adaptação muito boa até. Mas depois que li o mangá... Bem, ainda há aquela esperança da segunda temporada. 
  Para quem não sabe, "shoujo" significa "garota", e é um gênero de animes e mangás voltado para esse público, por se tratar mais de romances, drama e coisas assim. E até agora, esse é um dos shoujos que mais amo. Misaki é uma personagem bastante forte e geniosa, sendo considerada um demônio pelos garotos da escola. Por causa do seu passado familiar, detesta homens e suas atitudes "idiotas", chegando a ser um pouco injusta algumas vezes, em detrimento das meninas - que são a minoria. Ela é muito esforçada, e luta pra conciliar seus estudos, tarefas de Presidente do Conselho Estudantil e garçonete num Maid Café. Pelo que dá para entender, esses Cafés de Empregada (como as garçonetes se vestem) não tem uma fama muito boa no Japão. Mas esse, na verdade, é um ambiente bem familiar, sem nada de indecente. O ponto é que ainda assim, em seu trabalho, diferente de como é na escola, Misaki tem de tratar gentilmente os homens e chamá-los de "Mestre". Um dos grandes motivos para guardar segredo sobre seu trabalho. 
 Até que Usui Takumi descobre. O garoto mais bonito e desejado da escola. O ídolo. E por um momento, ela vê toda sua moral ir ralo abaixo, imaginando que ele vá contar para todos. Mas não acontece. Ao contrário, Usui começa a ir todo dia ao Café e começa a se interessar curiosamente pela "presidente" ("kaichou". Acho muito fofo e engraçado quando ele fala isso, algumas vezes), e depois de protegê-la de uns rapazes, é que realmente começa nossa história e a relação desses dois. 
 Misaki tem um instinto muito competitivo e não aceita que Usui esteja sempre na sua frente, sem esforço algum enquanto ela se desdobra em mil para dar conta de tudo. Usui sente prazer em provocar sua Maid particular e em deixá-la ruborizada. E assim o anime vai evoluindo, se desdobrando muitos causos, e o Usui sempre ao lado de sua Maid, sem que nem ela entenda algumas vezes, e confusa em relação aos sentimentos que ele provoca nela. Usui é um dos meus personagens favoritos: além de parecer um príncipe, alterna entre o fofo e o pervertido, o engraçado e o sério. Simplesmente amo ele, e desejo ele pra mim (quem nunca se apaixonou por um personagem fictício, que atire a primeira pedra). 
 O mangá tem uns 86 capítulos, enquanto o anime tem 26 (embora junte alguns capítulos num só, e o último seja um episódio especial), e por esse motivo óbvio, tem muito mais coisas sobre o relacionamento deles e, super importante, a história do Usui, que lhe deixa muito curiosa no anime - especialmente ao assistir o encerramento. Eu realmente recomendo que leiam e assitam, pois não vão se arrepender. O anime conta com uma trilha sonora muito boa, sem falar que ouvir algumas cenas não tem preço, de tão engraçadas que são. Especialmente quando o Usui está falando no seu "modo chibi". 
 Claro que não existem apenas eles na estória. Também adoro o "Trio de Idiotas", fãs de Misaki, e que são super engraçados (o nome que lhes é atribuido já é uma prova disso). Também adoro o pessoal do Café, especialmente a gerente - Satsuki. Ela é uma fofa, e quem mais "shippa" Usui e Misaki - e o sobrinho dela, Aoi - adoro esse menino, apesar de ser um tanto arrogante ás vezes, Sinto vontade de apertar ele. Sakura e Shizuko são as amigas de escola da Misaki, e morro de rir com essas duas: Sakura, toda fofa e romântica, e a Shizuko, mais "fria e ajuizada", por assim dizer. Suzuna, a irmã estranha e fofa da Misaki, e o You-kun, que é um fofo comilão. E não posso esquecer do Yukimura e do Kanou: Yukimura é o vice-presidente, super fofo e que muitos dizem parecer uma menina (sim, ele parece); e o Kanou é um outro lindo, super tímido perto de garotas, e parece meio frio às vezes. 
 Enfim. Não sei se ficou tão boa essa resenha. Se dependesse de mim, me alongaria por folhas e folhas, comentando cada cena, mas não quero dar spoilers. Assistam, leiam e julguem por si mesmas. Garanto que não vão se arrepender. Não é à toa que é meu anime/mangá shoujo favorito. Riam, se apaixonem pela estória e, claro, pelo Usui.


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