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17 abril 2014

Resenha - A menina que semeava

Nome: A menina que semeava
Original: The Gift
Autor(a): Lou Aronica
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Chris Astor é um homem de seus quarenta e poucos anos que está passando pelo mais difícil trecho de sua vida. Ele tem uma filha, Becky, de 14 anos, que já passou imensas dificuldades até chegar a se tornar uma moça vibrante e alegre, mas que parece que terá que enfrentar mais um grande problema em sua vida. Quando Becky era pequena e teve câncer, Chris e ela inventaram um conto de fadas, uma fantasia infantil que adquiriu vida e tornou-se um terrível, provavelmente fatal, problema. Agora, Chris, Becky e Miea (a jovem rainha da fantasia criada por pai e filha) terão que desvendar um segredo: o segredo de por que seus mundos de fantasia e realidade se juntaram neste momento. O segredo para o propósito disso tudo. O segredo para o futuro. É um segredo que, se descoberto, irá redefinir a mente de todos eles.A menina que semeava é um romance de esforço e esperança, invenção e redescoberta. Ele pode muito bem levá-lo a algum lugar que você nunca imaginou que existisse. Uma fantasia que trabalha assuntos densos como a separação dos pais, oncologia infantil, separação de filha e pai, adolescência. A menina que semeava não é um livro sobre adolescentes comuns. É sobre uma que se deparou prematuramente com a ameaça do fim e teve de tentar aprender a lidar com ele.


A menina que Semeava foi um livro lindamente interessante que chegou à minhas mãos por cortesia da Novo Conceito. Era um lançamento muito aguardado por mim e acredito que por vários outros leitores também. O livro é sobre literatura fantástica, com um novo mundo a ser descoberto por seus leitores e tinha tudo para ser uma leitura mais do que prazerosa. Infelizmente, foi algo um pouco diferente.

Chris é um botânico, que luta contra toda a sua amargura em relação à ex-esposa por causa de sua filha, Becky, que tem câncer e luta todos os dias contra a doença e, por agora, parece não estar nem presente na vida da menina, que após anos de recuperação, tenta esquecer tal doença. Chris ama sua filha e a tem como algo mais do que importante na sua vida. Infelizmente, após o divórcio, parece que o relacionamento dos dois não anda nada bem. Com o câncer, o pai de Becky, quando ela ainda criança, cria um mundo imaginário para contar estórias sobre ele e junto a sua filha criá-lo e planejá-lo da forma que ela quiser. Hoje, a Becky adolescente não deseja mais contar sobre esse mundo ao qual tanto amava quando mais nova e Chris sofre com a distância que sua própria filha impõe aos dois. Mas nada parece estar bem com Becky e em uma noite ela acaba voltando à Tamarisk, o mundo imaginário dela e de seu pai, mas de uma forma totalmente diferente da que tinha experimentado antes.

Toda a estória de A menina que Semeava é interessante logo quando percebemos alguns pontos em relação a ela: A personagem principal ter câncer, o mundo imaginário de Tamarisk, Miea, a rainha desse mundo, o pai de Becky ser um personagem tão importante e diferente. Mas a leitura se tornou distante da que eu tinha imaginado por alguns motivos.

A narrativa é em terceira pessoa e isso não me incomodaria se não houvesse tantas repetições de palavras, como ‘ela’, quando o narrador se referia a Becky. Além da leitura tornar-se arrastada justamente por isso e por haver algumas cenas que achei desnecessárias. Outro ponto que fez da leitura do livro não muito boa foi a estória ter sido óbvia, desde o começo. Não sei se aconteceu apenas comigo, mas a impressão de já saber o que ia acontecer, inclusive no final do livro, fez a leitura ser desgastante.

Porém, o mundo de Tamarisk é realmente mágico e lindo. A ligação feita com esse mundo e a doença de Becky foi bastante inteligente; havendo um outro olhar para o câncer em crianças e jovens, trazendo para o leitor um pouco da realidade que é ter alguém com essa doença na família e numa família com pais divorciados que não mantém um relacionamento tão saudável após a separação.

Enfim, A menina que Semeava é um livro inteligente, mas que poderia ser melhor explorado pelo autor, sua estória não deixa de ser interessante, porém, infelizmente foi mal conduzida e deixou a leitura arrastada e desgastante. Não deixo de recomendar a todos aqueles que amam literatura de fantasia, com dramas realistas e tocantes e com um mundo imaginário, não tão imaginário assim, lindo de ser explorado. 

Comentários via Facebook

9 comentários:

  1. Já havia visto algum comentário sobre esse livro em algum lugar, o título já não me chamou muito atenção e a sinopse então me fez perder completamente o interesse pela leitura, apesar do livro abordar uma temática interessante. Darei prioridade a outros livros. rsrs

    Ótima resenha, moça ^^
    bjs

    eraoutravezamor.blogspot.com

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  2. Já tinha ouvido falar desse livro antes, mas confesso que ele não despertou muito minha curiosidade, apesar de ter uma capa linda. Acho que o livro que não faz meu estilo mesmo...

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  3. Vanessa Bittencourt19 abril, 2014 17:33

    Criei muitas expectativas com relação a este livro e fiquei muito desapontada. Claro que o mundo que o autor cria é maravilhoso e rico, mas é sim uma narrativa arrastada. Muita paciência, viu?

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  4. Tinha bastante curiosidade para ler, gostei da resenha.
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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  5. Olá!
    A sinopse e a capa são muito chamativas e parecem ser bem interessantes, mas infelizmente é um daqueles casos que tinham tudo pra dar certo....só que não deu, né?
    Não sou muito fã de livros com narrativa em 3ª pessoa e o fato de ser repetitivo e previsível me chateariam bastante :/
    Beijos,

    http://meuuniversox.blogspot.com

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  6. Oi, Flor! Tudo bom?
    Trágico a menina ter câncer e mais ainda esse abismo entre ela e o pai. Acho que me sentiria como ele, triste e principalmente abandonado depois de anos de dedicação, principalmente após o abandono da mãe, o que deve ser extremamente difícil de superar, e pode acabar sendo até um dos motivos dessa distância.
    Fico decepcionada quando o livro permanece o mesmo desde o início da leitura, e ainda mais o autor não saber conciliar a maneira escrita com o que ele escreve, assim tornando a leitura chata e acabamos arrastando. Mas pelo menos o livro tem seu lado positivo, como o mundo criado pelas personagens, infelizmente não atende as expectativas :/

    Beijinhos,
    Percepções Blog | Grupo: Mais um livro, Por favor!

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  7. Pena que a leitura fica pouco arrastada, mas mesmo assim sou louca pra ler, mas ainda não tive oportunidade.

    www.iasmincruz.com

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  8. Apesar dessa capa ser linda, misteriosa e me instigar a lê-lo, eu não sei porque ainda não me interessei muito!
    Mas amei saber um pouquinho mais através da sua resenha!

    Parabéns!

    Beijos, Bá.

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  9. Oi Jeni!
    Tudo bem?
    Este é o tipo de leitura que me está me deixando com receio em lê-la. Parece-me cansativa. E você até mencionou que, em alguns momentos, a leitura fica cansativa. É uma pena.
    Na época em que o recebi, era uma das leituras que eu mais estava animado. Agora nem tanto.
    Enfim, gostei de saber sua opinião. (:
    Abraço!

    "Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.com

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