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20 fevereiro 2013

I'm different?


Eu não ouço Chico Buarque, não li vários livros de Shakespeare nem conheço a obra de Caio Fernando de Abreu. Não uso Instagran, não uso óculos 'gatinho' e nem tenho a Marlyn Monroe como uma das pessoas que me inspiram na vida. Não assisto séries ditas inteligentes e filmes franceses antigos. Não amo tanto assim cupcakes e tenho mais vontade de visitar Paris ou Nova Iorque do que Inglaterra. Não leio desde pequena vários livros, minha família nunca deu tanta atenção assim pra isso. Quando pequena sempre gostei da Barbie e de brincar de massinha e sim, também brincava de escritório e fingia ser a minha própria professora. Nuca tive ideias mirabolantes para livros que queria escrever, na verdade, nunca fui muito criativa nesse quesito. Nunca pintei meu cabelo de uma cor chamativa e não penso em fazer uma tatuagem futuramente. Não curto usar saias ou vestidos ou sapatilhas, estilo vintage pra mim só na arquitetura. Não digo que sou feminista, nem ateu (atéia?!) ou socialista. Não sabia muito sobre Che Guevara até ano passado. Assisto mais canais de filmes e de música do que canais com documentários. Não me interesso tanto por livros de autores não muito famosos e não compro em sebos. Não vou ao cinema comunitário assistir filmes desconhecidos nem aos clássicos. Nunca (ainda) fui voluntária em algum projeto social. Não tenho Beatles como banda favorita. Não tenho uma grande história traumática de infância ou de alguns anos atrás. Não tenho as melhores notas. Não uso óculos. Nem algum sapato da 'moda'.

E por que dizer tudo isso?! Parece que cada dia aparece alguém tentando, querendo e se esforçando para ser 'diferente' da maioria e é tanta gente tentando ser diferente, se mostrar diferente, que parece que a minoria tornou-se maioria e o diferente tornou-se igual ou repetitivo, pelo menos. 

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16 comentários:

  1. me identifiquei e concordo com muita coisa, principalmente sobre o diferente que tornou-se igual :3

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  2. Oi Jen, eu sempre me senti diferente, mas eu não curto ficar espalhando isso pelos quatro ventos, uma música mais antiga, um estilo vintage, um filme mais cabeça, eu gosto e uso óculos por que preciso deles até para me locomover, mas acho bizarro essas pessoas que querem tanto ser diferente, mas que tem a necessidade de esfregar isso na sua cara, e como você disse, todo mundo acaba no mesmo lugar comum.

    bjks

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  3. Primeiramente, queria dizer que adorei a imagem do post, me lembrei da época que assistia via MTV My Life Is Liz, até hoje me pergunto por que nunca mais passou?. Mais enfim concordo com tuas palavras, as pessoas querem ser tão diferentes e se tornam toda iguais, seja em modo de vestir, do que ler, de ídolos, etc. E esquecem que o essencial mesmo é ser você mesma.
    Até mais, http://desventuras-em.blogspot.com.br/

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  4. Também adorava brincar de Barbie e de escritório. E que surpresa você não curtir usar saias , vestidos e sapatilhas, eu me sinto uma deslocada não usando isso. Mas acho que é normal, écomo você disse: tanta gente tentando ser diferente que fica igual. Tudo uniformizado, até me dá enjoo. Mas eu curto Beatles e Sebos haha.

    ps: Adoro My Life as Liz.

    beeeijo

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  5. Eu adorei o testo, mas eu sou obrigada a te dizer que o fato de você querer ir para Paris e Nova York ao invés da Inglaterra é bem... hmm.. o que a maioria quer. Ao menos eu só conheço uma pessoa além de mim que prefere Inglaterra a Paris. E a maioria das pessoas que prefere Paris, também elencam EUA antes da Inglaterra.

    Mas eu concordo com tuas ideias do ser diferente, apesar de eu adorar filmes europeus, amar livros clássicos e antigos (independente de sebos), de ler desde pequena (ou desde que nem sabia ler e convencia minhas amigas que já sabiam a ler pra mim, eu era chata assim), de adorar saias e vestidos e idolatrar a moda da sapatilha (porque eu sempre tinha dificuldades para comprá-las), de ouvir Chico e preferir música brasileira a internacional, de também não idolatrar Marilyn e achar ela apenas uma mulher bonita, de ter brincado de Barbie/massinha/casinha/pega-pega/elefante-colorido/elástico/pic-bandeira/queimada.... quando criança e nos dias atuais, de já ter sido ruiva/loira/morena antes dos 18 anos, de já ter querido ter tatuagem e ter medo de fazer, de ter furado 3 vezes o nariz e hoje não ter mais piercing nele, adoro os Beatles, uso óculos (e não entendo porque já quis usá-los um dia), já tive as melhores e as piores notas, já quis ter peitos maiores com sutiãs de bojo, já quis não ser tão alta, já bebi até quase ter um coma alcoólico e me envergonho disso, já fui careta, já fui rebelde e certinha, já usei sapatos plataformas e idolatrei Spice Girls, já gritei no meio de um restaurante lotado, já cantei Mulher de fases bem alto em um ônibus, já fui invisível...

