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05 outubro 2017

De volta ao futuro incerto


Há um ano eu estava escrevendo sobre o que não me define, sobre o término da faculdade que estava tão próximo e sobre minha dedicação exaurida por lá, me reconhecendo como alguém que mudou ao longo do percurso universitário. Em alguns meses depois estava eu novamente como aquele futuro incerto vivido antes de passar no vestibular. Graduação acabou. Mestrado é uma possibilidade, assim como uma vaga no mercado de trabalho era. As responsabilidades redobraram e a vida adulta te faz ser chamada de "tia" por pessoas com pouca diferença de idade. A minha roupa "de estudante" não nega minha jovialidade, mas não determina minha capacidade profissional. Agora o que não me define não são mais notas, elogios em sala ou conceitos atribuídos de acordo com diferentes tipos de avaliações, em um novo percurso o que não me define é a produtividade, a capacidade de enfrentar certos desafios diários, alguns boletos pra pagar, prazos a cumprir e  situações para adequar-me. Esse momento de transição é um tanto assustador, principalmente para quem sempre se manteve numa posição de estudante-barra-aprendiz e agora precisa estar na posição professora-barra-profissional-responsável. O medo de ser uma Rory Gilmore já pode não estar mais tão presente, mas o medo do fracasso nos novos ambientes em que me insiro, talvez sim. As mudanças chegam sempre, eu até me impressiono com elas, mas em meio a uma vida "adulta", com muitas metas ainda a cumprir, me pergunto constantemente se tudo isso vale realmente a pena e se o que não me define me fará feliz um dia. São sempre temos difíceis para os sonhadores, mas assim como Amèlie, eu às vezes acho que tenho ossos de vidro.

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