    já fiz e fui tantas coisas e hoje eu tenho certeza de que eu todos somente queremos ser autênticos e ao mesmo tempo pertencer há algo no mundo.
    Talvez por isso hoje existe a moda do 'ser diferente', que sempre existiu, assim como sempre existirá a moda do 'ser rico e da moda'.

    liliescreve.blogspot.com

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  6. De uma maneira ou de outra somos iguais a alguém que faz parte de uma minoria de não-seguidores-da-moda. Beijos

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  7. Olha, seu texto está muito reflexivo. Também não sou "como os outros ou cult". Não assisto filmes franceses porque "alguém disse que é cult". Assisto porque gosto e sou cinéfila. Digo, que estou me tornando "feminista", ma porque acho que as mulheres tem que ter direitos iguais aos dos homens, coisa que não existe totalmente ainda. Hoje em dia parece que "os hipsters ou moderninhos" dominaram o mundo "mainstream". Sabe, eles que se acham tão culturais, não são. Eles tentam ser quem não são. Tentam gostar de coisas que não curtem. Por quê? É, também não sei. Não sei o porquê dessa necessidade de parecer cultural. Eu sou o que sou e ponto. Não porque alguém disse que é underground. Amei seu texto, muito mesmo. Você sabe, já sou fã deles hehehe. Beijos e boa sorte nesse mundo "igual" <3

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  8. O problema não é tentar se diferente e nem tentar ser normal. O problema é tentar ser nós mesmos. Porque de algum modo seus gostos e preferências sempre vai se encaixar no gosto e preferências de várias outras pessoas. Se você gosta de um estilo de música/livro/filme/costumes antigos isso não te torna Ó diferente só por que os outros curti coisa mais recente.

    Ser e saber ser nós mesmos ainda é a grande questão, por que as vezes a gente até se esquece do somos, ou queremos, além do fato de que estamos em constante mudança.

    A verdade é que não somos, estamos.
    Boa tarde, bjws. "_"

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  9. Você é normal, um tanto de gente é assim, pode ficar de boa.

    minhaladainha.blogspot.com

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  10. Você é completamente normal! Acho que é isso que torna alguns seres humanos especiais, suas diferenças. É verdade que existem muitos tentando ser diferentes por aí e ficando totalmente comuns. Essa coisa de querer se sentir especial é o que pode fazer muita gente perder a própria identidade :/
    Legal você abordar esse assunto aqui no seu blog :)
    Beijo e até logo
    ;*

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  11. Adorei esse seu texto e concordo com você, muitas pessoas querendo ser diferentes que acabam sendo iguais rsrs o importante mesmo é ser nós mesmo, independendo se for diferente ou não.
    Beijinhos
    Facebook do blog
    conversando-com-a-lua.blogspot.com.br

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  12. Você está completamente certa, Jenny. Cada um é o que é, sem esforço- mesmo não sabendo disso. No momento que você se esforça para ser alguém você está deixando de ser naturalmente você. Claro, mudar é sempre bom, mas não abandonar a sua essência. Me identifiquei contigo em alguns quesitos. Cada um é diferente e único do seu jeito.
    Beijos,
    http://menina-do-sol.blogspot.com.br/

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  13. Primeiramente ganhou-me com a imagem da Amelie, mas porra, descrever tu assim, de uma forma tão sincera, jogando pra lá toda essa modinha de lado, ganhou-me mais ainda!

    beijos

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  14. FATOO!
    É aquela onda do hipster, que se torna muito contraditória: o querer e se esforçar tanto para ser diferente acaba te tornando igual a todos os outros que tb estão se tentando ser diferente. E no fim, todo mundo é igual!

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  15. Olha só, eu vejo por mim, que não possuo face e as pessoas acham que sou "louca" por isso, acha?? E outras tantas coisas também....

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  16. Acho isso de uma hipocrisia TÃO grande! É muito chato quando uma pessoa quer ser aquilo que ela não é só pra ser cool. É muito melhor você viver uma personalidade sua do que uma inventada, né? Por isso que me sinto muito bem do jeito que sou sem forçar nada, porque atuar na vida real não dá certo. Pena que nem todo mundo sabe disso :(

    Seu post me inspirou! Vou escrever algo parecido!

    Beijão! :*

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